domingo, 27 de março de 2011

O que é a Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras).
Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas actividades de vida diária.

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa

Em termos neuropatológicos, a Doença de Alzheimer caracteriza-se pela morte neuronal em determinadas partes do cérebro, com algumas causas ainda por determinar.
O aparecimento de tranças fibrilhares e placas senis impossibilitam a comunicação entre as células nervosas, o que provoca alterações ao nível do funcionamento global da pessoa.
Os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer incluem perda de memória, desorientação espacial e temporal, confusão e problemas de raciocínio e pensamento. Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.


http://www.alzheimerportugal.org/scid/webAZprt/defaultCategoryViewOne.asp?categoryID=899

Plasticidade do conhecimento

Nosso cérebro não é mais aquele.

Pelo menos não é mais aquele que pensávamos que fosse.

Uma sequência de descobertas científicas, divulgadas ao longo das últimas semanas, está mudando a forma como o cérebro humano é visto e compreendido.

E, por decorrência, como devemos lidar com ele.


Você acha que o cérebro é dividido em áreas especializadas para processar cada um dos sentidos físicos? Você acredita que a dopamina seja o neurotransmissor do bem-estar? Você aprendeu que os neurônios comunicam-se em um sentido único? Então é melhor se atualizar.

Só muito recentemente os cientistas começaram a destruir a metáfora do cérebro como um computador, ao descobrir que os neurônios individuais têm poder computacional. [Imagem: Tiago Branco/Hausser Lab: UCL]







Neurônios e axônios


Tudo começou quando Costas Anastassiou e seus colegas do Caltech (EUA) descobriram que os neurônios podem se comunicar diretamente à distância, usando campos elétricos e dispensando as sinapses.


Contudo, mesmo nas sinapses, a coisa é mais complicada do que se acreditava.


Os neurônios são complicados, é certo, mas seu conceito básico é o de que as sinapses transmitem sinais elétricos para os dendritos e o corpo celular (entrada), e os axônios passam os sinais adiante (saída).


Pelo menos isto é o que está nos livros-texto. Mas é melhor parar as máquinas e começar a reescrever os livros-texto.


Em um achado surpreendente, Nelson Spruston e seus colegas da Universidade Northwestern (EUA) descobriram agora que os axônios podem operar no sentido inverso: eles também podem enviar sinais para o corpo celular.


Ou seja, os axônios também conversam entre si.


E não apenas isso: antes de enviar os sinais na contra-mão, os axônios podem realizar suas próprias computações neurais, sem qualquer envolvimento do corpo celular ou dos dendritos.


Isto contraria frontalmente o modelo da comunicação neuronal adotado hoje, onde o axônio de um neurônio está em contato com o dendrito ou com o corpo celular de outro neurônio, e não com o axônio desse outro neurônio.


Ao contrário dos cálculos realizados nos dendritos, os cálculos que ocorrem nos axônios são milhares de vezes mais lentos - provavelmente um mecanismo para que os neurônios calculem coisas mais urgentes nos dendritos e usem os axônios para as coisas mais lentas.


O impacto da descoberta é direto e contundente: os cientistas precisam saber em detalhes como um neurônio normal funciona para descobrir o que está dando errado quando surgem doenças como epilepsia, autismo, Alzheimer ou esquizofrenia.

Descobertas revolucionam conhecimento do cérebro

Outro estudo recente apoiou a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa. [Imagem: Washington irving/Wikimedia]







Áreas do cérebro


Amir Amedi e seus colegas da Universidade de Jerusalém estavam mais interessados em uma parte específica do cérebro, a parte responsável pela visão.


E suas descobertas questionam a atual paradigma das neurociências, que estabelece que o cérebro é dividido em zonas, cada uma responsável pelo processamento de sinais específicos.


Os cientistas descobriram que a parte do cérebro que se acredita ser responsável pela leitura visual - a parte do seu cérebro que está sendo acionada enquanto você lê este texto - nem mesmo precisa da visão.


Ao monitorar o cérebro de pessoas cegas enquanto elas liam textos em Braille, os cientistas verificaram que as imagens de ressonância revelam atividade exatamente na mesma parte do cérebro que é acionada quando leitores não-deficientes leem usando os olhos.


Mais uma alteração à vista para os livros-texto, uma vez que hoje é largamente aceita a noção de que o cérebro é dividido em regiões, cada uma especializada no processamento de informações vindas através de um determinado sentido - visão, tato, paladar etc.


"O cérebro não é uma máquina sensorial, embora muitas vezes ele se pareça com uma; ele é uma máquina de tarefas," propõe o Dr. Amedi, ainda sem se desvencilhar mecanicismo.


Segundo a proposta do pesquisador, cada área cérebro faria uma tarefa determinada, sem vinculação a um sentido específico. Assim, a área da leitura visual seria ativada esteja você lendo um livro com os olhos, um texto em Braille com os dedos ou mesmo relembrando o parágrafo de um texto que você está tentando decorar.


O Dr. Amedi aproveitou para dar uma espetada nas visões mais estreitas da evolução. Ao contrário de outras tarefas que o cérebro executa, a leitura é uma invenção recente, com pouco mais de 5.000 anos de idade. O Braille tem sido usado há menos de 200 anos.


"Isso não é tempo suficiente para que a evolução tenha moldado um módulo do cérebro dedicado à leitura," disse ele.




Em vez de uma organização hierárquica, como se acreditava, o cérebro parece se organizar como os computadores que formam a internet, de forma distribuída. [Imagem: USC]







Centro de recompensas e dopamina


O trabalho de um grupo de cientistas da Universidade da Geórgia (EUA) e da Universidade Normal da China Oriental se concentrou em outra área do cérebro, o chamado centro de recompensas.


O centro de recompensas, juntamente com o neurotransmissor dopamina, tem sido usado pela neurociência e pela psiquiatria para explicar inúmeras condições em que o indivíduo se guia pela busca do prazer - entre eles vícios, dependência química e inúmeros comportamentos.


Mas parece que o centro de recompensas vai precisar de um outro nome.


Joe Tsien e seus colegas demonstraram que essa área do cérebro responde também às experiências ruins.


Esteja você comendo chocolate ou caindo de um prédio - ou mesmo pensando em uma dessas coisas - a dopamina será produzida do mesmo jeito.


Os cientistas estudaram os neurônios de dopamina na área tegmental ventral do cérebro de camundongos, amplamente pesquisada por seu papel na chamada motivação relacionada à recompensa - mais conhecida como dependência química.


Eles descobriram que essencialmente todas as células apresentaram alguma resposta tanto a experiências boas como a experiências ruins - na verdade, um evento que induz o medo disparou 25% dos neurônios, produzindo uma enxurrada de dopamina.


"Nós acreditávamos que a dopamina estivesse sempre envolvida na recompensa e no processamento de sensações de bem-estar," disse Tsien. "O que descobrimos é que os neurônios de dopamina também são estimulados e respondem a eventos negativos."







Cérebro que se constrói


Descobertas como estas podem impulsionar a compreensão do cérebro porque, munidos de descrições mais fiéis da realidade, os cientistas podem iniciar experimentos com resultados mais promissores.


O exemplo clássico é o da descoberta da plasticidade do cérebro. Por muito tempo se acreditou que o cérebro possuía um número fixo de neurônios, que só faziam morrer ao longo da vida, sem reposição.


A descoberta de que o cérebro é altamente adaptável levou a descobertas como a de que as mudanças no cérebro podem ser induzidas voluntariamente, dando sustentação a novas pesquisas na área de psicoterapia e meditação, entre outras, abrindo caminho para terapias não-medicamentosas de alta eficácia.


* Cérebro é mais do que uma máquina e se "liberta do corpo", diz cientista


Mas há muito a se fazer. Apesar de continuar avançando no entendimento da "troca de dados" entre os neurônios, os cientistas ainda sabem pouco sobre a linguagem que o cérebro usa nesses dados - é como se conseguíssemos detectar os 0s e 1s dos computadores mas não soubéssemos como transformá-los em letras e números.

Fonte: Diário da Saúde


http://www.alzheimerportugal.org/scid/webAZprt/defaultArticleViewOne.asp?articleID=845&categoryID=915

Portugueses limitam crescimento de cancro manipulando ambiente celular

Cientistas portugueses conseguiram travar o crescimento do cancro manipulando o ambiente que envolve as células cancerosas. O estudo publicado na revista Oncogene mostra pela primeira vez por que é que vários tipos de cancro bloqueiam a actividade do gene LRP1B. A descoberta pode abrir portas para novas terapias.

O LRP1B não desaparece das células cancerosas, mas é como se o fizesse. Em 2010, uma equipa de Cambridge descobriu que o gene estava entre os dez genes mais bloqueados em 3312 cancros. “Verificámos que nos tumores da tiróide havia uma repressão significativa deste gene”, disse Hugo Prazeres ao PÚBLICO, primeiro autor do artigo, que trabalha no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto. O estudo foi liderado por Paula Soares.

A proteína é especialmente activa nas células da tiróide e do tecido nervoso, mas também aparece silenciada no cancro colo-rectal, do pulmão, da bexiga e noutros. Os cientistas descobriram que este bloqueio acontece de três formas. O gene pode ser mutado e não originar uma proteína normal, podem ligar-se pequenas moléculas que emaranham o ADN e impedem a maquinaria celular de iniciar a produção da proteína e o processo pode ainda ficar bloqueado depois de a maquinaria ter produzido o ARN – a molécula que codifica os aminoácidos que juntos formam a proteína.

“Investigámos o que é que acontecia se introduzíssemos o gene funcional LRP1B em tumores, uma das coisas mais importantes foi a repressão da invasão”, disse o cientista. A equipa conseguiu travar o crescimento tanto em células in vitro como em modelos animais. O passo seguinte foi compreender qual a função desta proteína membranar.

“A molécula faz parte da família de receptores de lipoproteínas que conhecemos melhor por internalizarem o colesterol para dentro das células”, explicou o investigador. Ou seja esta proteína membranar “retira moléculas solúveis do ambiente extracelular para o interior da célula”.

As substâncias solúveis ligam-se a várias proteínas LRP1B. Depois, o pedaço de membrana celular que tem as proteínas, com ajuda da maquinaria celular, é puxado para dentro da célula, transformando-se numa vesícula redonda.

A equipa do IPATIMUP descobriu que, neste caso, a substância retirada pela proteína membranar do espaço extracelular é a MMP2, uma enzima conhecida por degradar a matriz que une as células. Na mulher o gene da MMP2 é expresso em altos níveis no útero e é activado pela menstruação. “A degradação do endométrio é mediada por esta enzima”, disse Prazeres, exemplificando uma das utilidades desta proteína.

Quando as células cancerosas inibem a produção da proteína membranar LRP1B, que normalmente recolhe a enzima MMP2 do ambiente fora da célula, a enzima continua lá, a degradar a matriz extracelular, “o que permite arranjar espaço para as células tumorais crescerem”. O que faz com que o tumor possa evoluir.

A equipa está a investigar outras substâncias do meio extracelular que como o MMP2 podem ajudar à propragação dos tumores. Terapias que controlem o cancro manipulando este meio não têm a desvantagem de ser ultrapassadas se as células cancerosas ganharem resistência, como acontece nas terapias tradicionais. “O LRP1B surge neste estudo como uma possível ferramenta terapêutica”, disse Prazeres.

http://www.publico.pt/Ciências/portugueses-limitam-crescimento-de-cancro-manipulando-ambiente-celular_1486673

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pão São Diabetes comemora o seu 1º Aniversário

Pão é fruto da investigação conjunta entre a APDP e o Museu do Pão

O Pão São Diabetes celebra este mês o seu 1 ano de existência. O Pão São Diabetes é um pão de características únicas em Portugal, fruto da investigação conjunta entre a APDP - Associação Protectora de Diabéticos de Portugal e o Museu do Pão, entidade que tem como missão promover e preservar os objectos e o património do Pão Português nas suas vertentes etnográficas, históricas, políticas, religiosas e artísticas, ao longo da sua existência.

Porque a Diabetes é uma doença crónica em expansão por todo o mundo e com graves implicações a nível cardiovascular, renal, de amputações ou cegueira é necessário olhar de frente para esta realidade e estimular hábitos de vida e de alimentação saudáveis que ajudem a prevenir a sua proliferação.

A tão desejada qualidade de vida está nas mãos de cada um e toda a sociedade tem um papel importante na sua construção. Foi este o motivo que levou o Museu do Pão a decidir ter um papel activo na criação de um pão único e especial para um grupo de pessoas também especiais – o Pão São Diabetes.

Este saudável pão é o resultado de uma criteriosa selecção de ingredientes que, no seu conjunto, estão ajustados às necessidades de pessoas com diabetes, mas que ao mesmo tempo também contribui para melhorar a qualidade da alimentação de qualquer pessoa, pois tem uma redução de sal na sua composição.

Além de conter ácidos gordos ricos em «ómega 3», o Pão São Diabetes contribui também para diminuir os triglicéridos e controlar o colesterol e a tensão arterial elevada, factores muitas vezes associados à diabetes.

Obtido a partir de uma mistura de farinhas especiais, como é o caso da farinha de trigo, farinha de centeio, flocos de aveia, sementes de girassol e linhaça, farinha de tremoço, glúten de trigo e outros importantes elementos, cujo teor de fibras proporciona também uma sensação de saciedade mais prolongada, o Pão São Diabetes tem como propriedade principal retardar a absorção dos hidratos de carbono e ajudar a manter uma glicemia mais estável.

O Pão São Diabetes chega ao mercado embalado em metades e cortado em fatias, vem em saco de plástico transparente e azul, o que lhe permite pelos seus ingredientes e a qualidade com que é elaborado, ter uma validade de 12 dias. Este pão encontra-se disponível em todo o país, nas grandes superfícies comerciais: super e hipermercados, lojas de conveniência e comércio local.


Importância do Pão numa alimentação saudável
Nos dias de hoje para se conseguir ter uma alimentação saudável, cerca de metade da energia ingerida deve ser proveniente dos hidratos de carbono.

Sendo o pão um alimento muito rico neste nutriente, deverá pois fazer parte da nossa alimentação diária não devendo ser substituído por outros produtos alimentares de baixa qualidade nutritiva e muitas vezes com elevada densidade energética, ricos em gordura de má qualidade, em açucares, sal e pobres em fibras.

Com o aumento alarmante de doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares e a diabetes, os cuidados com a saúde deverão ser uma constante do nosso dia-a-dia.

http://saude.sapo.pt/noticias/peso-nutricao/pao-sao-diabetes-comemora-o-seu-1o-aniversario.html

CH Psiquiátrico de Lisboa promove, dia 25 de Março, iniciativa dirigida especialmente a médicos internos de psiquiatria. Oficina de Formação em Sexologia

A Equipa da Consulta de Sexologia do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, organiza amanhã, dia 25 de Março, nas suas instalações do Hospital Júlio de Matos, uma "Oficina de Formação em Sexologia".

A iniciativa, que visa sensibilizar e reforçar a importância da sexologia na prática clínica em psiquiatria e saúde mental, é dirigida a médicos psiquiatras, sobretudo aos médicos internos de psiquiatria, e demais profissionais de saúde mental com interesse nesta área multidisciplinar.

A "Oficina de Formação em Sexologia" conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e do Instituto Luso-Americano de Sexologia Clínica. e do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

Temas

* O Hospital Júlio de Matos tem consulta de sexologia há 32 anos
* Se tratar a depressão e a psicose é inevitável a disfunção sexual?
* As hormonas e o sexo
* Neurotransmissores, sexo e afins
* Plissit - Um modelo de terapia sexual

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/formacao+sexologia.htm

Qualidade e Inovação em Saúde III Encontro de Saúde da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve decorre entre hoje e sexta-feira.

“Qualidade e Inovação em Saúde” é o tema do III Encontro de Saúde da ESSUAlg - Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, que decorre nos dias 24, 25 e 26 de Março.

O evento é organizado por uma comissão representativa dos alunos da ESSUAlg e decorre no auditório daquela instituição.

Dada a actual relevância da qualidade e inovação na prestação de cuidados de saúde, a comissão organizadora decidiu fundir estes dois temas e discuti-los com os alunos da ESSUAlg, tentando aproximar todos os estudantes das sete áreas que são leccionadas na escola e mostrar como é importante a transversalidade de conhecimentos.

O encontro tem como principal objectivo mostrar a importância da prestação de cuidados com qualidade, apostando em métodos inovadores e em novas tecnologias.

As sete principais áreas de interesse presentes no III Encontro de Saúde da ESSUAlg representam os sete cursos leccionados na escola:

* Análises clínicas e saúde pública
* Dietética e nutrição
* Enfermagem
* Farmácia
* Ortoprotesia
* Radiologia
* Terapia da fala

Temas

* Tendências em saúde
* Impacto dos média nos comportamentos em saúde
* Inovações tecnológicas em saúde
* Posturas adequadas nos profissionais de saúde
* Mitos em saúde
* Prioridades num serviço nacional de saúde em crise
* Pedagogia em saúde

Workshops:

* Ecografia de urgência
* Ortóteses plantares em amputações de pé
* Dermofarmácia e cosmética
* Terapia da fala e a estética da face
* Mobilização e transporte de politraumatizados
* Uso de especiarias e ervas aromáticas como substituto do sal na confecção culinária
* O papel do técnico de análises no laboratório forense

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/encontro+essualg.htm

Contra a Indiferença... Voluntário!!! Campo Pequeno acolhe, dia 26, espectáculo de solidariedade da UMP. Receitas revertem a favor dos doentes de Alzheimer.

O Campo Pequeno acolhe no sábado, dia 26 de Março, um espectáculo de solidariedade sob o lema “Contra a Indiferença… Sê Voluntário !!!”.

A iniciativa, que decorre no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, é promovida pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP).

A primeira parte do evento, a decorrer entre as 15 e as 18 horas, consiste na recolha de dádivas de sangue e identificação de potenciais dadores de medula. Para o efeito, no espaço circundante da Praça de Touros, estarão presentes o Instituto Português do Sangue e o Centro de Histocompatibilidade do Sul.

O início do concerto solidário está agendado para as 18 horas está , com os seguintes artistas confirmados:

* João Pedreira
* Ensemble Escola de Jazz Luiz Villas-Boas/Hot Clube de Portugal
* Katia Guerreiro
* Mafalda Arnauth
* Rita Guerra
* Jorge Palma
* Miguel Ângelo & Miguel Gameiro
* Muxima
* Quinta do Bill

A União das Misericórdias Portuguesas tem como objectivos fundamentais:

* Reconhecer publicamente todos aqueles que, de forma directa ou "sem rosto", dão vida a projectos de Voluntariado com espírito de grande dedicação e altruísmo, contribuindo assim para melhorar a vida dos nossos concidadãos;
* Alertar para as inúmeras necessidades existentes na sociedade, que apelam à solidariedade e à cidadania activa, de entre as quais se destacam a Doença de Alzheimer e outras situações em que se pode minimizar o sofrimento e/ou alterar o curso de determinadas doenças, por via da dádiva de sangue e/ou de medula Óssea;
* Estimular e reforçar o incentivo à participação da sociedade civil em projectos de Voluntariado.

Todos os artistas se associaram prontamente a este movimento de cidadania activa, tal como muitos outros profissionais e entidades que contribuirão também para a realização deste espectáculo.

O resultado líquido da iniciativa será utilizado para aquisição de materiais e equipamentos que contribuam para melhorar a qualidade de vida e bem-estar de doentes com Alzheimer, doença que tende a ter um crescimento exponencial no nosso país e que exige dedicação e apoio excepcionais, tanto ao doente como à sua família/cuidadores.

Para saber mais, consulte:

* Cartaz - PDF - 502 Kb
* União das Misericórdias Portuguesas - http://www.ump.pt/ump/

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/voluntariado.htm

Dor crónica custa sete submarinos

A dor crónica afecta 30 por cento da população portuguesa e custa ao Serviço Nacional de Saúde e aos doentes 3 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).


Estes foram os resultados de um estudo do grupo de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ontem apresentados num work-shop em Lisboa. "Dava para comprar sete submarinos", exemplificou Castro Lopes, coordenador do estudo, sublinhando: "Gastamos muito mas não de forma adequada, porque um terço dos doentes não está satisfeito com o tratamento".

O médico defendeu que se trata de uma "epidemia silenciosa", designação rejeitada pelo Director--Geral da Saúde, Francisco George: "Uma epidemia é algo inesperado ou acima do esperado."

O estudo concluiu que 2,5 milhões de portugueses sofrem de dor crónica, problema que afecta mais as mulheres em idades avançadas, e cujas causas principais são a lombalgia, a osteoartrose e outras patologias musculoesqueléticas. A maioria sente dor há muito tempo, sendo a mediana de 10 anos.

O impacto da dor crónica na vida dos doentes é brutal. Interfere de "forma grave" com a profissão em 56 por cento dos casos, sendo responsável por 35 por cento das reformas antecipadas, que custam ao País 980 milhões de euros por ano. Já o absentismo no trabalho custa 610 milhões de euros.

Segundo dados de outro estudo, apresentado por José António Pereira da Silva, dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Portugal praticamente não usa opióides fortes, ao contrário dos restantes países da União Europeia. Francisco George defendeu que Portugal é que "faz bem" porque o uso desses opióides "implica riscos de habituação" e outros.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/dor-cronica-custa-sete-submarinos

Cientistas produzem esperma em laboratório

Um grupo de cientistas japoneses da Universidade de Yokohama conseguiu criar, a partir de um milímetro de tecido do testículo de um ratinho, esperma em laboratório. A investigação abre portas a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina.

O mecanismo de produção de espermatozóides a partir de células reprodutivas masculinas é um dos processos mais complexos do organismo humano e que pode chegar a demorar um mês no interior dos testículos. Daí que, até agora, tenha sido tão difícil reproduzir este processo em laboratório. Uma barreira que um grupo de investigadores japoneses conseguiu ultrapassar, tendo agora publicado um estudo com as conclusões na revista Nature.

A descoberta veio demonstrar que é possível obter espermatozóides a partir de um cultivo de células testiculares e, mais difícil ainda, a partir de ratinhos recém-nascidos e que ainda não se conseguem reproduzir. Mas, mais importante, o grupo conseguiu utilizar o esperma para fecundar um óvulo, dando início a uma longa descendência de ratinhos saudáveis e férteis.

“Colhendo um fragmento de tecido dos testículos de ratinhos recém-nascidos e cultivando-o num gel de agarose durante dois meses conseguimos obter esperma capaz de fecundar normalmente um óvulo”, explicou ao jornal espanhol El Mundo o responsável pela equipa de investigação da Universidade de Yokohama, Takehiko Ogawa. O investigador esclareceu, ainda, que o trabalho foi aplicado em ratinhos pelo que é prematuro estabelecer um paralelismo com os humanos. Contudo, salientou que é natural pensar nas aplicações em termos de fertilidade que uma descoberta destas pode permitir.

Uma ideia que também foi avançada por Marco Seandel y Shahin Rafii, do Colégio Médico Weill Cornell, nos Estados Unidos. Citados pelo mesmo jornal, os médicos destacaram que a descoberta pode abrir caminho a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina, nomeadamente em crianças com cancro, onde tratamentos como a quimioterapia ou a radioterapia podem condenar os doentes a problemas de reprodução e onde ainda não é possível preservar esperma, ao contrário do que acontece nos doentes adultos.

http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/cientistas-produzem-esperma-em-laboratorio_1486569

quarta-feira, 23 de março de 2011

Bebés poderão ter três pais biológicos

O Reino Unido está a pôr a hipótese de, a partir do próximo ano, aprovar um tratamento de fertilidade que previne algumas doenças incuráveis. Neste, os bebés seriam concebidos por três pais biológicos.


Os investigadores britânicos aperfeiçoaram esta técnica inovadora através de tecnologias ligadas à clonagem. O método, desenvolvido por cientistas da Universidade de Newcastle, baseia-se na troca de ADN entre dois ovos humanos fertilizados.

Os bebés 'criados' a partir desta técnica irão herdar 98 por cento do ADN dos seus 'verdadeiros' pais, sendo que os restantes dois por cento virão da dadora que disponibilize o seu óvulo.

Os cientistas dizem que os genes do dador em nada irão alterar o aspecto físico e personalidade do bebé, impedindo-os de morrer com várias doenças genéticas no coração, no fígado ou no cérebro.

A notícia horrorizou activistas que lutam pelos direitos do embrião, que acusam os médicos de "interferirem na construção delicada da vida".

Este tema também levanta questões relacionadas com os direitos dos pais, como, por exemplo, se o dador, sendo ele um progenitor, deve ter ou não um papel activo na vida da criança.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/bebes-poderao-ter-tres-pais-biologicos

Quase 2500 com o bacilo de Koch

Quase 2500 com o bacilo de Koch

O espirro de um doente tuberculoso projecta no ar dois milhões de micróbios, pondo em risco a saúde de uma pessoa saudável. Pode não adoecer, mas continua a albergar o micróbio, e o organismo, quando fragilizado por outra doença, não resiste.
Em 2010, registaram-se em Portugal 2372 casos. A doença provocou 150 mortes e levou a 187 reinícios de tratamento. Portugal tem das melhores taxas de cura da Europa, mas dos piores níveis de incidência.

Causada pelo bacilo de Koch, a tuberculose é "uma doença infecto-contagiosa, transmitida através da tosse, de um espirro ou da fala, e que atinge sobretudo os pulmões", explica Nelson Diogo, responsável pela Unidade de Infecciologia Respiratória do Hospital Pulido Valente, em Lisboa. Tosse persistente, expectoração amarela ou com sangue, aumento da temperatura do corpo e suores abundantes, perda de peso e falta de apetite são os sintomas de uma doença que mata, caso não seja tratada precocemente. Afecta todas as classes, mas sobretudo as mais desfavorecidas. Seropositivos, reclusos, alcoólicos, diabéticos e fumadores são grupos de risco. As autoridades de saúde têm atenção especial com os sem-abrigo e os toxicodependentes: devem ser internados, pois raramente aderem à terapêutica.

USO DE MÁSCARA É OBRIGATÓRIO EM CASO DE SUSPEITA

Os enfermeiros são um grupo de risco, pois convivem de perto com tuberculosos e trabalham em ambientes infectados. A segurança dos demais utentes não é descartada. "À mínima suspeita de tuberculose, é colocada uma máscara no doente e este é isolado", explica o enfermeiro Rui Fernandes, acrescentando que, no Serviço de Pneumologia, o uso de máscara é obrigatório.

BEBÉS VACINADOS À NASCENÇA

As crianças não estão imunes à tuberculose, tendo havido registo, na última década, de cerca de 40 mil crianças na Europa com a doença. Aplicada nos primeiros 30 dias de vida, a vacina da BCG é uma poderosa arma de protecção. Nos adultos não é tão eficaz.

DISCURSO DIRECTO

"CRISE VAI ATRASAR A DETECÇÃO": Fonseca Antunes, Coord. Prog. Luta Contra Tuberculose

– Como se combate a doença?

– Tratando de forma precoce e conveniente, para diminuir o tempo de contágio. Devem ser implementados testes de diagnóstico mais rápidos e apostar-se na vacinação.

– Quais os entraves?

– Há uma grande iliteracia para a saúde nalgumas classes sociais, e o estigma é muito grande. Os fluxos migratórios ajudam a espalhar a doença e, em alguns países, falta dinheiro para comprar medicamentos e não há técnicas de confirmação de diagnóstico.

– E em Portugal?

– Existem boas técnicas de tratamento e boa rede de laboratórios.

– A crise económica vai piorar o problema?

– A actual conjuntura vai ter um impacto negativo na detecção atempada dos casos, estagnando a descida da incidência da patologia.

O MEU CASO: MARÇAL GRILO

"ASSUMI QUE TINHA DE TRAVAR UM COMBATE"

"Assumi que tinha de travar um combate, que sabia que a medicina era capaz de vencer." Foi este optimismo e confiança que o antigo ministro da Educação Marçal Grilo encarou o diagnóstico de tuberculose. Foi em 1990 e surgiu na sequência de uma ida ao médico, devido a uma dor forte no lado direito do peito. "Foi-me diagnosticado um derrame pleural, cuja causa veio a ser descoberta dias mais tarde, após uma punção do líquido da pleura", recorda. O tratamento, que incluiu o cruzamento de três medicamentos, foi "escrupulosamente" seguido durante nove meses. Os cuidados continuam. "Mantenho um acompanhamento regular, faço anualmente uma radiografia ao tórax."

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/quase-2500-com-o-bacilo-de-koch

terça-feira, 22 de março de 2011

Dois artigos publicados na Nature Progesterona dá o empurrão final para o espermatozóide fecundar o óvulo

Os espermatozóides humanos têm que fazer uma longa caminhada para alcançar o óvulo. Mas quando lá chegam ainda têm que atravessar a capa que o rodeia, isso exige uma activação e movimentação especial do flagelo, a cauda do espermatozóide. Dois estudos independentes publicados hoje na edição online da revista Nature mostram que esta activação é causada pela hormona progesterona segregada pelo próprio óvulo, que provoca uma inundação de iões de cálcio no flagelo, activando-o




Os iões de cálcio atravessam canais na membrana da cauda do espermatozóide e provocam uma série de processos dentro da célula. A entrada é comandada por uma proteína membranar descoberta há cerca de dez anos chamada CatSper.

Duas equipas de investigação, uma dos Estados Unidos e outra da Alemanha, descobriram que é a progesterona que activa a CatSper. A hormona feminina, que é importante para o ciclo menstrual da mulher e para a manutenção da gravidez tem normalmente um efeito na expressão dos genes das células. Mas não neste fenómeno.

A equipa de Benjamin Kaupp, que investiga no Centro Europeu de Estudos e Investigação Avançados, em Bona, na Alemanha, conseguiu medir a entrada de cálcio quando juntou progesterona a esperma humano. Este fluxo foi tão rápido, que terá que ser a própria proteína CatSper a detectar a progesterona e a provocar a entrada do ião.

Segundo Kaupp, algumas das causas da infertilidade podem estar relacionadas com este sistema, que se não funcionar, impede o espermatozóide de ter a força suficiente para penetrar a camada externa do óvulo e fundir-se. “Pode ser que alguns óvulos não produzam progesterona suficiente, ou que alguns espermatozóides não sejam sensíveis à progesterona”, disse, citado numa notícia da Nature.

A equipa do departamento de fisiologia da Universidade da Califórnia, em São Francisco, formada por Polina Lishko e colegas, conseguiram medir a corrente eléctrica criada pela entrada de cálcio. A equipa verificou que tanto a progesterona, como um aumento de pH, faziam disparar a corrente. Mas quando bloquearam a CatSper, o fluxo reduzia.

“A CatSper é vista como o melhor dos novos alvos para contraceptivos”, disse Polina Lishko em comunicado. “Assim que encontrarmos o local de ligação [entre a progesterona e a CatSper] há o potencial de se construir um químico que não é parecido em nada com asteróides”, acrescentou, referindo-se à classe de fármacos utilizada para anticontraceptivos, e que podem ter efeitos secundários.

http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/progesterona-da-o-empurrao-final-para-o-espermatozoide-fecundar-o-ovulo_1485236

Reprodução medicamente assistida Nasce em Espanha o primeiro bebé seleccionado para não ter um gene relacionado com cancro da mama

Espanha deu um passo no sentido de abrir mais a porta à selecção de embriões. Um casal recorreu à procriação medicamente assistida para garantir que teria um bebé livre de uma mutação genética fortemente relacionada com o cancro da mama e que afectou várias pessoas da mesma família. O bebé, um rapaz, nasceu no final de 2010 mas só agora os investigadores catalães vieram dar a conhecer o caso, noticia o diário espanhol El Mundo. Em Portugal não há nenhuma situação semelhante.



Em causa está o gene BRCA1 que, à semelhança do gene BRCA2, leva a que os seus portadores (em especial as mulheres, mas também alguns homens) tenham uma probabilidade acrescida de virem a desenvolver tumores da mama, ovário ou pâncreas. No caso do cancro da mama hereditário, há 60 por cento de hipóteses de os portadores da mutação genética virem a sofrer da doença e 20 por cento de terem cancro nos ovários, refere o El País. Em 99 por cento dos casos a doença afecta as mulheres, mas pode ser bastante mais grave nos homens.

Este era precisamente o caso do casal que recorreu ao Programa de Reprodução Assistida de Puigvert-Sant Pau de Barcelona para colocar um ponto final no historial de cancro que tinha na sua família e que estava relacionado com o BRCA1.

O caso, por ser o primeiro no país, passou pelas mãos da Comissão Nacional de Reprodução Assistida espanhola, que decidiu dar luz verde à primeira selecção de embriões relacionada com uma doença oncológica. À semelhança de Portugal, a lei espanhola permite a selecção genética de embriões em algumas doenças relacionadas com um único gene e com consequências muito graves e sem solução, como é o caso da fibrose quística.

No entanto, no caso do cancro, por ser uma patologia mais complexa e com várias origens, nomeadamente ambientais, os casos são vistos um a um. A lei tem em consideração a gravidade da patologia, a aparição precoce da doença – que no caso desta família surgia por volta dos 30 anos e em homens e mulheres –, e os tratamentos actualmente existentes.

Nenhum caso em Portugal

Contactado pelo PÚBLICO, o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida português, Miguel Oliveira e Silva, referiu que não conhece este caso do casal espanhol em concreto, mas disse que “não choca que haja selecção em famílias com um historial muito carregado”. Ainda assim, o médico salientou que não há registo de um caso semelhante em Portugal e lembrou que é preciso avaliar criteriosamente cada situação, já que “ser portador de um gene não significa que se venha a ter cancro” e por existirem “muitos factores, como a alimentação, que influenciam” este tipo de patologias.

No caso espanhol, após a autorização, foram fecundados in vitro vários óvulos e foi feito um Diagnóstico Genético Pré-implantacional aos embriões, de modo a excluir os portadores do BRCA1. Os investigadores espanhóis implantaram, depois, vários embriões mas só um sobreviveu. Contudo, alertam que este bebé não está totalmente livre de vir a ter um cancro, já que apenas foi feita a selecção para um gene, e rejeitam que esta venha a ser uma prática aplicada em larga escala. Ainda assim, para o BRCA1 a história negra da família foi mesmo interrompida. O hospital está também a avaliar outro caso semelhante, mas numa família com antecedentes de cancro do cólon, inclusivamente nos progenitores.

A Comissão Nacional de Reprodução Assistida pondera que no futuro deixem de ser precisas autorizações prévias para seleccionar embriões caso as famílias tenham no seu historial determinadas doenças hereditárias graves. A situação, apesar de inédita em Espanha, já tinha acontecido noutros países, tanto para esta como para outras patologias oncológicas.


http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/nasce-em-espanha-primeiro-bebe-seleccionado-para-nao-ter-gene-relacionado-com-cancro-da-mama_1485506

Dois portugueses na equipa de investigação Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

A equipa provocou mutações no gene que controla a produção da proteína Shank3 em ratos. Estas alterações fizeram com que os animais desenvolvessem problemas ao nível das relações sociais e comportamentos repetitivos - desordens geralmente ligadas ao autismo.

Os resultados permitiram “perceber quais as consequências para a comunicação neuronal quando o gene Shank3 é mutado”, explicou Cátia Feliciano, investigadora portuguesa presente na equipa. “Pretendíamos também saber se os animais com a mutação mostrariam alterações comportamentais. O que observámos é que os ratinhos com Shank3 mutado exibem comportamentos repetitivos, mostram altos níveis de 'ansiedade' e evitam o contacto social com outros ratinhos”.

A proteína Shank3 é encontrada nas sinapses, estruturas que permitem a comunicação entre as células cerebrais (neurónios). Estas possibilitam a conexão entre duas áreas do cérebro que se pensa terem um papel fundamental na regulação dos comportamentos sociais e na interacção social. Contudo, os animais com a mutação do gene mostraram defeitos nos circuitos que ligam essas duas áreas do cérebro (o córtex e o striatum).

Esperança no tratamento do autismo

A descoberta, publicada na revista "Nature", vem trazer esperança para a criação dos primeiros medicamentos eficazes no tratamento da doença. “Embora o Shank3 seja apenas um dos genes implicados no autismo, é possível que as regiões afectadas no comportamento autista sejam semelhantes ao nível dos circuitos”, explica, por sua vez, João Peça, também membro da equipa de investigação.

“Em termos de tratamento será agora importante identificar se efectivamente disfunções no striatum [área do cérebro mais afectada nos animais analisados] são um ponto em comum no autismo. Um dos principais focos da nossa investigação será perceber como modular este circuito”, acrescenta.

Os investigadores da Universidade Duke da Carolina do Norte, nos EUA, pretendem continuar a estudar a doença, utilizando os animais para testar terapias farmacológicas, genéticas e comportamentais. Num curto prazo esperam descobrir “se a reintrodução pós-natal do gene Shank3 nos ratinhos mutantes poderá ajudar a corrigir as alterações bioquímicas, de comunicação neuronal ou mesmo melhorar o comportamento dos ratinhos”, explica Cátia Feliciano.

Contudo, apesar das “experiências em ratos transgénicos serem extremamente importantes, a sua aplicabilidade nos humanos é nula”, alerta Pilar Levy, professora de Genética Médica na Faculdade de Medicina de Lisboa e investigadora na área do autismo. “Este estudo é mais uma peça no puzzle para tentar compreender os genes do autismo, mas ainda vai levar tempo até que seja replicado nos humanos”, explica.

Em Portugal estima-se que existam 10 crianças autistas em cada 10.000 (dados de 2006). As perturbações do espectro do autismo incluem uma série de distúrbios, como deficiências na comunicação e ao nível das interacções sociais, interesses restritivos e comportamentos repetitivos.

A doença tem uma origem poligenética, ou seja, pode ser desencadeada por perturbações em diversos genes. Para além disso, esta pode manifestar-se com diferentes intensidades, desde a perturbação profunda até à síndrome de Asperger, onde não existe qualquer atraso cognitivo. Todas estas questões dificultam o diagnóstico (feito principalmente com base no comportamento dos indivíduos) e o seu tratamento.

Este estudo teve financiamentos de instituições portuguesas (Fundação para a Ciência e Tecnologia, Instituto Gulbenkian de Ciência e do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra) e norte-americanas (National Institutes of Health, Simons Foudation Autism Research Initiative, NARSAD - The Brain and Behaviour Research Fund e da Fundação Hartwell).



http://www.publico.pt/Sociedade/descoberto-que-proteina-pode-desencadear-perturbacoes-do-espectro-do-autismo_1486119

Ansiedade

Ansiedade, vem de ânsia ou nervosismo, a ânsia é uma característica biológica do ser Humano,que provem do imaginário e que fica marcada por sensações desagradáveis desde, sensações de vazio no estômago,aperto no tórax, transpiração, medos intensos etc.
Qualquer pessoa está sujeito a sentir ansiedade,se tiver uma vida profissional muito activa. A ansiedade pode ter " depender" de vários graus ou de frequências, pode se tornar patológica e trazer muitos problemas posteriores, tais como o transtorno da ansiedade. Portanto , nem sempre se pode dizer que é uma situação patológica. A ansiedade faz com que a pessoa perca parte da sua auto-estima, ou seja a pessoa deixa de fazer algumas coisas que julga ser incapaz de as realizar.
O medo está relacionado de certa forma com a ansiedade, a pessoa tem medo de errar, de falhar, as suas tarefas ou novos desafios que possam vir a surgir, o medo e a ansiedade provoca pânico na execução das tarefas, sem que o individuo chegue a tentar realiza-las .
A ansiedade tem picos muito elevados, ou quando apresentada com a depressão,impede que a pessoa desenvolva o seu potencial intelectual.
A pessoa com ansiedade, fica sem saber como se portar em ocasiões sociais , trabalho,com os amigos,o que por vezes pode levar a estagnação da duas carreira profissional.As pessoas ansiosas apresentam um quadro vasto de sintomas. Muitos desses sintomas, resultam de um aumento da estimulação do sistemas nervoso vegetativo ou autónomo, que controla o reflexo ataque/fuga, outros são somatizações, os doentes convertem a ansiedade em problemas físicos, dos quais incluem dores de cabeça, distúrbios intestinais, tensão a nível muscular.
ALGUNS DOS SINTOMAS

* Fadiga
* Insónia
* Falta de ar ou sensação de sufoco
* Picadas nas mãos e nos pés
* Confusão
* Instabilidade ou sensação de desmaio
* Dores no peito e palpitações
* Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos húmidas
* Boca seca
* Tensão muscular, dores
* Dificuldade em engolir
* Sensação de ter um "nó" na garganta
* Dificuldades para relaxar
* Dificuldades para dormir
* Leve tontura ou vertigem
* Vómitos incontroláveis

sexta-feira, 18 de março de 2011

Alto Comissariado da Saúde » Notícias

Alto Comissariado da Saúde » Notícias

II Congresso Internacional do CADIn

Localização: Centro de Congressos do Estoril
Data: 24 de Março a 27 de Março de 2011

Realiza-se, de 24 a 27 de Março de 2011, no Centro de Congressos do Estoril, o II Congresso Internacional do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn), subordinado ao tema “Neurodesenvolvimento: As peças do puzzle”.
O evento é constituído por 14 conferências principais e mais de 30 comunicações englobadas em painéis temáticos, bem como 15 workshops com a presença de vários especialistas internacionais e nacionais. A iniciativa permite a angariação de fundos no âmbito da Bolsa Social, que apoia uma em cada três famílias, que estão em intervenção no CADIn.

Serão abordados, entre outros, os seguintes temas:

* Identificação precoce do autismo: procedimentos de avaliação e de intervenção
* Metodologias de intervenção nas perturbações do espectro do autismo (ABA; TEACCH; DIR – Floortime)
* Neuroimagem do cérebro em desenvolvimento da criança/adolescente e as perturbações do desenvolvimento
* Capacidades especiais no espectro do autismo
* A visão de um arquitecto sobre uma cidade imaginada por um autista
* Disfunções alimentares nas perturbações do espectro do autismo
* Síndrome de Asperger no feminino e no adulto
* Trissomia 21
* Défices cognitivos: um plano de vida
* Novas perspectivas e estratégias de intervenção no sono infantil – Método Estivill
* Perturbação bipolar na infância e na adolescência
* Adaptações e estratégias de ensino na sala de aula para alunos com dificuldades de aprendizagem específicas
* Perturbações específicas da linguagem (PEL), dislexia e perturbação do processamento auditivo
* Avaliação e intervenção em crianças e adultos com perturbação obsessivo-compulsiva
* A utilidade da CIF em educação

Consultar Programa Provisório [216 Kb]

Mais informações: Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil


http://www.acs.min-saude.pt/2010/12/15/iicongressointcadin/

Dia Mundial da Tuberculose

Localização: Mundialmente
Data: 24 de Março de 2011

Comemora-se, a dia 24 de Março de 2011, o Dia Mundial da Tuberculose.

imagem do evento

A celebração da efeméride pretende sensibilizar a população, a nível mundial, para uma doença que é anualmente responsável pela morte de milhões de pessoas e que persiste com 1/3 da população mundial infectada.

A efeméride comemora-se a 24 de Março, data em que Robert Koch identificou o bacilo causador da tuberculose no ano de 1882.

Mais informações: Stop TB Partnership

Etiquetas: doenças respiratórias, Tuberculose

24ª Reunião da Secção de Gastrenterologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria

24ª Reunião da Secção de Gastrenterologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria
Localização: Hotel Axis - Esposende
Data: 17 de Março a 18 de Março de 2011

Realiza-se, nos dias 17 e 18 de Março de 2011, em Esposende, a 24ª Reunião da secção de Gastrenterologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

Imagem do evento

Na reunião serão abordados os seguintes temas:

* Liver disease in primary immunodeficiencies
* Non-Alcoholic fatty liver disease and obesity
* A endoscopia do intestino delgado na patologia pediátrica
* O consentimento informado no menor
* A insuficiência pancreática: diagnóstico e tratamento

As inscrições devem ser efectuadas até ao dia 13 de Março de 2011.

Consultar Programa Provisório [1,99 Mb]

Mais informações: Sociedade Portuguesa de Pediatria

http://www.acs.min-saude.pt/2011/01/26/24reuniaoseccaogastrenterologiasociedadeportuguesapediatria/

Saúde Mental em foco na reunião da Comissão de Acompanhamento do PNS

Saúde Mental em foco na reunião da Comissão de Acompanhamento do PNS

A Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Saúde (PNS) reuniu em plenário, a 23 de Abril de 2008, para debater o tema da Saúde Mental em Portugal, designadamente o Plano Nacional de Saúde Mental e a estratégia definida para a sua implementação.

Fotografia da reuniao da comissao de acompanhamento

Na reunião, foi apresentado um estudo, elaborado pelo Gabinete de Informação e Prospectiva do Alto Comissariado da Saúde, onde é analisada a relação entre os factores geográficos, sócio-demográficos, económicos e comportamentais e a Saúde Mental, bem como as tendências epidemiológicas do suicídio, nos últimos anos, e os padrões de consumo de medicamentos para a depressão, ansiedade e perturbações do sono.

A reunião, presidida pela Alta Comissária da Saúde, Prof.ª Doutora Maria do Céu Machado, contou com a participação da Ministra da Saúde, Dr.ª Ana Jorge.

Apresentações:

* Plano de Saúde Mental – Plano de Acção 2007-2016 [PDF 834 Kb]
Prof. Doutor José Miguel Caldas de Almeida – Coordenador Nacional para a Saúde Mental
* Serviços de Saúde Mental em Portugal [136 Kb]
Dr.ª Isabel Paixão – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Plano Nacional de Saúde Mental – Psiquiatria da Infância e da Adolescência [32 Kb]
Dr.ª Cristina Marques – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Plano Nacional de Saúde Mental – Articulações Intersectoriais [42 Kb]
Dr.ª Isabel Fazenda – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – Saúde Mental: Que respostas? [PDF 236 Kb]
Dr.ª Anabela Costa – Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados
* Saúde Mental em Portugal Continental [1,72 Mb]
Prof.ª Doutora Paula Santana (coordenação), Dr.ª Isabel Alves, Dr.ª Luísa Couceiro, Dr.ª Valeska Andreozzi – Gabinete de Informação e Prospectiva

Conheça aqui a composição da Comissão de Acompanhamento do PNS…

http://www.acs.min-saude.pt/2008/04/23/reuniaoca-sm/

Inspecção condena hospital por discriminação a doente com VIH

Inspecção condena hospital por discriminação a doente com VIH


A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde deu razão a uma seropositiva que se sentiu discriminada por ter sido servida com louças descartáveis e determinou que o Hospital Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira) reveja, de imediato, as suas práticas, avança o Jornal de Notícias.

O caso reporta a Agosto do ano passado, altura em que Maria João Braz, 38 anos, foi internada naquela unidade hospitalar depois de ter sido operada no Hospital de S. José (Lisboa), na sequência de um grave acidente de viação. Durante o mês e meio em que esteve hospitalizada, as refeições foram-lhe servidas sempre em pratos e talheres de plástico.
2011-03-18 | 09:37


http://www.rcmpharma.com/news/12406/15/Inspeccao-condena-hospital-por-discriminacao-a-doente-com-VIH.html

Aumento da maternidade acima dos 35 anos preocupa médicos

Desde 2000, o número de mulheres que foram mães com 35 ou mais anos aumentou 28,5%. Valores que estão a preocupar os médicos portugueses devido ao consequente aumento de risco de doenças associadas para a grávida e para o bebé, avança o Diário de Notícias. “A partir dos 35/ 37 anos, a gravidez exige um maior acompanhamento”, refere ao DN Luís Graça, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia (SPO).

“O facto é que a primeira gravidez da mulher está a ocorrer cada vez mais tarde”, diz Luís Graça. Em 2009, data dos dados mais actualizados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho era de 28,6 anos. Em 1990 era de 24,7 anos. “Primeiro, as senhoras optam por estruturar a carreira”, refere o também director do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria.

Diabetes e hipertensão são dois dos problemas mais comuns entre as mulheres, tal como uma maior taxa de incidência de complicações durante o parto. Já no que diz respeito aos bebés, um dos problemas que se encontram associados a gravidezes tardias é o atraso no crescimento do feto. “Sabe-se que, com o aumento da idade da mãe, aumentam as probabilidades de ocorrência de problemas genéticos, nomeadamente o síndrome de Down”, sublinha Nuno Montenegro, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de São João, no Porto.

Este clínico recorda que “tem aumentado a prevalência de gravidezes tardias” e que, actualmente, “cerca de 20% dos partos que ocorrem em Portugal são de mulheres com 35 ou mais anos”. De acordo com dados do INE, das 101 585 crianças nascidas em Portugal, em 20 379 casos a mãe tinha mais de 35 anos.

“A verdade é que tem havido um aumento da idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho”, adianta Nuno Montenegro, recordando que, com isso, se tem contribuído para uma redução da taxa de fecundidade da mulher, que se situa actualmente nos 1,34. “ É preciso não desvalorizar estes dados, o que está aqui em causa é também a sobrevivência da população, já que a taxa considerada adequada é de 2”, salienta.

Numa altura em que a palavra crise é uma constante na vida dos portugueses, o director do serviço de Obstetrícia do São João defende que “ os decisores políticos deviam ter presentes estes dados quando tomam medidas que acabam por desincentivar a maternidade”. “ A estabilidade económica e a melhoria das condições de vida são dois factores que as pessoas procuram garantir antes de ter um filho”, frisa.
2011-03-18 | 09:34

http://www.rcmpharma.com/news/12405/15/Aumento-da-maternidade-acima-dos-35-anos-preocupa-medicos.html

Dia Mundial do Sono: 12% dos portugueses já adormeceram ao volante

Dia Mundial do Sono: 12% dos portugueses já adormeceram ao volante


Doze por cento dos portugueses, a maioria homens, já adormeceram enquanto conduziam, sendo a sonolência responsável por um em cada cinco acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, indica uma investigação.

Um estudo da Associação Portuguesa do Sono, a que a agência Lusa teve acesso, indica que, no último ano, 23% da população sentiu sonolência enquanto conduzia e 3% chegaram mesmo a adormecer ao volante. A prevalência incide em homens, entre os 25 e os 34 anos, com alto risco de apneia, má qualidade de sono e com excesso de peso.

Estes homens pertencem à classe média e alta, residem na grande Lisboa e bebem, em média, três cafés por dia.

A apneia é uma doença respiratória do sono, que afecta normalmente os homens obesos com mais de 40 anos.

Dos 900 inquiridos no estudo, 209 admitiram que já conduziram sonolentos e 28 chegaram mesmo a adormecer ao volante.

No último ano, 215 inquiridos conduziram sonolentos e/ou adormeceram ao volante tendo sido responsáveis por seis acidentes, a maioria dos quais ocorreu em estradas secundárias e entre as zero horas e as seis da manhã.

Quanto às medidas tomadas pelos automobilistas para combater a sonolência, o estudo revela que a primeira é parar o veículo e a segunda abrir a janela para apanhar ar e “espantar.

Dormir antes de prosseguir viagem é apenas a quinta medida adoptada pelos automobilistas, que antes ainda experimentam aumentar o som do rádio e beber um café ou uma bebida cafeinada.

O estudo revela também que, de um modo geral, os portugueses são activos e saudáveis. Não têm tensão alta, têm baixo risco de apneia do sono, uma sonolência normal, boa qualidade de sono e bebem, em média, dois cafés por dia.

O estudo surge no âmbito das actividades desenvolvidas em torno do Dia Mundial do Sono, que se celebra na sexta-feira, ocasião aproveitada para o lançamento da campanha de sensibilização “Conduzir com sono pode Matar”.
2011-03-18 | 09:10
http://www.rcmpharma.com/news/12402/15/Dia-Mundial-do-Sono-12-dos-portugueses-ja-adormeceram-ao-volante.html

sexta-feira, 4 de março de 2011

Depressão







A depressão é geralmente muito frequente na sociedade em que vivemos, e tem tendência a aumentar á medida que se vai tornando menos Humana. A depressão pode assinalar-se como um grande desinteresse pela vida, vontade de viver, medos que não consegue enfrentar, desta forma, a pessoa sente-se impossibilitada de lidar com as coisas mais básicas do seu dia a dia.
A depressão pode levar ao suicídio ou também a incapacidade de funcionamento quer a nível mental quer física. A depressão pode surgir tanto na adolescência como na vida adulta, ou ainda após o parto. Os sintomas de uma pessoa com depressão pode passar totalmente despercebidos, e só temos consciência da ocorrência, quando a pessoa comete alguma loucura.
Alguns dos sintomas da depressão passam por :
• Afastamento de amigos , das pessoas e dos familiares;
• Perda de vontade de fazer seja o que for;
• Desiste da vida e de lutar por ela ;
• Cansaço ou falta de energia;
• Vontade de ficar só;
• Abusar de medicamentos, álcool ou drogas;
• Medo de executar determinada tarefa;
• Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer se ela falhar;
• Vontade de chorar ou chora às escondidas;
• Dores de cabeça;
• Uma grande tensão a nível das costas, ombros , cabeça ou mesmo ter dores a nível lombar ou cintura;
• Não se sente bem em lado nenhum;
• Maus resultados escolares, incapacidade de se concentrar ou irrita-se facilmente;

Enumerou-se aqui alguns dos sintomas com que nos podemos deparar e para os quais devemos estar atentos, mas não quer dizer com isto que por ter alguns dos que estão enumerados, a pessoa sofra de depressão. Existe um leque variado também de outros sintomas que não estão aqui referenciados . Na depressão bipolar a pessoa passa por fases em que está "tudo bem" e fases em que se sente demasiado deprimida ou em baixo. Isto apenas indica que existe algo que está a activar estes estados de espírito que precisa de ser corrigido para que a pessoa passe para um estado normal ou pelo menos mais normal.
Na depressão pós-parto os sintomas podem incluir um afastamento do bebé, um sintoma de não querer saber dele, incapacidade de cuidar dele, um pânico exagerado acerca do que possa acontecer ao bebé e outros sintomas tal como alguns dos acima descritos.
Para se tratar de uma depressão podemos recorrer a uma Psicoterapia em grupo ou individual, e também com Antidepressivos. A medicação não cura a depressão e como tal a pessoa muitas das vezes fica dependente da medicação para o resto da vida, de forma a ter alguma qualidade de vida. O médico será a pessoa mais indicada a aconselhar nesta matéria da medição.
A depressão pode ter normalmente algumas destas causas apresentadas:
1. Emocional;
2. Física;
3. Causa física e Emocional;
4. Desarranjos Hormonais ou Carências Nutricionais;
Muitas depressões podem ser eliminadas em muito pouco tempo quando se sabe o que fazer para detectar e o que fazer para corrigir as causas.

Psicologia

Psicologia (do grego Ψυχολογία, transl. psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique, "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)".[1] O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante (veja também etologia).
A psicologia científica, tratada neste artigo, não deve confundir-se com a psicologia do senso comum ou psicologia popular que é o conjunto de ideias, crenças e convicções transmitido culturalmente e que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. A psicologia usa em parte o mesmo vocabulário, que adquire assim significados diversos de acordo com o contexto em que é usado.[2] Assim, termos como "personalidade" ou "depressão" têm significados diferentes na linguagem psicológica e na linguagem quotidiana. A própria palavra "psicologia" é muitas vezes usada na linguagem comum como sinônimo de psicoterapia e, como esta, é muitas vezes confundida com a psicanálise ou mesmo a análise do comportamento.
O termo parapsicologia, ligado ao vocábulo paranormal, não se refere a um conceito ou a uma disciplina da Psicologia; trata-se de um campo de estudo não reconhecido pela comunidade científica.
A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo), cabe agora definir tais termos[3]:
• Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
• Comportamento é a atividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de adaptação ao meio em que vivem.
• Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.
• Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base.
Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controle do desenvolvimento do seu objeto de estudo. Como os processos mentais não podem ser observados mas apenas inferidos, torna-se o comportamento o alvo principal dessa descrição, explicação e previsão (mesmo as novas técnicas visuais da neurociência que permitem visualizar o funcionamento do cérebro não permitem a visualização dos processos mentais, mas somente de seus correlatos fisiológicos, ou seja, daquilo que acontece no organismo enquanto os processos mentais se desenrolam). Descrever o comportamento de um indivíduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de métodos de observação e análise que sejam o mais possível objetivos e em seguida a utilização desses métodos para o levantamento de dados confiáveis. A observação e a análise do comportamento podem ocorrer em diferentes níveis - desde complexos padrões de comportamento, como a personalidade, até a simples reação de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A introspecção é uma forma especial de observação (ver mais abaixo o estruturalismo). A partir daquilo que foi observado o psicólogo procura explicar, esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princípio de que o comportamento se origina de uma série de fatores distintos: variáveis orgânicas (disposição genética, metabolismo, etc.), disposicionais (temperamento, inteligência, motivação, etc.) e situacionais (influências do meios ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previsões em psicologia procuram expressar, com base nas explicações disponíveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrerá ou não. Com base na capacidade dessas explicações de prever o comportamento futuro se determina a também a sua validade. Controlar o comportamento significa aqui a capacidade de influenciá-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa é parte mais prática da psicologia, que se expressa, entre outras áreas, na psicoterapia[3].
"A psicologia possui um longo passado, mas uma história curta".[5] Com essa frase descreveu Herrmann Ebbinghaus, um dos primeiros psicólogos experimentais, a situação da psicologia - tanto em 1908, quando ele a escreveu, como hoje: desde a Antiguidade pensadores, filósofos e teólogos de várias regiões e culturas dedicaram-se a questões relativas à natureza humana - a percepção, a consciência, a loucura. Apesar de teorias "psicológicas" fazerem parte de muitas tradições orientais, a psicologia enquanto ciência tem suas primeiras raízes nos filósofos gregos, mas só se separou da filosofia no final do século XIX.
O primeiro laboratório psicológico foi fundado pelo fisiólogo alemão Wilhelm Wundt em 1879 em Leipzig, na Alemanha. Seu interesse se havia transferido do funcionamento do corpo humano para os processos mais elementares de percepção e a velocidade dos processos mentais mais simples. O seu laboratório formou a primeira geração de psicólogos. Alunos de Wundt propagaram a nova ciência e fundaram vários laboratórios similares pela Europa e os Estados Unidos. Edward Titchener foi um importante divulgador do trabalho de Wundt nos Estados Unidos. Mas uma outra perspectiva se delineava: o médico e filósofo americano William James propôs em seu livro The Principles of Psychology (1890) - para muitos a obra mais significativa da literatura psicológica - uma nova abordagem mais centrada na função da mente humana do que na sua estrutura. Nessa época era a psicologia já uma ciência estabelecida e até 1900 já contava com mais de 40 laboratórios na América do Norte[3]
Em seu laboratório Wundt dedicou-se a criar uma base verdadeiramente científica para a nova ciência. Assim realizava experimentos para levantar dados sistemáticos e objetivos que poderiam ser replicados por outros pesquisadores. Para poder permanecer fiel a seu ideal científico, Wundt se dedicou principalmente ao estudo de reações simples a estímulos realizados sob condições controladas. Seu método de trabalho seria chamado de estruturalismo por Edward Titchener, que o divulgou nos Estados Unidos. Seu objeto de estudo era a estrutura consciente da mente e do comportamento, sobretudo as sensações. Um dos métodos usados por Titchener era a introspecção: nela o indivíduo explora sistematicamente seus próprios pensamentos e sensações a fim de ganhar informações sobre determinadas experiências sensoriais. A tônica do trabalho era assim antes compreender o que é a mente, do os como e porquês de seu funcionamento. As principais críticas levantadas contra o Estruturalismo foram:
• O ser ele reducionista, ou seja, querer reduzir a complexidade da experiência humana a simples sensações;
• O ser ele elementarista, ou seja, dedicar-se ao estudo de partes ou elementos ao invés de estudar estruturas mais complexas, como as que são típicas para o comportamento humano e
• O ser ele mentalista, ou seja, basear-se somente em relatórios verbais, excluindo indivíduos incapazes de introspecção, como crianças e animais, do seu estudo. Além disso a introspecção foi alvo de muitos ataques por não ser um verdadeiro método científico objetivo[3].
William James concordava com Titchener quanto ao objeto da psicologia - os processos conscientes. Para ele, no entanto, o estudo desses processos não se limitava a uma descrição de elementos, conteúdos e estruturas. A mente consciente é, para ele, um constante fluxo, uma característica da mente em constante interação com o meio ambiente. Por isso sua atenção estava mais voltada para a função dos processos mentais conscientes. Na psicologia, a seu entender, deveria haver espaço para as emoções, a vontade, os valores, as experiências religiosas e místicas - enfim, tudo o que faz cada ser humano ser único. As idéias de James foram desenvolvidas por John Dewey, que dedicou-se sobretudo ao trabalho prático na educação[3].
Uma importante reação ao funcionalismo e ao comportamentismo nascente (ver abaixo) foi a psicologia da gestalt ou da forma, representada por Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. Principalmente dedicada ao estudo dos processos de percepção, essa corrente da psicologia defende que os fenômenos psíquicos só podem ser compreendidos, se forem vistos como um todo e não através da divisão em simples elementos perceptuais. A palavra gestalt significa "forma", "formato", "configuração" ou ainda "todo", "cerne". O gestaltismo assume assim o lema: "O todo é mais que a soma das suas partes"[3]
A base do pensamento da perspectiva biológica é a busca das causas do comportamento no funcionamento dos genes, do cérebro e dos sistemas nervoso e endócrino. O comportamento e os processos mentais são assim compreendidos com base nas estruturas corporais e nos processos bioquímicos no corpo humano, de forma que esta corrente de pensamento se encontra muito próxima das áreas da genética, da neurociência e da neurologia e por isso está intimamente ligada ao importante debate sobre o papel da predisposição genética e do meio ambiente na formação da pessoa. Essa perspectiva dirige a atenção do pesquisador à base corporal de todo processo psíquico e contribui com conhecimento básico a respeito do funcionamento das funções psíquicas como pensamento, memória e percepção [3].
O processo saúde-doença merece uma atenção especial e pode ser compreendido de diferentes formas além do direcionado ao tratamento dos distúrbios mentais propriamente ditos. Inicialmente abordados pela psicopatologia, advinda da distinção progressiva do objeto da neurologia e psiquiatria e consolidação destas como especialidades médicas, a percepção da importância dos fatores emocionais no adoecimento e recuperação da saúde já estavam presentes na medicina hipocrática e homeopatia contudo foi somente nos meados do século XX que surgiram aplicações da psicologia nas intervenções atualmente denominadas por medicina psicossomática, psicologia médica, psicologia hospitalar e psicologia da saúde.[6]
A perspectiva psicodinâmica teve sua origem nos trabalhos do médico vienense Sigmund Freud (1856-1939) com pacientes psiquiátricos, mas ele acreditava serem esses princípios válidos também para o comportamento normal. O modelo freudiano foi o primeiro a afirmar que a natureza humana não é sempre racional e que as ações podem ser motivadas por fatores não acessíveis à consciência. Além disso Freud dava muita importância à infância, como uma fase importantíssima na formação da personalidade. A teoria original de Freud, que foi posteriormente ampliada por vários autores mais recentes e influenciou fortemente muitas áreas da psicologia, tem sua origem não em experimentos científicos, mas na capacidade de observação de um homem criativo, inflamado pela idéia de descobrir os mistérios mais profundos do ser humano.[3].
A perspectiva comportamentista (ou comportamentalista) procura explicar o comportamento em relação aos estímulos do meio ambiente que o influenciam. A atenção do pesquisador é assim dirigida para as condições ambientais em que determinado indivíduo se encontra, para a reação desse indivíduo a essas condições (comportamento) e para as consequências que essa reação traz para ele (ver também condicionamento). O comportamentismo baseia-se sobretudo em experimentos feitos com animais, mas levou ao descobrimento de muitos princípios válidos para o ser humano e foi uma das mais fortes influências tanto para a pesquisa como para a prática psicológica posterior[3]
Em reação às limitações das correntes comportamentista e psicodinâmica surgiu nos anos 50 do século XX a perspectiva humanista, que vê o homem não como um ser controlado tanto por pulsões interiores quanto pelo ambiente, mas ainda assim como um ser ativo, que busca seu próprio crescimento e desenvolvimento. A principal fonte de conhecimento do humanismo psicológico é o estudo biográfico, com o fim de descobrir como essa pessoa vivencia sua existência, ao contrário do comportamentismo, que dava mais valor à observação externa. A perspectiva humanista procura assim um acesso holístico para o ser humano, está intimamente relacionada à fenomenologia e exerceu grande influência sobre a psicoterapia[3].
A "virada cognitiva" foi uma reação às limitações do comportamentismo, que afirmava ser impossível estudar os processos mentais e se concentrava somente no comportamento. O foco central desta perspectiva é o pensar humano e todos os processos baseados no conhecimento - atenção, memória, compreensão, recordação, tomada de decisão, linguagem etc. A perspectiva cognitiva se dedica assim à compreensão dos processos cognitivos que influenciam o comportamento - a capacidade do indivíduo de imaginar alternativas antes de se tomar uma decisão, de descobrir novos caminhos a partir de experiências passadas, de criar imagens mentais do mundo que o cerca - e à influência do comportamento sobre os processos cognitivos - como o modo de pensar se modifica de acordo com o comportamento e suas consequências. Típico desta perspectiva é o uso sistemático de experimentos científicos e sua proximidade com as ciências da informação e da computação[3].
A perspectiva evolucionista procura, inspirada pela teoria da evolução, explicar o desenvolvimento do comportamento e das capacidades mentais como parte da adaptação humana ao meio ambiente. Por recorrer a acontecimentos ocorridos há milhões de anos, os psicólogos evolucionistas não podem realizar experimentos para comprovar suas teorias, mas contam somente com sua capacidade de observação e com o conhecimento adquirido por outras disciplinas como a antropologia e a arqueologia[3].
Já em 1927 o antropólogo Bronislaw Malinowski criticava a psicologia - na época a psicanálise de Freud - por ser centrada na cultura ocidental. Essa preocupação de expandir sua compreensão do homem além dos horizontes de uma determinada cultura é o cerne da perspectiva sociocultural. A pergunta central aqui é: em que se assemelham pessoas de diferentes culturas quanto ao comportamento e aos processos mentais, em que se diferenciam? São válidos os conhecimentos psicológicos em outras culturas? Essa perspectiva também leva a psicologia a observar diferenças entre subculturas de uma mesma área cultural e sublinha a importância da cultura na formação da personalidade[3].
A enorme quantidade de perspectivas e de campos de pesquisa psicológicos corresponde à enorme complexidade do ser humano. O fato de diferentes escolas coexistirem e se completarem mutuamente demonstra que o homem pode e deve ser estudado, observado, compreendido sob diferentes aspectos. Essa realidade toma forma no modelo biopsicossocial, que serve de base para todo o trabalho psicológico, desde a pesquisa mais básica até a prática psicoterapêutica. Esse modelo afirma que o comportamento e os processos mentais humanos são gerados e influenciados por três grupos de fatores:
• Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral e do sistema nervoso em particular, etc.;
• Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.;
• Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, etc., modelos de papéis sociais, etc.[7]
Para ser capaz de ver o homem sob tantos e tão distintos aspectos a psicologia se vê na necessidade de complementar seu conhecimento com o saber de outras ciências e áreas do conhecimento. Assim, na parte da pesquisa teórica, a psicologia se encontra (ou deveria se encontrar) em constante contato com a fisiologia, a biologia, a etologia, a neurologia e às neurociências (ligadas aos fatores biológicos) e à antropologia, à sociologia, à etnologia, à história, à arqueologia, à filosofia, à metafísica, à linguística à informática, à teologia e muitas outras ligadas aos fatores socioculturais.
No trabalho prático a necessidade de interdisciplinaridade não é menor. O psicólogo, de acordo com a área de trabalho, trabalha sempre em equipes com os mais diferentes grupos profissionais: assistentes sociais e terapeutas ocupacionais; funcionários do sistema jurídico; médicos, enfermeiros e outros agentes de saúde; pedagogos; fisioterapeutas, fonoaudiólogos e muitos outros - e muitas vezes as diferentes áreas trazem à tona novos aspectos a serem considerados. Um importante exemplo desse trabalho interdisciplinar são os comitês de Bioética, formados por diferentes profissionais - psicólogos, médicos, enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, físicos, teólogos, pedagogos, farmacêuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade onde o comitê está inserido, e que têm por função decidir aspectos importantes sobre pesquisa e tratamento médico, psicológico, entre outros.
A psicologia é frequentemente criticada pelo seu caráter "confuso" ou "impalpável". O filósofo Thomas Kuhn afirmou em 1962 que a psicologia em geral estava em um estágio "pré-paradigmático" por lhe faltar uma teoria de base unanimemente aceita, como é o caso em outras ciências mais maduras como a física e a química.
Por grande parte da pesquisa psicológica ser baseada em entrevistas e questionários e seus resultados terem assim um caráter correlativo que não permite explicações causais, alguns críticos a acusam de não ser científica. Além disso muitos dos fenômenos estudados pela psicologia, como personalidade, pensamento e emoção, não podem ser medidos diretamente e devem ser estudados com o auxílio de relatórios subjetivos, o que pode ser problemático de um ponto de vista metodológico.
Erros e abusos de testes estatísticos foram sobretudo apontados em trabalhos de psicólogos sem um conhecimento aprofundado em psicologia experimental e em estatística. Muitos psicólogos confundem significância estatística (ou seja, uma probabilidade maior do que 95% de o resultado obtido não ser fruto do acaso, mas corresponder à realidade empírica) com importância prática. No entanto a obtenção de significados estatisticamente significante mas na prática irrelevantes é um fenômeno comum em estudos envolvendo um grande número de pessoas.[8] Em resposta muitos pesquisadores começaram a fazer uso do "tamanho do efeito" estatístico (effect size) como massa de medida da relevância prática.
Muitas vezes os debates críticos ocorrem dentro da própria psicologia, por exemplo entre os psicólogos experimentais e os psicoterapeutas. Desde há alguns anos tem aumentado a discussão a respeito do funcionamento de determinadas técnicas psicoterapêuticas e da importância de tais técnicas serem avaliadas com métodos objetivos.[9] Algumas técnicas psicoterapêuticas são acusadas de se basearem em teorias sem fundamento empírico. Por outro lado muito tem sido investido nos últimos anos na avaliação das técnicas psicoterapêuticas e muitas pesquisas, apesar de também elas terem alguns problemas metodológicos, mostram que as psicoterapias das escolas psicológicas tradicionais (mainstream), isto é, das escolas mencionadas mais acima neste artigo, são efetivas no tratamento dos transtornos psíquicos.
Um dos maiores problemas relacionados à distância que separa a teoria científica da psicologia e sua prática terapêutica é a multiplicação indiscriminada do números de "terapias alternativas" que se vê atualmente, muitas das quais baseadas em princípios de origem duvidosa e não pesquisados. Muitos autores[10] já haviam apontado o grande crescimento no número de tratamentos e terapias realizados sem treinamento adequado e sem uma avaliação científica séria. Lilienfeld (2002) constata com preocupação que "uma grande variedade de métodos psicoterapêuticos de funcionamento duvidoso e por vezes mesmo danosos - incluindo "comunicação facilitada" para o autismo infantil, técnicas sugestivas para recuperação da memória, (ex. regressão etária hipnótica, trabalhos com a imaginação), terapias energéticas e terapias new-age de todos os tipos possíveis (ex. rebirthing, reparenting, regressão de vidas passadas, terapia do grito original, programação neurolinguística, terapia por abdução alienígena) surgiram ou mantiveram sua popularidade nas últimas décadas."[11] Allen Neuringer (1984) fez críticas semelhantes partindo da análise experimental do comportamento.[12]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia#Breve_hist.C3.B3ria_da_psicologia

Biografia-Publicação efectuada no Jornal AlgarvePrimeiro

Figuras da nossa Terra
Algarve: Ernestina de Jesus
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Eu Ernestina de Lurdes Sabino de Jesus, nasci a 22 de Setembro de 1970, na cidade de Luanda. Vim para Portugal em 1975, iniciei o meu percurso escolar em 1977 em Santa Luzia próximo de Tavira, sendo transferida para uma Escola na cidade de Olhão após o primeiro período, por motivos profissionais da minha família.

No início do ano de 1978, foi detectado a minha deficiência visual, após vários diagnósticos em 1979, finalmente foi diagnosticado correctamente a doença como Stargardt.

Estive até ao 9º ano a estudar em Olhão sempre com um percurso regular. No 10º ano vim estudar para o Liceu em Faro, altura em que passei a viver também nessa cidade.

Entrei na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação Universidade do Porto no ano Lectivo 89/90, concluindo a Licenciatura no ano 94/95 de Psicologia ramo Psicologia Clínica.

Iniciei o meu percurso profissional no MAPS, movimento de apoio à problemática da Sida, na cidade de Faro, assim como na clínica Avenida em Faro, em Janeiro de 1997,iniciei um novo emprego na cidade de Portimão no Centro de Atendimento a Toxicodependentes, actualmente Equipa Técnica Especializada em tratamento (I.D.T Instituto da Droga e da Toxicodependência), onde me encontro actualmente a exercer funções de Psicóloga Clínica.

Saliento ainda que dei aulas, no período lectivo 97/98 e 98/99 na Lusófona” Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes em Portimão, no curso de Sociologia. Obtive o grau de Especialista em Psicologia Clínica, em 2007,atribuído pelo Ministério da Saúde, Administração Central do Sistema da Saúde IP.

Actualmente sou Mestranda em Psicologia Clínica Supervisão e desenvolvimento de Tese de Mestrado na INUAF - Instituto Superior D. Afonso III.

Realço que fiz o meu percurso escolar sempre com o apoio, de colegas, professores e amigos que se disponibilizavam para gravar os livros e apontamentos, em cassetes, para que eu pudesse mais rapidamente estudar e ter um bom desempenho na altura dos exames.

Aprendi Braille durante dois anos lectivos, mas na realidade como não foi fácil adquirir rapidez de leitura, mantive sempre o método das gravações e ampliações.

Fiz varias tentativas de me associar a Acapo, no entanto, por preconceito achando que a Acapo era para cegos, tive dificuldade em fazer parte da associação, por outro lado também acho, que fui sempre contornando as dificuldades que fui sentindo, com o apoio de todos aqueles que me foram acompanhando ao longo do percurso, também fez com que demorasse a dar o passo.

No entanto compreendo e aceito que com o apoio da Acapo, teria adquirido muito mais cedo a autonomia relativamente ao computador, pois nunca consegui trabalhar num computador e por outro lado tinha sempre quem o fizesse por mim.

Nestes últimos 5 anos fui perdendo a visão, e apesar de continuar a ter todo o apoio da família, amigos e colegas, finalmente dei o passo de me inscrever na Acapo no final de 2008,e por encontrar com a minha mobilidade reduzida .

Percursos que conhecia bem, passei a ter dificuldades, chocando com obstáculos e pessoas, assim, fiz aulas de Orientação e Mobilidade onde saliento o profissionalismo e apoio da Técnica de Orientação e Mobilidade da Delegação da Acapo do Algarve a Dra. Joana Afonso.

Devolveu a minha autonomia a nível da mobilidade com as técnicas que aprendi de orientação. Sendo por isso mais fácil ultrapassar as dificuldades por mim sentidas não menos importante foi puder integrar as aulas de informática dadas de forma voluntaria pelo Diogo Costa nas instalações da delegação que deram inicio em Novembro de 2009.

Não posso deixar de realçar, o facto de que à medida que me encontrava a ficar mais dependente, consegui adquirir uma autonomia que na realidade não tinha antes.

Em Fevereiro de 2010, a delegação do Algarve estava sem direcção, por demissão do Presidente anterior, fui convidada pelo Diogo para integrar a direcção da Acapo como tesoureira, sendo este desafio aceite por mim, porque era por um período de tempo curto, ate acontecer as eleições gerais para a Acapo.

Desta forma estive como tesoureira desde Março de 2010 ate 11 de Dezembro do mesmo ano.

Esta experiência foi muito gratificante mas, foram meses de muito trabalho para devolver a estabilidade a esta delegação.

Com o cargo de Tesoureira adquiri experiência, ganhei o respeito e o espírito associativo abraçando a filosofia da Acapo, que merece todo o nosso respeito.

Ao se aproximar o fim do mandato, fui sendo desafiada a continuar a fazer parte da Direcção desta delegação. Por isso quis abraçar este desafio pois é importante e fundamental que a Delegação do Algarve continue a crescer, a solidificar e a dar respostas cada vez mais eficazes aos deficientes visuais da nossa região, e isso só se consegue com o esforço da equipa técnica, e com o esforço dos elementos que participam activamente como dirigentes da delegação e os associados.

Esta direcção tomou posse a 11 de Dezembro de 2010, tendo um mandato até 2013, existe ainda muito trabalho e um longo caminho a percorrer para que esta delegação consiga estar ao alcance de todos os Cidadãos Cegos e Ambliopes.

Tudo faremos para ter uma Delegação activa, de forma a continuar a dignificar e defender o interesse dos deficientes visuais no Algarve.

Refira-se que, Ernestina de Jesus tem dado o seu valioso contributo à região, seja em termos profissionais, seja no âmbito do associativismo, sempre com o intuito de fazer chegar mais longe aquilo em que acredita e que considera fundamental proporcionar para que os demais também acreditem nas suas potencialidades.

Psicologia Clinica Portimão-Dra Ernestina de Jesus


Estudou na Faculdade Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.

Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica Cédula Profissional Nº 1528

Mestranda em Psicologia.

Especialista em Psicologia Clínica.

Psicóloga Clínica Ministério da Saúde.

Clínica Privada InterEgos

tef:282 495 447/ 965031880
www.interegos.pt
www.interegosblog.blogspot.com
interegos@gmail.com

Policlínica da Mó

Tem: 965031880 /961939293/282420470
polimo@gmail.com

http://www.polimo.pt/
Psicologia Clínica:

·Stress e ansiedade;

·Medos, Fobias e Ataques de pânico;

·Insónias;

·Depressão;

·Falta de auto-confiança e auto-estima;

·Perturbações do comportamento alimentar (Anorexia, bulimia);

·Outras perturbações emocionais;

· Hipnoterapeuta;

· Psicoterapia individuais a adolescentes e adultos