terça-feira, 5 de abril de 2011

Saúde Mental em foco na reunião da Comissão de Acompanhamento do PNS

A Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Saúde (PNS) reuniu em plenário, a 23 de Abril de 2008, para debater o tema da Saúde Mental em Portugal, designadamente o Plano Nacional de Saúde Mental e a estratégia definida para a sua implementação.

Fotografia da reuniao da comissao de acompanhamento

Na reunião, foi apresentado um estudo, elaborado pelo Gabinete de Informação e Prospectiva do Alto Comissariado da Saúde, onde é analisada a relação entre os factores geográficos, sócio-demográficos, económicos e comportamentais e a Saúde Mental, bem como as tendências epidemiológicas do suicídio, nos últimos anos, e os padrões de consumo de medicamentos para a depressão, ansiedade e perturbações do sono.

A reunião, presidida pela Alta Comissária da Saúde, Prof.ª Doutora Maria do Céu Machado, contou com a participação da Ministra da Saúde, Dr.ª Ana Jorge.

Apresentações:

* Plano de Saúde Mental – Plano de Acção 2007-2016 [PDF 834 Kb]
Prof. Doutor José Miguel Caldas de Almeida – Coordenador Nacional para a Saúde Mental
* Serviços de Saúde Mental em Portugal [136 Kb]
Dr.ª Isabel Paixão – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Plano Nacional de Saúde Mental – Psiquiatria da Infância e da Adolescência [32 Kb]
Dr.ª Cristina Marques – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Plano Nacional de Saúde Mental – Articulações Intersectoriais [42 Kb]
Dr.ª Isabel Fazenda – Coordenação Nacional para a Saúde Mental
* Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados – Saúde Mental: Que respostas? [PDF 236 Kb]
Dr.ª Anabela Costa – Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados
* Saúde Mental em Portugal Continental [1,72 Mb]
Prof.ª Doutora Paula Santana (coordenação), Dr.ª Isabel Alves, Dr.ª Luísa Couceiro, Dr.ª Valeska Andreozzi – Gabinete de Informação e Prospectiva

Conheça aqui a composição da Comissão de Acompanhamento do PNS…

http://www.acs.min-saude.pt/2008/04/23/reuniaoca-sm/

Cancro"está a aumentar em Portugal" com envelhecimento da população

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) alertou esta segunda-feira que esta doença "não está em crise", como a economia e a política, e que "está a aumentar em Portugal", onde o envelhecimento da população é um factor de risco, avança a agência Lusa.

"Nenhum de nós está livre de vir a ter cancro", disse Carlos Freire de Oliveira, sublinhando que quanto maior é o envelhecimento da população "maior é o risco de cancro".

Carlos Oliveira falava à margem da sessão solene de comemoração dos 70 anos da LPCC, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, na presença do presidente daquela instituição, Rui Vilar, do antigo presidente da LPCC, Gentil Martins, e do presidente da Comissão de Patronos dos 70 anos da Liga, Pinto Balsemão.

Segundo o presidente da LPCC, o cancro mais frequente, neste momento, em Portugal é o cancro do cólon rectal (vulgo cancro do intestino), sendo também aquele que causa maior número de mortos entre os portugueses.

Segue-se o cancro da mama, o cancro da próstata, o cancro do estômago e o cancro do pulmão e, embora este último não detenha o recorde numérico, é aquele que apresenta "maior mortalidade", explicou Carlos Oliveira.

A este propósito, observou que, enquanto o cancro do intestino se consegue curar em "percentagem significativa", no cancro do pulmão não se consegue atingir os cinco por cento de cura, pelo que é o que "mata mais".

Quanto ao cancro do cólon rectal, o mais vulgar em Portugal, o presidente da LPCC apelou ao Ministério da Saúde para que avance com o programa de rastreio deste tipo de cancro com a pesquisa de sangue oculto nas fezes e que pode ser feito em articulação com os Centros de Saúde no âmbito de um programa organizado.

Questionado sobre a capacidade de prevenção e resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Carlos Oliveira salientou que, até há poucos anos, o SNS encontrava-se entre os 20 melhores do mundo e entre os primeiros a nível europeu, dizendo esperar que "não haja uma degradação desse serviço que foi uma conquista considerável dos portugueses".

Fez votos de que o SNS, "com a participação ou não dos privados, como entenderem" os políticos, mantenha a qualidade e a capacidade de resposta a que tem habituado os portugueses.
2011-04-05 | 08:46

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Antidepressivos aumentam risco para o coração

Homens de meia idade que tomam antidepressivos têm mais risco de desenvolver estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de enfartes e AVC, segundo um estudo divulgado sábado, avança a agência Reuters.

Uma investigação feita com gémeos revelou evidências de aterosclerose associada a antidepressivos. Os fármacos aumentaram a espessura dos vasos dos doentes, de acordo com o estudo, feito com 500 homens gémeos com idade média de 55 anos. O trabalho foi apresentado num encontro de cardiologistas americanos em Nova Orleães.

Os homens que tomavam antidepressivos tinham a espessura das carótidas maior do que a dos seus irmãos gémeos.

Segundo os autores do estudo, é preciso ter em conta os efeitos secundários dos medicamentos que podem passar despercebidos.
2011-04-05 | 09:00
http://www.rcmpharma.com/news/12670/15/Antidepressivos-aumentam-risco-para-o-coracao.html

Aumento de preços leva viajantes a recusar vacinas

São quatro: pai, mãe e duas crianças e nas férias da Páscoa planearam visitar o tio que está em Angola. Já com as passagens de avião pagas, surgiu uma despesa inesperada: 400 euros para vacinar todos contra a febre-amarela, obrigatória – e que até 17 de Janeiro custava 15 cêntimos. Agora, de receita na mão, não sabem o que vão fazer em relação às outras duas vacinas recomendadas. Já há quem ignore os médicos: confrontados com estes aumentos alguns dos que procuram as consultas da medicina de viagem estão a cortar nas vacinas não obrigatórias, conta o Diário de Notícias.

“Recusam a vacinação, o que não acontecia. Também já tive pais que optaram por imunizar apenas os filhos”, explica ao DN Luís Varandas, da consulta da Estefânia, para crianças. Também a enfermeira Carmo Santos, responsável pela Vacinação Internacional no Centro de Sete Rios, que atende cerca de 50 pessoas por dia, já se depara com recusas. “Quando a factura dispara para as centenas de euros seleccionam só algumas”. Correm riscos desnecessários, alerta Luís Varandas. “Não são doenças frequentes, mas seguimos as recomendações internacionais porque o risco existe”.

Em causa, o aumento brutal do preço, que passou de 15 cêntimos para 100 euros no caso da vacina contra a febre-amarela, a única que era paga. As outras – contra a meningite tetravalente, febre tifóide e raiva – eram gratuitas e ficam agora por 50 euros, enquanto a encefalite japonesa custa 200, conta o DN.

Se o preço anterior não dava provavelmente para pagar o material, o novo ultrapassa em muito o das vacinas, compradas directamente e por concurso às farmacêuticas. O Estado paga menos de oito euros pela da febre-amarela e menos de 12 pela da febre tifóide. Só a da encefalite japonesa fica perto do preço cobrado pois cada dose custa 72 euros.

“Não se trata do preço da vacina, mas da taxa sanitária. Foi uma mudança radical na nossa prática”, admite Luís Varandas, em declarações ao DN. O médico nota também quebra nas consultas. Jorge Seixas, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que só segunda-feira começou a aplicar as novas taxas, diz que o aumento fez também com que estas vacinas passassem a custar mais cá do que na maior parte da Europa. “É um preço fora da realidade. Comentou-se que era uma aproximação ao que é praticado no resto da Europa mas na rede oficial o preço da vacina contra a febre-amarela, por exemplo, fica entre 30 e 60 euros. Não é muito compreensível esta visão economicista”, critica. Até porque, apesar de o risco ser pequeno, insiste, são doenças muito graves – 20% dos que contraem febre-amarela morrem. Por outro lado, alerta que sai muito mais caro tratar alguém que adoece do que vacinar.

Jorge Seixas teme sobretudo pela saúde dos migrantes que visitam familiares e amigos. “Não viajam com muito dinheiro. Vão ficar expostos a todos os riscos do meio e não se vão imunizar porque não têm dinheiro”. Apesar da vacina contra a febre-amarela ser obrigatória para entrar em Angola, alguns arriscam-se e preferem levar à chegada, no aeroporto, apesar de serem necessários 10 dias para ficarem imunes. E muitos dos que viajam para o Brasil já preferem levar lá, onde é gratuita, diz ao DN Carmo Santos. A maioria dos que procuram o Centro vai viajar em trabalho para Angola, enquanto nas férias vão para o Brasil, Índia e o Sudeste asiático.
2011-04-05 | 09:33
http://www.rcmpharma.com/news/12675/51/Aumento-de-precos-leva-viajantes-a-recusar-vacinas.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Dia Mundial da Saúde

Localização: Em todo o Mundo
Data: 07 de Abril de 2011
A 7 de Abril comemora-se o dia do aniversário da Organização Mundial de Saúde e assinala-se o Dia Mundial da Saúde, que em 2011 é subordinado ao lema “Resistência aos antimicrobianos: se não actuarmos hoje, não haverá cura amanhã”.

A Organização Mundial da Saúde alerta para o aumento da resistência aos antimicrobianos e para a necessidade de se implementarem medidas urgentes para a sua prevenção e controlo, salientando a importância do papel dos governos, decisores políticos, profissionais de saúde, farmacêuticos e doentes no âmbito da implementação de políticas e práticas que garantam a eficácia dos medicamentos que actualmente são utilizados no tratamento de doenças infecciosas.

http://www.acs.min-saude.pt/2011/02/28/diamundialsaude/

Ciclo de Conferências “Qualidade em Saúde”

Ciclo de Conferências “Qualidade em Saúde”
Localização: Fundação Calouste Gulbenkian
Data: 07 de Abril de 2011
A Fundação Calouste Gulbenkian, a Escola Nacional de Saúde Pública e a Comissão Sectorial para a Saúde do Instituto Português da Qualidade, em colaboração com Direcção-Geral da Saúde e a Administração Central do Sistema de Saúde, promovem, até ao dia 8 de Novembro de 2011, o Ciclo de Conferências “Qualidade em Saúde”.

O objectivo deste ciclo de conferências passa por fazer um ponto de situação sobre o que tem sido a preocupação com a qualidade na prestação de cuidados de saúde no passado, o ponto em que nos encontramos agora, e o que se perspectiva para o futuro.

http://www.acs.min-saude.pt/2011/03/21/conf-qualidade-saude/

Estudo de investigadores do ICBAS abre caminho a tratamento de doenças que levam à destruição óssea

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) do Porto a que a Lusa teve hoje acesso abre caminho ao tratamento de doenças como a osteoporose e a artrite reumatóide.
Nesta investigação provou-se que “os níveis de adenosina controlam a remodelação do osso em mulheres na pós-menopausa”.

Os resultados “abrem caminho na procura de novos alvos moleculares destinados ao tratamento de doenças como a osteoporose e a artrite reumatóide, onde a destruição óssea ultrapassa a capacidade individual de formação de osso”.

A adenosina é uma das substâncias produzidas pelas células ósseas e interfere na remodelação do osso.

Actualmente, segundo a equipa liderada Paulo Correia de Sá, “não existe nenhum medicamento aprovado para o tratamento das doenças ósseas capaz de aumentar os níveis de adenosina e/ou a sua ação farmacológica sobre as células progenitoras do osso”.

Ao ter demonstrado que a adenosina tem um papel crucial na proliferação das células responsáveis pela formação do tecido ósseo, a nova descoberta dos investigadores do Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia do ICBAS, “vai permitir estudar compostos que substituam o papel activo da adenosina e levar à produção de fármacos capazes de agir eficazmente, antes da destruição óssea”.

Por isso, depois deste estudo, que acaba de ser publicado no Journal of Cellular Physiology, o próximo passo dos investigadores do ICBAS será “tentar perceber de que forma podem ser aumentados os níveis de adenosina no osso”.

Nesse sentido, “serão testados fármacos que actuem como seus precursores, substâncias que promovam a sua libertação pelas células e/ou compostos que impeçam a sua degradação”.

Os investigadores explicam que com a idade, as alterações hormonais da menopausa condicionam a acção da adenosina sobre o osso e apontam o consumo exagerado de café como outro dos factores negativos.

“Está provado cientificamente que a cafeína é um potente antagonista dos receptores da adenosina”, sustentam.

Dados epidemiológicos demonstram, que o consumo de mais de quatro chávenas de café por dia leva à perda significativa de massa óssea em mulheres após a menopausa.

“Os efeitos indesejáveis da cafeína na maturação das células ósseas provenientes de mulheres sujeitas à colocação de próteses da anca” foram comprovados, pela primeira vez, neste estudo do ICBAS, usando diversos análogos da cafeína.

http://www.publico.pt/Ciências/estudo-de-investigadores-do-icbas-abre-caminho-a-tratamento-de-doencas-que-levam-a-destruicao-ossea_1487512

Um é norte-americano, outro italiano e outro português

A partir de hoje, sexta-feira, são conhecidos os nomes de quase todos os directores do Centro de Investigação Champalimaud. Zvi Fuks, norte-americano de origem israelita, vem dirigir todo o Centro de Investigação Champalimaud. Ao italiano Carlo Greco caberá a direcção da investigação clínica do cancro. E o português António Parreira será o director clínico do hospital de dia do centro. Fica, no entanto, em aberto o lugar de director científico do programa do cancro.
O Centro de Investigação Champalimaud vai dedicar-se ao cérebro e ao cancro (Foto: Nuno Ferreira Santos)

Os três novos directores têm trabalhado todos na área do cancro e os seus nomes foram divulgados depois de uma reunião, esta manhã, do Conselho de Curadores da Fundação Champalimaud. Vêm juntar-se ao neurocientista norte-americano Zachary Mainen, que há alguns anos deixou o Laboratório de Cold Spring Harbor, no estado de Nova Iorque, para vir para o Centro de Investigação Champalimaud, onde é director da investigação na área das neurociências.

O Centro de Investigação Champalimaud, cujas instalações à beira do Tejo, em Lisboa, foram inauguradas em Outubro e começam agora ser ocupadas por cientistas e médicos, vai dedicar-se ao cérebro e ao cancro. Enquanto a investigação em neurociências será básica, no caso do cancro irão transferir-se resultados obtidos na bancada do laboratório até aos doentes.

Zvi Fuks, de 74 anos, é rádio-oncologista. Nascido em Israel, formou-se nas universidades Hebraica e de Telavive em medicina, oncologia e radioterapia. Partiu depois para os Estados Unidos, onde, na Universidade de Stanford, durante os anos 70, se dedicou à investigação dos aspectos biológicos dos linfomas e do cancro dos ovários. Actualmente, trabalhava no Instituto Sloan-Kettering para a Investigação do Cancro, em Nova Iorque. É no tratamento do cancro através de radiações que tem centrado a sua investigação.

Carlo Greco, de 47 anos, vem da Universidade de Pisa, em Itália, onde também trabalhava em radioterapia. Formado em biologia no King’s College, no Reino Unido, foi bolseiro no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, que aliás foi presidido por Zvi Fuks (entre 1984 e 1998 e entre 2004 e 2005).

A direcção clínica do hospital de dia ficará entregue ao hematologista António Parreira, de 63 anos, que chefiou o Serviço de Hematologia do Instituto Português de Oncologia até agora. Além de professor na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, é ainda presidente do conselho científico da Associação Portuguesa contra a Leucemia.



http://www.publico.pt/Ciências/conhecidos-os-nomes-dos-directores-do-centro-de-investigacao-champalimaud_1487851