terça-feira, 31 de maio de 2011

Café combate risco de cancro da próstata

O café pode ser um forte aliado contra o risco de desenvolver cancro da próstata, revela um novo estudo realizado por investigadores da Harvard School of Public Health e publicado no "Journal of the National Cancer Institute".

Segundo este trabalho, homens que bebem seis ou mais chávenas de café por dia apresentaram um decréscimo de 60 por cento das hipóteses de desenvolverem um tipo extremamente letal de cancro da próstata e uma redução de 20 por cento no risco de sofrer qualquer tipo desta doença cancerígena, comparativamente a homens que não consomem a bebida.

Mesmo aqueles que bebem apenas entre uma e três chávenas diariamente beneficiam com uma queda de 30 por cento do risco de sofrer da forma mais letal da doença.
“Poucos estudos analisaram especificamente a relação entre o consumo de café e o risco de cancro da próstata letal, a forma mais violenta da doença, que é praticamente impossível de prevenir”, destacou Lorelei Mucci, investigadora de Harvard e principal autora do trabalho, acrescentando que a presente investigação “é a maior, até hoje, a examinar se o café é capaz de reduzir o risco de cancro da próstata letal”.

De acordo com os cientistas, estes efeitos também foram verificados para o café descafeinado, o que os leva a crer que o benefício está associado às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do café e não à cafeína.

O estudo acompanhou quase 48 mil homens, que forneceram aos investigadores informações sobre os seus hábitos de consumo de café entre 1996 e 2008. Ao longo deste trabalho, mais de cinco mil deles desenvolveram cancro da próstata, incluindo 642 casos letais.

O cancro da próstata é a forma mais comum da doença diagnosticada anualmente entre os americanos e as estimativas indicam que um em cada seis homens terá este cancro ao longo da vida nos Estados Unidos. Os principais factores de risco são as dietas ricas em gordura, consumo excessivo de álcool e a exposição a produtos químicos, além da hereditariedade.




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Viagra eficaz a reduzir sintomas da esclerose múltipla

Testes realizadas em ratos podem ser alargados a humanos

2011-05-24
Investigadores espanhóis acreditam que o Viagra, utilizado para o tratamento da disfunção eréctil, pode ter efeitos positivos na redução dos sintomas da esclerose múltipla, a doença inflamatória crónica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos.

Um estudo publicado na revista “Acta Neuropathologica” indica que, em experiências realizadas em ratos, foram observadas recuperações quase completas em 50 por cento dos casos após um tratamento de apenas oito dias.



A investigação liderada por Agustina García e Juan Hidalgo, da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), deverá, em breve, ser autorizada em seres humanos, visto que este fármaco já é comercializado.


Embora a esclerose múltipla seja ainda uma doença sem cura, alguns medicamentos já se mostraram eficazes no combate de vários sintomas e na prevenção da progressão do problema. Esta doença é causada pela perda de mielina nas células nervosas, que afecta a capacidade dos neurónios comunicarem entre si, e pela neurodegeneração em várias áreas do sistema nervoso central.

Os investigadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite auto-imune experimental (EAE). O sildenafil é utilizado como vasodilatador, mas tem também uma função neuroprotectora. Daí que a medicação tenha tido sucesso na infiltração de células inflamatórias, no interior da massa branca da espinal-medula e, portanto, no combate aos sintomas da esclerose múltipla. Os estragos nos axónios – região do neurónio responsável pelo impulso nervoso – foram mais baixos e houve progressos na reparação da mielina já danificada.

Bactérias intestinais interferem com química do cérebro

Acontece nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão
De acordo com um estudo publicado na revista “Gastroenterology”, as bactérias intestinais podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão.

Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.

Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.


Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.

Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.

Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.

Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.




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Obesos mais propensos a psoríase

Doença da pele também está relacionada com problemas cardiovasculares
Crianças com excesso de peso ou obesas têm até 80 por cento mais hipóteses de desenvolver psoríase, uma doença crónica, inflamatória e não contagiosa da pele. Contudo, independentemente do peso, jovens diagnosticados com psoríase apresentam índices de colesterol elevados, um dos factores de risco para doenças cardiovasculares.

Dada esta relação entre peso, psoríase, colesterol e doenças cardiovasculares, um estudo publicado no “Journal of Pediatrics” defende que se deve rever a forma como esses problemas são tratados. O risco de doenças cardíacas em pessoas com psoríase, por exemplo, começa na infância e, por isso, deveria ser combatido desde os primeiros sinais de aumento do colesterol.


“Deve-se acompanhar mais de perto os jovens com psoríase com o objectivo de evitar possíveis doenças cardíacas, especialmente se forem obesos”, referiu Corinna Koebnick, coordenadora do estudo e cientista do instituto Kaiser Permanente, na Califórnia.

De acordo com a especialista, ainda se sabe muito pouco sobre a psoríase em crianças, pelo que é frequentemente tratada como um problema de pele e não como uma doença metabólica.

Neste estudo, os investigadores analisaram dados de 711 mil crianças de diferentes etnias. Constataram assim que as hipóteses de desenvolver psoríase aumentam 40 por cento entre as obesas e quase 80 por cento entre aquelas que sofrem de obesidade mórbida, sendo que, em ambos os casos, a doença mostrou-se quatro vezes mais severa ou mais disseminada pelo corpo do que entre crianças com peso adequado.

Além disso, os jovens diagnosticados com psoríase apresentaram níveis de colesterol quatro a 16 por cento mais altos. “A psoríase pode levar a criança a desenvolver doenças metabólicas, como ocorre em adultos. Estudos como este são importantes para aprendermos qual a melhor forma de fazer os tratamentos primários nessas crianças", acrescentou Amy Porter, co-autora do estudo e pediatra do instituto Kaiser Permanente.

Bactéria que provoca úlceras favorece Parkinson

A bactéria que provoca a maioria das úlceras estomacais, designada por Helicobacter pylori, está também associada ao desenvolvimento da doença de Parkinson, de acordo com um estudo da Louisiana State University, nos EUA, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Microbiologia, que teve lugar em Nova Orleães.

A investigação, que foi realizada em ratos no final da meia-idade, permitiu os investigadores concluírem que "a infecção por uma estirpe específica da bactéria Helicobacter pylori conduz ao aparecimento dos sintomas da doença de Parkinson entre três a cinco meses após a infecção”. Desta forma, Traci Testerman, uma das autoras do estudo, sugere ser provável que a mesma relação entre a infecção e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas exista em humanos.


Mesmo antes de se saber que a Helicobacter pylori provocava a maior parte das úlceras, vários estudos tinham mostrado uma relação entre as úlceras do estômago e a doença de Parkinson. Mais recentemente, outras investigações descobriram que as pessoas com esta doença neuro-degenerativa tinham uma maior probabilidade de estar infectadas pela bactéria. Contudo, quando tratadas e curadas da infecção sentiam uma ligeira melhoria dos sintomas da doença de Parkinson, em comparação com os não infectados.
Um grupo de ratos de diferentes idades foi infectado com três estirpes diferentes de bactérias Helicobacter pylori, sendo que a sua actividade locomotora e os seus níveis de dopamina no cérebro foram monitorizados pelos investigadores. Aqueles que estavam infectados com uma das estirpes mostraram "uma redução significativa de ambos" os indicadores, nomeadamente os mais velhos, o que indica que o envelhecimento torna-os mais susceptíveis à doença de Parkinson, tal como acontece nos seres humanos. No entanto, nem todas as estirpes são igualmente capazes de causar sintomas, sublinhou Traci Testerman.

Estes resultados também foram comparados com outro grupo de ratos com colesterol alterado, mas sem a infecção pela bactéria. Foi observado que, em alguns casos, os sintomas de Parkinson também tiveram início, indicando que o colesterol alterado também pode favorecer o aparecimento da doença

Composto de cogumelo suprime cancro da próstata

Testes realizados em ratos foram cem por cento eficazes

2011-05-30


'Coriolus versicolor' é usado na medicina tradicional asiática
Um cogumelo usado na Ásia com fins medicinais revelou-se totalmente eficaz na supressão do desenvolvimento de tumores de próstata, em testes com ratos realizados num estudo da Queensland University of Technology, Austrália.

Apesar de a medicina tradicional já utilizar este cogumelo - Coriolus versicolor ou Yun-zhi - pelos seus efeitos terapeuticos, a investigação publicada na revista científica “PLoS One” é a primeira a mostrar a sua eficácia em células estaminais do cancro.

O Coriolus versicolor apresenta um composto denominado por polissacaropeptídeo (PSP). Os investigadores extrairam-no do caule do cogumelo e aplicaram-no em células estaminais do cancro da próstata, tendo suprimido a formação de tumores nos ratos.
"No passado, outros inibidores testados em ensaios [clínicos] tinham-se mostrado eficazes até 70 por cento, mas com este composto a eficácia contra a formação de tumores é de cem por cento", explicou Patrick Ling, líder da equipa de investigadores, acrescentando que o "mais importante é que não se verificaram efeitos secundários derivados do tratamento”.

De acordo com o cientista, as terapias convencionais só eram eficazes em atingir determinadas células cancerígenas, mas não as estaminais, que iniciam o tumor e causam a progressão da doença.



Patrick Ling
Durante os ensaios clínicos, os ratinhos, que foram manipulados para desenvolverem tumores da próstata, alimentaram-se 20 semanas com PSP. Depois deste período, não foram encontrados tumores em nenhum dos roedores alimentados com PSP, enquanto aqueles que não receberam o composto desenvolveram tumores de próstata.

“O estudo sugere que o PSP pode ser um potente agente preventivo contra o cancro da próstata, possivelmente por atingir a população de células estaminais desta doença", destacou Ling.

Apesar de estes cogumelos terem propriedades medicinais reconhecidas, o investigador sublinhou que os efeitos do PSP demonstrados neste estudo não são possíveis de alcançar com o simples facto de se comerem Coriolus versicolor.

Depressão mascarada com dores físicas

Dores nas costas, tonturas e mal-estar gástrico podem ser sinais mascarados de uma depressão ou ansiedade crónica. Este quadro clínico nem sempre é lido à primeira e tende a confundir os especialistas, atrasando o diagnóstico correcto.

Sendo assim, os sintomas físicos são associados a uma maior severidade desta patologia. Estima-se que 35 por cento destes casos não sejam diagnosticados e os mais comuns padecidos pelos pacientes falta de apetite sexual (incapacidade de sentir prazer) e fadiga (impossibilidade de realizar tarefas) e ambos são determinantes na altura de diagnosticar o transtorno depressivo, entre outros como palpitações e tonturas.

A dor pode variar de num dia para o outro. Entre os factores que indicam uma possível depressão estão o facto de nenhum analgésico funcionar e a sensação de tristeza pode durar mais de duas semanas.

Não é fácil para o médico perceber de imediato de que se trata realmente. A presença conjunta de ansiedade, depressão e sintomas somáticos tornaram-se mais norma do que excepção, segundo o especialista Luis Caballero disse ao diário espanhol «EL País».

XII Reunião da Sociedade Portuguesa de Neurociências

A Reunião da Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN) acontece de dois em dois anos e a XII edição vai ser realizada em Lisboa, no Instituto de Medicina Molecular (IMM). O evento, organizado pelo investigador e subdirector do Ciência Hoje (CH) Tiago Outeiro, juntamente com Domingos Henrique e Luísa Lopes, do IMM, procura reunir a comunidade de neurocientistas portugueses para que troque ideias e conheça os trabalhos que estão a ser realizados na área.

O programa inclui sessões em que participam convidados estrangeiros, alguns nomes das neurociências portuguesas, de várias universidades, e alguns dos investigadores da Fundação Champalimaud. Há ainda a particularidade de uma sessão onde serão envolvidos clínicos que trabalham em áreas relacionadas com o estudo do cérebro e que pretendem estabelecer uma ligação entre a investigação básica e clínica.A Reunião está dividida em simpósios, um sobre Neurodesenvolvimento, área importante em que agora se começa a perceber um pouco melhor de que forma é que o sistema nervoso se desenvolve; um sobre estratégias clínicas, doença de Alzheimer e doença de Parkinson; um sobre Neurociências Funcionais, onde será abordado o papel da função do sistema nervoso, como é modelado, de que forma é que os circuitos neuronais se adaptam em condições diferentes; e outro será sobre Redes Neuronais. O último dia ficou reservado para um simpósio sobre Neurodegeneração, e para outro onde se vão abordar os mecanismos moleculares envolvidos em doenças como Alzheimer, Parkinson e Huntington.

Vai também haver espaço para sessões de posters. Este ano a Reunião conta com 150 posters apresentados por neurocientistas portugueses. Os eventos sociais não serão esquecidos. O programa inclui alguns jantares em ambientes mais informais para permitir a troca de contactos e experiências.

As inscrições para a XII Reunião da SPN podem ser feitas no site até ao último dia ou mesmo no local no próprio dia. Neste momento já estão 220 pessoas inscritas, o limite do número de inscrições é a capacidade da sala, que ronda as 400.

Ecstasy leva a perda da eficácia do cérebro

Um estudo foi publicado na revista “Neuropsychopharmacology” permitiu verificar que o consumo de ecstasy está associado a uma perda de eficácia do cérebro, o que significa que processar a informação ou executar uma tarefa envolve mais energia deste órgão.

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, realizaram exames de ressonância magnética funcional para comparar a resposta do cérebro ao estímulo visual, em pessoas saudáveis entre os 18 e os 35 anos que tinham consumido ecstasy até duas semanas antes do estudo e outras que nunca tinham utilizado esta droga.
A análise de dados permitiu verificar que os consumidores de ecstasy que foram mais expostos à droga durante a vida tinham uma maior activação em três áreas do cérebro associadas com o processamento visual. Tal sugere que a utilização deste estupefaciente está associado à perda da sinalização de serotonina, resultando numa activação aumentada ou hiper-excitabilidade do cérebro, o que indica uma perda de eficácia deste órgão.

Nos participantes que tinham usado ecstasy durante mais de um ano, a activação do cérebro não voltou ao normal após a estimulação visual utilizada no estudo. "Acreditamos que esta mudança na excitabilidade cortical pode ser crónica, duradoura ou mesmo permanente", referiu Ronald Cowan, professor de psiquiatria e um dos membros da equipa de investigação.

Nos Estados Unidos, estima-se que 14,2 milhões de pessoas, desde os 12 anos, tenham consumido ecstasy nalgum momento das suas vidas, sendo que um inquérito realizado a nível nacional em 2009 indicou que 760 mil pessoas tinham usado esta droga durante o mês antes de serem inquiridas.

Portugueses descobrem aparecimento de microalgas devido a vulcanismo

Um estudo da Universidade de Coimbra (UC) documentou, pela primeira vez, o aparecimento de vida a partir dos efeitos de um vulcão submarino
A investigação “analisou imagens de satélite de uma região do Oceano Pacífico – na faixa sudoeste, junto ao reino do Tonga – após a erupção de um vulcão submarino e descobriu o aparecimento de microalgas naquela zona”, segundo um comunicado da UC, que adianta que o estudo está a ser destacado pela NASA “como um dos mais interessantes do ano na área da detecção remota”.

A observação feita por Vasco Mantas, no âmbito da sua actividade no Laboratório de Detecção Remota e Sistemas de Informação Geográfica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, prolongou-se durante cinco meses, tendo sido estudadas outras erupções submarinas no Oceano Pacífico.

Segundo o biólogo, existem teorias que sustentam que a cinza vulcânica pode originar o tipo de fenómeno agora observado, mas esta é “a primeira vez” que se documenta o aparecimento de vida a partir dos efeitos da actividade de um vulcão submarino.

Vasco Mantas explicou à Agência Lusa que a observação incidiu em gases e compostos químicos libertados durante a erupção.

De acordo com o investigador do Departamento de Ciências da Terra, o seu trabalho pode ser um ponto de partida para descobertas noutras áreas.

“O surgimento de microalgas em zonas do oceano onde não seria suposto existirem tem consequências, por exemplo, na cadeia alimentar, fazendo aumentar a ‘carga’ de peixe, e na diminuição da quantidade de dióxido de carbono que é lançado para a atmosfera”, explica na nota.

A abertura de novos campos de investigação é “a razão principal apontada por Alcides Pereira, director do Departamento de Ciências da Terra, instituição onde decorreram os trabalhos de investigação, para justificar a distinção da NASA, segundo o mesmo comunicado da Assessoria de Imprensa da UC.

“É muito relevante que um país periférico, como Portugal, podendo ter acesso a dados de alta tecnologia, consiga produzir resultados desta dimensão, fazendo uso apenas do seu ‘know-how’”, realça Alcides Pereira.

Vasco Mantas disse hoje à Lusa que uma das vantagens do seu estudo reside no desenvolvimento de várias técnicas, nomeadamente de processamento de imagem e de análise de dados, que podem ser aplicadas em Portugal.

A investigação levanta ainda “algumas questões sobre a possibilidade deste tipo de acontecimentos ter tido um impacto ao longo da história da vida em situações em que a actividade vulcânica foi mais intensa”, adiantou.

O estudo em causa foi realizado, em parte, com recurso a imagens do sistema de visualização e análise de dados da NASA, designado por Giovanni.

Misturar medicamentos com chá pode ser fatal Chá e extracto de plantas anulam ou multiplicam efeito de medicamentos. Há acidentes graves

Vai um chazinho? A pergunta é inocente e bem intencionada, mas uma resposta afirmativa pode ter consequências graves. Sobretudo se quem aceita está a tomar medicamentos e tem por hábito recorrer a bebidas e extractos naturais.

A interacção entre plantas e medicamentos, sendo perigosa, pode passar despercebida a doentes e mesmo a médicos, pois também raramente estes são informados da toma de hipericão, chá de alcachofra ou camomila, chá verde, toranja, soja, pílulas de alho, gingko ou aloés, entre muitos outros produtos sobre os quais a referência "natural" nos induz a pensar que só fazem bem.

Alimentos como o alho e a cebola também interagem com a medicação, reduzindo ou potenciando a acção desta. O resultado pode ser desastroso, indo até à falência de órgãos e a hemorragias potencialmente fatais.
http://www.jn.pt/VivaMais/Interior.aspx?content_id=1826459

Cirurgiões alertam para perigo do espartilho de pele

Cirurgiões britânicos estão contra a nova moda dos "corset-piercings", cada vez mais popular entre os jovens do Reino Unido. Segundo os médicos, as cicatrizes do procedimento cirúrgico para fazer o espartilho na pele podem ser "absolutamente terríveis".

O espartilho clássico surgiu por volta do século XVI e tinha como principal objectivo manter a postura e dar suporte às mamas das mulheres. Cinco séculos depois, o adereço volta a fazer sucesso de forma mais "marcante" entre as raparigas, que já não se contentam com um simples piercing no umbigo ou uma tatuagem.

Os "corset-piercings" são argolas pregadas ao corpo e depois entrelaçadas com uma fita, dando o efeito de um espartilho clássico. As áreas mais comuns de aplicação dos anéis são as costas, as costelas e o pescoço.O preço para ter uma "peça de vestuário" pregada no corpo ronda os 300 euros. A dolorosa cirurgia pode demorar mais de duas horas.

No Reino Unido, onde o uso dos "corset-piercings" está cada vez mais popular, um cirurgião plástico falou ao jornal Daily Mail sobre os perigos da nova moda para as jovens. De efeito temporário, os anéis dos espartilhos são expelidos depois de algumas semanas, deixando cicatrizes bizarras no corpo.

"Acredito que as pessoas se sintam atraídas por esta nova moda. Qualquer piercing, superficial ou não, produz cicatrizes", disse Kevin Hancock, membro da Associação Britânica de Cirurgia Plástica e Estética.
http://www.jn.pt/VivaMais/Interior.aspx?content_id=1847945

Suécia regista primeira morte de infecção com pepinos Ontem

As autoridades suecas confirmaram o primeiro caso mortal por contágio de uma variante da bactéria intestinal "E.coli", que já causou 15 mortos na Alemanha. Trata-se, assim, do primeiro caso fora de território germânico.

A vítima é uma mulher de 50 anos, que se contagiou durante uma viagem realizada à Alemanha e que estava hospitalizada num hospital situado em Boraas, na zona oeste da Suécia.

Até ao momento, há o registo de 39 casos de contágio naquele país nórdico, segundo dados oficiais.

Médicos recebem orientações sobre infecção com pepinos

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) distribuiu, na segunda-feira, um conjunto de orientações a todos os médicos do Sistema Nacional de Saúde (SNS), devido ao surto infeccioso provocado por uma bactéria em pepinos espanhóis contaminados.

O documento, assinado pelo director-geral de Saúde, Francisco George, refere que os médicos devem proceder "à imediata notificação" dos casos que apresentem um "diagnóstico de síndrome hemolítico-urémico", "diarreia sanguinolenta com história de viagem ou estadia recentes no Norte da Alemanha" e "diarreia sanguinolenta com história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico".

Segundo o texto, publicado no site de Internet da DGS, o "aumento inesperado do número de casos" na região do Norte da Alemanha, e noutros países, como a Suécia, Dinamarca, Holanda, França e o Reino Unido, em pessoas que estiveram em território alemão, constitui um "alerta de saúde pública".

O mesmo texto refere que o diagnóstico clínico implica o envio de amostras para confirmação laboratorial para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O comunicado indica que as infecções por Escherichia coli entero-hemorrágica têm um período de incubação de entre três a oito dias e causam uma "gastrenterite aguda, frequentemente acompanhada de febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta".

A doença tem uma duração de entre cinco a sete dias.

Anti-inflamatórios podem reduzir efeitos de antidepressivos

Os medicamentos anti-inflamatórios, como a comum aspirina, reduzem a eficácia dos antidepressivos mais prescritos como o Prozac, segundo um estudo publicado nos Estados Unidos.
Anti-inflamatórios podem reduzir efeitos de antidepressivos
Vítima de depressão
Estes resultados ,considerados "surpreendentes", podem justificar a razão de tantas pessoas tratadas com antidepressivos à base da substância activa fluoxetina não responderem ao tratamento, indicam os autores da investigação, publicada na revista da Academia Nacional das Ciências Americana.

Pesquisas conduzidas em ratos mostram que tratamentos simultâneos com antidepressivos e anti-inflamtórios tornavam os animais significativamente menos receptivos ao tratamento contra a depressão e ansiedade, em comparação com os medicados apenas com antidepressivos.

Paul Greengard e Jennifer Warner-Schmidt, do Centro de Investigação Fisher contra a doença de Alzheimer, da Universidade Rockefeller e co-autores deste trabalho, notaram que a eficácia da toma de apenas antidepressivos é de 54%.

Quando esses medicamentos são tomados juntamente com anti-inflamatórios, a taxa de sucesso cai para cerca de 40%, acrescentaram os investigadores.

"Os resultados desta pesquisa podem ter implicações importantes para o tratamento da depressão, dadas as altas taxas de resistência a estes fármacos", referiu Jennifer Warner-Schmidt.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1837519

BARRIGAS DE ALUGUER Alugar o útero como último recurso pode conduzir a culpa e vergonha, diz psicóloga por LusaOntem

Uma mulher que, numa situação de "extrema pobreza", opte por ser "barriga de aluguer" poderá sofrer problemas associados à culpa e à vergonha "imensuráveis" e entrar em "processo de depressão profunda", segundo uma psicóloga que abordou a temática.

A análise é de Joana Leonardo, psicóloga no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa, autora de um estudo inédito sobre as representações dos técnicos de saúde de uma maternidade face à substituição gestacional e às hospedeiras gestacionais ("barrigas de aluguer").

Em declarações à agência Lusa, a propósito da notícia de que existem mulheres em Portugal que, por motivos financeiros, são "barrigas de aluguer", a investigadora disse que "a maioria das hospedeiras gestacionais apenas dá à luz crianças que não identifica como filhos seus, identificando-se apenas como veículo para outrem".

Por outro lado, disse, "sendo encarado como um filho, a maioria desiste do processo de substituição gestacional, mesmo que as dificuldades económicas sejam evidentes, arranjando formas alternativas de rendimento para sobreviver: prostituição, ajuda de familiares e amigos, furtos, procura de outra inserção profissional, etc.".

Mas, embora "num cenário de prevalência pouco frequente, e numa situação extrema de pobreza em que uma mulher se veja obrigada a vender um filho para conseguir subsistir, os problemas associados à culpa e à vergonha serão certamente imensuráveis, podendo a mulher entrar em processo de depressão profunda, o que poderá ter consequências nefastas", alertou a psicóloga.

Joana Leonardo salientou que "uma mulher, ao tornar-se hospedeira gestacional ("barriga de aluguer"), toma esta decisão de forma consciente e consentida, assim como acontece em mulheres que decidem dar uma criança para adopção". "Maioritariamente, existe já uma relação afectiva com o casal anterior à própria gestação, existindo por parte da hospedeira um sentimento de gratificação e enaltecimento pessoal".

Andam a circular e-mails falsos, supostamente enviados pelo Portal das Finanças, que pede aos contribuintes para carregarem num link que os remete para uma página onde os seus dados são recolhidos por hackers.

O Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP) alerta para o facto de tais mensagens não passarem de um ataque de phishing, referindo que “embora, aparentemente, o link esteja apontado para o site Portal das Finanças, a ligação é efectuada para um domínio de um país asiático. O ficheiro infectado é proveniente de um site de um país da América do Norte”.

De acordo com o ministério, são enviadas mensagens falsas, que usam uma imagem das Declarações Electrónicas e que têm o seguinte texto “informativo no link abaixo”, seguido do link e da expressão “disponível por 72 horas”.

“Todas as mensagens e-mail que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) envia aos contribuintes identificam sempre o nome completo e o número de identificação fiscal (NIF) dos destinatários. A DGCI não envia nunca mensagens de correio electrónico genéricas e sem aquela identificação. O nome e o NIF que são enviados nas mensagens e-mail são sempre exactamente iguais aos que constam do cartão do contribuinte (ou do cartão do cidadão)”, explica o MFAP, que acrescenta ainda que “a DGCI só envia mensagens e-mail aos contribuintes que tenham senha de acesso ao Portal das Finanças e que a tenham autorizado a enviar-lhes essas mensagens. As mensagens são sempre enviadas para o endereço electrónico que os contribuintes indicaram no Portal das Finanças e nunca para qualquer outro”.

A NASA faz esta quarta-feira a última tentativa para comunicar com o robô Spirit que está em Marte. O robô deixou de comunicar para a Terra em Março de 2010, depois de ficar preso num banco de areia um ano antes.

“A NASA está a terminar as tentativas de recuperar o contacto com o Spirit, que fez a última comunicação a 22 de Março, de 2010”, explicou o comunicado da NASA.

O Spirit foi enviado em 2003 e caiu em Marte em 2004, era uma espécie de geólogo que foi analisar as rochas para compreender o que aconteceu à água de Marte, ao longo da história do planeta. O robô de 180 quilogramas e com seis rodas tinha painéis solares que alimentavam os sistemas de aquecimento que o mantinham mais quente no Inverno gelado de Marte.

A NASA fez contas oficiais para três meses de actividade, mas o robô viveu normalmente durante cinco anos até ficar preso em 2009, num extremo da cratera de Tróia, num planalto do Hemisfério Sul. A NASA defende que os painéis solares não se mantiveram no melhor ângulo para receber energia e alimentar os aquecedores.

Marte está a entrar na Primavera, e a equipa da NASA esperava que o Spirit ganhasse energia suficiente para comunicar, mas teme que os danos feitos pelo Inverno gelado tenham comprometido vários sistemas do robô.

“Não acreditamos mais que haja uma probabilidade de ouvirmos o Spirit”, dizia a NASA no comunicado. Todos os satélites utilizados neste esforço vão agora dedicar-se ao robô Curiosity, a próxima geração para estudar o planeta vermelho.

Este laboratório com rodas vai tentar perceber se Marte alguma vez teve as condições químicas necessárias para suportar vida. O lançamento de Curiosity – Laboratório Cientifico de Marte, será entre 25 de Novembro e 18 de Dezembro. A melhor janela de tempo para se enviar o módulo para o planeta, depois disso terá que se esperar mais dois anos até nova oportunidade.

Entretanto, o companheiro de Spirit, o Opportunity, lançado no mesmo ano para o planeta vermelho, continua a caminhar pela paisagem marciana. Apesar dos efeitos da idade já se fazerem notar – as articulações do braço do robô já não funcionam bem e os técnicos puseram-no a andar de marcha atrás, para gastar o lado oposto dos dentes da caixa de velocidades, que têm sido menos usados –, o Opportunity continua a enviar dados válidos para a Terra.

O destino da viagem corrente do robô, que agora está sozinho, qual Wall-E marciano, é a cratera Endeavour, que tem um diâmetro de 22 quilómetros. Os cientistas defendem que o impacto desta cratera expôs rochas com minerais de argila formados entre 4 e 4,5 mil milhões de anos atrás. Na sua formação, estes minerais estiveram submetidos a água neutra – o tipo de condição que pode também ter suportado vida microscópica.

Espécie de ratinho observada na Colômbia depois de 113 anos desaparecida

Há 113 anos que ninguém via um rato-arbóreo de Santa Marta. Na semana passada, este ratinho do tamanho de um porquinho-da-índia apareceu num eco-hotel na floresta da Colômbia e deixou que lhe tirassem as suas primeiras fotografias.

Às 21h30 de 4 de Maio, este roedor nocturno, da espécie Santamartamys rufodorsalis, apareceu na entrada do albergue da Reserva Natural El Dorado e foi observado durante quase duas horas por dois voluntários da organização não governamental ProAves, explica a Conservation International. A espécie mede 45 centímetros desde a cabeça até à ponta da cauda e pesa cerca de 460 gramas.

O animal foi redescoberto por Lizzie Noble e Simon McKeown, voluntários que estão naquela reserva, criada em 2005, a estudar anfíbios em perigo de extinção.

“Simplesmente aproximou-se do local onde estávamos sentados e parecia totalmente impassível perante toda a emoção que estava a causar”, contou Lizzie Noble, de Godalming, Inglaterra. Pouco depois, dirigiu-se para a floresta e desapareceu.

“Estamos absolutamente encantados por ter redescoberto esta criatura maravilhosa depois de apenas um mês de trabalho voluntário com a ProAves. É evidente que a Reserva El Dorado ainda tem muito para descobrir”.

Lina Daza, directora-executiva da organização, salienta que “a redescoberta desta espécie é um exemplo da importância da criação de áreas protegidas, que possam garantir um espaço para a conservação da tão ameaçada biodiversidade colombiana”.

A espécie foi considerada extinta mas agora “é provável que o rato-arbóreo de Santa Marta passe a ser classificado como Em Perigo Crítico, de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)”, explica a Conservation International.

“A Reserva Natural El Dorado representa uma Arca de Noé, uma vez que protege as últimas populações de flora e fauna endémica e em perigo de extinção na Serra Nevada de Santa Marta. É um tesouro vivo”, comentou Paul Salaman, da World Land Trust-US, o cientista que confirmou a identidade da espécie.

O mais preocupante, de momento, é a grande quantidade de gatos que existem naquela região e que se alimentam de espécies endémicas e raras como este ratinho.

“Brincar desde o Colinho”é o tema da 3ª Semana do Bebé do Olhão Localização: Olhão - Algarve Data: 06 de Junho a 12 de Junho de 2011

Pelo terceiro ano consecutivo decorre a “Semana do Bebé de Olhão”, de 6 a 12 de Junho, organizada pelo Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI) da Unidade Funcional de Olhão (ACES Central) da ARS Algarve IP e pela Câmara Municipal de Olhão, subordinado ao tema “Brincar desde o colinho”.

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A “3ª Semana do Bebé de Olhão” procura envolver toda a comunidade na dinamização de actividades a realizar ao longo de uma semana inteiramente dedicada ao bebé, sensibilizando para uma parentalidade mais responsável promotora da saúde mental na primeira infância, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, da Rede Europeia para a Promoção da Mental e a Prevenção das Perturbações Mentais, da Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental e do Plano Nacional de Saúde Mental.

No âmbito da Semana decorrem as seguintes actvidades:

Feira com actividades dirigidas aos bebés – de 9 a 12 de Junho
Seminário técnico sobre o tema – 9 de Junho
Desfile de moda de bebés e famílias – 9 de Junho
Passeio-convívio de bebés e famílias – 11 de Junho
Vários concursos: “Concurso de Trabalhos Escolares”, “Concurso de Montras” e “Concurso de Fotografia”

O Projecto da “Semana do Bebé de Olhão” foi seleccionado em 2009 entre os 19 melhores projectos candidatos ao Prémio de Boas Práticas em Saúde, para apresentação no Encontro «Equidade, Efectividade e Eficiência em Saúde – 3ª Edição Prémio de Boas Práticas NOVARTIS ONCOLOGY/APDH em Beja, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, em parceria com a Administração Central do Sistema de Saúde, o Alto Comissariado da Saúde e a Direcção-Geral da Saúde.

Consulte:

Programa Seminário Técnico “Brincar desde o colinho”
Regulamento Concurso de Fotografia “Brincar desde o colinho”

Mais informações: Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P

Seminário internacional “Public Health: Information, Knowledge and Action” Localização: Fundação Calouste Gulbenkian (Auditório 2) - Lisboa Data: 03 de Junho de 2011

A Escola Nacional de Saúde Pública e a Direcção-Geral da Saúde organizam, no dia 3 de Junho, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, um Seminário Internacional de Saúde Pública, intitulado “Public Health: Information, Knowledge and Action”.

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O evento irá contar com a presença da Ministra da Saúde, Ana Jorge, e especialistas internacionais, nomeadamente Josep Figueras, Director do Observatório Europeu (OMS) de Sistemas e Políticas de Saúde e Ilona Kickbusch, ex-Yale University e Directora do Programa de Saúde Global do Graduate Institute of International and Development Studies in Geneva.

Serão abordados entre outros temas:

Política de saúde: da evidência à prática
Governância em saúde na sociedade do conhecimento global
Governância ética e políticas de saúde pública

No Seminário será também lançado o livro “A Nova Saúde Pública da Era do Conhecimento: Homenagem a Constantino Sakellarides”.

Mais informações: Direcção-Geral da Saúde

12º Encontro de Medicina Geral e Familiar do Alto Minho Localização: Hotel Monte Prado - Melgaço Data: 02 de Junho a 04 de Junho de 2011

A Delegação Distrital de Viana do Castelo da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG) e Centro de Saúde de Melgaço organizam, entre os dias 2 e 4 de Junho de 2011, em Melgaço, no Hotel Monte Prado, o 12º Encontro de Medicina Geral e Familiar do Alto Minho.

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Serão abordados, entre outros temas:

SAM: Dicas para Utilização Clínico
Organização e gestão do ficheiro
A Cessação Tabágica como uma prioridade, na intervenção médica, em doentes respiratórios
Avaliação e Melhoria Contínua da Qualidade
Quando a depressão persiste
Antipsicóticos
Carreiras médicas: a perspectiva da Ordem dos Médicos
Doente diabético – dislipidémias e neuropatias

Consulte o Programa
Mais informações: Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral

III Congresso da Ordem dos Enfermeiros Localização: Centro de Congressos de Lisboa - Lisboa Data: 02 de Junho a 03 de Junho de 2011

A Ordem dos Enfermeiros realiza nos dias 2 e 3 de Junho de 2011, no Centro de Congressos de Lisboa, em Lisboa, o III Congresso da Ordem dos Enfermeiros, subordinado ao tema “Desafios em Saúde – O Valor dos Cuidados de Enfermagem”.

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Serão abordados, entre outros temas:

Dos Procedimentos de Registo à Produção de Informação
Prevenção de Úlceras de Pressão no HDFF
Construção e Avaliação de um Programa de Prevenção do Uso / Abuso de Álcool dirigido a Adolescentes em Contexto Escolar
Projecto Cedo em Casa
O Bem-estar da Pessoa com DPOC e um Modo de Cuidar em Enfermagem
Grupo de Estudo da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem CHCB, EPE
Incidência e Factores Predisponentes ao Surgimento de Flebites Associadas as Acessos Vasculares Periféricos: Um Estudo Descritivo, Correlacional e Inferencial de 171 Doentes e 286 Cateteres Vasculares Periféricos Num Serviço de Cirurgia Geral
Indicadores na RAM: Contributo para o Valor dos Cuidados de Enfermagem
Prática de Gestão do Conhecimento em Enfermagem e o Compromisso Afectivo dos Enfermeiros às Organizações

O evento destina-se aos membros da Ordem com cédula válida para o ano de 2011 e estudantes do 4º ano do Curso de Licenciatura de Enfermagem, mediante apresentação de comprovativo.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas à lotação da sala.

Consulte

Programa Dia 2 de Junho
Programa Dia 3 de Junho

Mais informações: Ordem dos Enfermeiros

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mortalidade na cirurgia do fígado reduzida

O cirurgião Castro e Sousa, dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), realçou hoje os "aperfeiçoamentos técnicos" que permitiram nos últimos anos uma significativa redução dos índices de mortalidade na cirurgia do fígado.

À luz desses progressos, sobretudo na última década, "considera-se hoje que uma mortalidade superior a cinco por cento" numa qualquer unidade cirúrgica deve ditar o seu encerramento, declarou Francisco Castro e Sousa, director do Serviço de Cirurgia dos HUC.

O professor da Faculdade de Medicina de Coimbra falava à Lusa enquanto organizador das Jornadas Internacionais de Cirurgia que vão decorrer de segunda a terça-feira no auditório principal dos HUC.

"Há dez anos, 30 a 40 por cento de mortalidade nesta cirurgia não era nada de anormal. Hoje, com mais de cinco por cento, o centro deve fechar", uma evolução positiva que resulta de vários "aperfeiçoamentos que se foram somando".

Castro e Sousa disse que, atualmente, "a cirurgia do fígado na patologia benigna pode fazer-se já sem mortalidade".

"E mesmo, na cirurgia sobre fígado são, faz-se praticamente sem mortalidade. Mas também na cirurgia do fígado doente, aí já com alguma mortalidade, houve alguma redução para números que globalmente são inferiores a cinco por cento", acrescentou.

Salto na investigação de doenças como o Alzheimer

Uma equipa de investigadores em Itália, que inclui uma portuguesa, descobriu um mecanismo que ocorre nas células que pode abrir portas na investigação de doenças como o Alzheimer.

"Descobrimos um mecanismo básico que ocorre nas células e como tornar as mitrocondrias mais eficientes, não tem uma aplicação directa na cura de uma doença, mas pode abrir muitas portas", explicou à agência Lusa Lígia Gomes, aluna de doutoramento da Universidade de Coimbra, que se encontra a fazer investigação na Universidade de Pádua, em Itália.

A equipa de investigadores daquela universidade concluiu que ao induzir a autofagia nas mitocondrias - estrutura das células que produz energia - estas "mudam de forma e tornam-se mais eficientes, algo que se não acontecer põe em causa a sobrevivência das células", disse.

Mais de cem doenças estão ligadas a problemas com as mitocondrias.

Lígia Gomes desenvolveu o trabalho de pesquisa na Universidade de Pádua juntamente com os investigadores italianos Giulietta Di Benedetto e Luca Scorrano, também professor na Universidade de Genebra.

Segundo Lígia Gomes, a descoberta de um novo papel das mitocondrias abre portas porque "é uma desregulação que está envolvida em várias doenças".

Os mais jovens andam mais carrancudos

As pessoas mais novas andam mais insatisfeitos, só com o chegar da meia idade é que a vida se torna mais cor de rosa.

Por volta dos 20 anos as pessoas começam a sentir a pressão das suas expectativas de vida e a insatisfação torna-se visível. Só a partir dos 50 anos é que começam a recuperar a sua boa disposição. Estas são as conclusões de um estudo liderado pelo economista Bert van Landeghem, da Universidade de Maastricht, na Bélgica.

Normalmente, os jovens são despreocupados e têm muita expectativas em relação ao futuro e quando se chega aos 50 anos já se fez as pazes com a vida. Segundo o "The Telegraph", que teve acesso ao estudo, os mais novos sentem o peso das exigências da vida o que os leva a andarem mais carrancudos.

O economista van Landeghem, que tem 29 anos, vai apresentar este estudo na conferência de Royal Economic Society, na Universidade de Londres, esta semana

Gays têm o dobro da probabilidade de ter cancro

Os homens homossexuais têm um maior risco de ter cancro do que os heterossexuais, segundo um estudo realizado na Califórnia e hoje, segunda-feira, divulgado pela imprensa internacional.

O estudo foi encomendado pela autoridade para a Saúde da Califórnia. Mais de 120 mil pessoas foram entrevistadas, em 2001, 2003 e 2005. Ao todo, 3.690 homens e 7.252 mulheres afirmaram que lhes tinha sido diagnosticada alguma forma de cancro em algum momento na vida.

Das 122.345 pessoas entrevistadas, 1.493 homens e 918 mulheres definiram-se como homossexuais, enquanto 1.116 mulheres afirmaram ser bissexuais.

Relacionando todos os dados, os investigadores concluiram que os homens 'gay' apresentam o dobro das probabilidades de ter cancro que os homens heterossexuais, escreve a BBC.

No entanto, esta tendência estatística não se observa nas mulheres.

A BBC ouviu a autoridade britânica do combate ao cancro sobre esta conclusão, que garantiu não haver dados suficientes para explicar os resultados do estudo.

Bebé chinês nasce com duas cabeças

Nasceu esta madrugada em Suining, no Sudoeste da China, um bebé do sexo feminino com duas cabeças, duas espinhas dorsais e um coração e meio. Os restantes órgãos são partilhados num só corpo.

De acordo com os médicos responsáveis pelo parto, este é o primeiro caso do género no país, não havendo possibilidade em separar os órgãos.

As anomalias na criança foram detectadas apenas no terceiro exame pré-natal, já que os primeiros dois não revelaram qualquer tipo de problema. No entanto, após a descoberta e já nos últimos meses de gestação, o casal decidiu a realização de um aborto. O procedimento não foi porém realizado porque a mãe da criança, Bao Qiaoying, entrou em trabalho de parto e a interrupção da gravidez foi considerada demasiado perigosa.

A propósito do acontecimento, o médico responsável referiu que "é muito perigoso fazer um aborto nessas circunstâncias", reconhecendo que "é muito difícil dizer se as crianças vão sobreviver".

Os bebés nasceram com quatro quilos e cinquenta e um centímetros, no entanto, encontram-se em estado critico devido às dificuldades respiratórias implicadas pela proximidade das duas cabeças.

Um caso semelhante aconteceu em 2008, no Brasil, onde um recém nascido com duas cabeças num único corpo, morreu poucas horas após o parto devido a complicações resultantes de uma cirurgia de emergência para a retirada de uma cabeça.

Cientistas dizem que descobriram o gene da felicidade

Foi descoberto em Londres o gene da felicidade: segundo o investigador Jan-Emmanuel de Neve, o gene 5-HTT regula o transporte de serotonina, um químico que associa o sentimento de bem-estar ao cérebro. Assim, quem tem a variante mais longa deste tipo de gene tem tendência a viver mais feliz.

O estudo foi desenvolvido na Escola de Londres de Economia e Ciência Politica, onde foram monitorizados 2.574 adolescentes ao longo de treze anos. O objectivo era perceber porque é que algumas pessoas são, aparentemente, mais felizes do que outras.

Originalmente publicado na passada sexta-feira e noticiado pelos meios de comunicação internacionais nos últimos dias, este estudo revela ainda que cada pessoa desenvolve duas variantes do gene: a mais longa permite uma libertação e uma reciclagem melhor da serotonina, em comparação com a variante mais pequena. Por isso, quem possui a variante mais longa tem mais possibilidades de viver uma vida mais feliz.

No estudo, os adolescentes responderam a um inquérito acerca da satisfação com que viviam. De seguida, recorrendo a informações genéticas foi verificado que 69% dos jovens com a variante longa do gene assumiam-se satisfeitos (34%) ou muito satisfeitos (35%) com a sua vida. Por outro lado, dos jovens com a variante mais curta do gene, só 38% diziam estar satisfeitos ou muito satisfeitos. A monitorização ocorreu entre 1995 e 2008.

Os cientistas ressalvam, no entanto, que o bem-estar não é determinado por um único factor. Outros genes e, especialmente, a experiência de vida continuarão a explicar a maior parte da variação da felicidade individua

Auto-devoração das células pode ser via para tratamento

Desencadear um mecanismo em que as células se autodevorem, para promover a eliminação de indesejáveis, poderá ser uma via para no futuro tratar doenças neurodegenerativas, como aponta uma investigação realizada na Universidade de Coimbra (UC). Luís Pereira de Almeida, que coordena uma equipa internacional no Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, diz ser essa uma via para promover a eliminação dessas proteínas indesejáveis, como é o caso da ataxina-3 mutada, a proteína tóxica envolvida na doença de Machado-Joseph.

Este processo de autofagia celular já foi confirmado pela sua equipa em modelos animais com a doença de Machado-Joseph, mas "também há evidências de que este mecanismo pode ter efeitos protetores nas outras doenças neurodegenerativas", afirma o investigador, ligado à Faculdade de Farmácia da UC.

Nessas doenças há um bloqueio desse mecanismo de autofagia, uma falha dos mecanismos de degradação proteica que leva à acumulação no interior dos neurónios de proteínas com conformações alteradas, agregadas em diferentes graus, que se tornam tóxicas.

"É como se existissem 'sacos de lixo' que se começam a acumular quando a remoção do lixo numa cidade não é feita. Por outro lado, vimos também que uma das proteínas que era essencial a fazer este transporte, no fundo a remover este lixo - os 'camiões do lixo' - estavam em níveis mais baixos que o normal", explica o investigador à agência Lusa.

Ou seja -- prossegue -- "em vez de haver um número normal de 'camiões do lixo' há um número menor, uma diminuição dos níveis da proteína beclina-1", importante para este processo.

Outros Contactos Ministério da Saúde e ARS

Aqui segue uma listagem de alguns contactos que penso serem úteis!



Lista dos contactos do Ministério de Saúde e das Administrações Regionais de Saúde (ARS).
Ministério da Saúde
www.portaldasaude.pt

Av. João Crisóstomo 9 - 6º
1049-062 Lisboa
Tel: 213 305 000
Fax: 213 305 161
E-Mail: gms@gms.gov.pt

ARS Norte
www.arsnorte.min-saude.pt
Rua de Santa Catarina, 1288
4000-447 Porto
Tel: 22 551 24 00
Fax: 22 550 98 15
E-Mail: arsn@arsnorte.min-saude.pt

ARS Centro
www.arsc.online.pt
Avª Sá da Bandeira, 89-A
3001-553 Coimbra
Tel: 239 85 11 00
Fax: 239 83 54 32
E-Mail: arscentro@secretariadoca.min-saude.pt

ARS Lisboa e Vale do Tejo
www.arslvt.min-saude.pt
Avenida Estados Unidos da America - n.º 77
1749-096 Lisboa
Tel: 21 842 48 00
Fax: 21 849 97 23
E-Mail: arslvt@arslvt.min-saude.pt

ARS Alentejo
www.arsalentejo.min-saude.pt

Rua do Cicioso, 18
Apartado 2027
7001-901 Évora
Tel: 266 75 87 70
Fax: 266 73 58 68
E-Mail: arsa@arsalentejo.min-saude.pt

ARS Algarve
www.arsalgarve.min-saude.pt

Largo de S. Pedro, 15
8000-145 Faro
Tel: 289 88 99 00/289 88 99 80
Fax: 289 80 74 05
E-Mail: arsalgarve@arsalgarve.min-saude.pt

terça-feira, 24 de maio de 2011

“Legislação em vigor é totalmente obsoleta” Manuel Pinto-Coelho, Pres. da Ass. Portugal Livre de Droga, fala sobre o uso de estupefacientes na vida sexual dos jovens

Correio da Manhã – Quais as consequências de drogas como cocaína, heroína e cannabis na vida sexual dos jovens?

Manuel Pinto-Coelho – A droga reforça o desejo sexual , funcionando como um desinibidor. Consequentemente, diminui a percepção do risco, ficando o jovem mais aberto a novas experiências, como a homosexualidade. Estas sensações "disinibidoras" provocadas pelo consumo de droga fazem-se acompanhar do aumento do risco de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez não desejada. O consumo de cannabis leva a uma quebra no rendimento escolar. E recorde-se que a taxa de abandono escolar no País é de 27%, quase o dobro da taxa europeia (14%).

– Como se dá o primeiro contacto com a droga?

– Através de amigos. É com eles que queremos partilhar experiências e sensações. O traficante de droga só aparece quando o jovem pretende largar a droga.

– O acesso à droga é facilitado?

– Temos o sistema mais liberal do Mundo. Qualquer pessoa pode andar com droga e consumir toda a droga que quiser. E esse consumo é generalizado, afecta todas as classes sociais. A legislação em vigor é totalmente obsoleta pois aceita que as pessoas andem com droga até dez dias.

– Qual a melhor forma de combater a droga?

– Deve-se dissuadir as pessoas de fazer o primeiro consumo, apostando na informação e na educação dos jovens. Estes recebem mais informação do que aquela que conseguem descodificar.

– O que falha no País?

– A atitude dos políticos e dos próprios meios de comunicação social. Aos primeiros falta um entendimento genérico sobre a temática das drogas. Estamos em altura de eleições e nenhum partido colocou a questão do combate à droga na sua agenda. Já os media sentem-se pouco confortáveis a abordar a problemática das drogas.

Avanço médico e científico Os primeiros passos do paraplégico Rob Summers

Rob Summers é um jovem americano de 25 anos que foi atropelado por um carro em 2006, tendo ficado preso a uma cadeira de rodas. Os médicos disseram-lhe que nunca mais andaria. Mas Rob Summers provou o contrário, transformando-se na primeira pessoa paraplégica a conseguir levantar-se e andar.
As pernas de Summers conseguem movimentar-se por causa da estimulação feita por 16 eléctrodos implantados ao fundo das suas costas, por debaixo da pele.

Após dois anos de treino intensivo, suspenso numa espécie de arnês colocado por cima de uma passadeira rolante e contando com a ajuda de fisioterapeutas e de neurologistas, o jovem conseguiu finalmente levantar-se sozinho e andar, graças aos impulsos eléctricos que iam sendo enviados para a sua espinha dorsal. Para além de ter recuperado o movimento das pernas, o jovem recuperou a sua função sexual e o controlo da bexiga.

“É um sentimento assombroso. Ser capaz de dar um passo é incrível. É uma injecção de optimismo”, descreveu Summers.

Graças a esta extraordinária combinação de esforços o sistema neuronal da espinha dorsal de Rob conseguiu ser reactivado. A grande descoberta científica a partir deste caso, segundo o “The Guardian”, é que o cérebro não tem o papel decisivo na locomoção que, até agora, se pensava ter. É antes nas próprias pernas e na espinal medula que recai o grande trabalho no esforço de locomoção.

“O cérebro não está a controlar tanto o movimento como nós pensávamos”, indicou ao “The Guardian” Susan Harkema, do centro de pesquisas Kentucky sobre a medula espinal, da Universidade de Louisville, e uma das duas neurologistas que acompanhou o tratamento de Rob Summers. A informação sensorial relacionada com o caminhar vem das próprias pernas, indicou a perita.

“Isto é um grande avanço. Abre um precedente enorme na melhoria das funções diárias destes indivíduos... Mas temos à nossa frente uma longa caminhada”, indicou ainda Susan Harkema.

Na verdade, o facto de Summers ter alguma sensibilidade residual e estar em óptima forma física aquando do acidente fizeram dele um excelente candidato para este estudo. Escassas seis semanas antes do acidente, o jovem tinha ajudado a sua equipa de basebol universitário a vencer um importante título nacional e por isso estava em excelentes condições físicas.

Os cientistas e os médicos frisam que este avanço poderá simplesmente não ser replicável em todos as pessoas paralisadas da cintura para baixo.

Melissa Andrews, do Cambridge Centre for Brain Repair, indicou à BBC que, apesar de este estudo ser “incrível”, as pessoas não deverão dizer que isto é a cura. “Acho que as pessoas precisam de ler isto e dizer que a possibilidade [de uma cura] está aí, mas poderá não chegar amanhã. Isto é o que de mais aproximado temos e a nossa melhor hipótese neste momento”.

De qualquer maneira, depois desta conquista médica, mais quatro pessoas estão já em vias de ser sujeitas ao mesmo tratamento.

O tratamento de Rob Summers é o culminar de vários anos de muito trabalho e de intensos estudos científicos patrocinados pela Christopher and Dana Reeve Foundation, criada após o actor Christopher Reeve - mais conhecido pelo seu papel em “Super Homem” - ter ficado paraplégico em 1995, em consequência de uma queda de um cavalo. O actor acabou por morrer em Outubro de 2004 e a sua mulher, Dana, morreu pouco depois, em Março de 2006, vítima de cancro do pulmão.

Os detalhes deste caso estão explicados na revista médica “The Lancet”.

Experiências sobre o plasma de quarks e gluões Produzida no CERN a matéria mais densa alguma vez observada

A matéria mais densa alguma vez observada foi produzida no novo acelerador de partículas do CERN. É 100 mil vezes mais quente do que o interior do Sol e mais densa do as estrelas de neutrões
Esta matéria foi criada através da colisão de iões de chumbo no LHC, a grande máquina subterrânea, na fronteira entre a Suíça e a França, onde os cientistas tentam recriar, em ponto pequeno, as condições que se seguiram ao Big Bang.

Neste caso, o detector ALICE encontrou indícios que confirmam experiências feitas há uma década ali, no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), e depois no Laboratório Nacional de Brookhaven, nos EUA, sobre o plasma de quarks e gluões, um estado primitivo da matéria.

Os cientistas que analisam os dados do detector ALICE anunciaram hoje, na conferência anual Quark Matter, em Annecy (França), poderem confirmar que o plasma de quarks e gluões se comporta “quase como um fluido ideal, com uma viscosidade mínima”, adianta um comunicado de imprensa do CERN.

Portugal e França vão financiar em conjunto projectos de investigação mistos

A Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência Nacional de Investigação francesa vão passar a colaborar em projectos de investigação sobre Saúde, Ambiente e Ciências Sociais, entre outras, segundo um protocolo hoje assinado em Paris.
A Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência Nacional de Investigação francesa vão passar a colaborar em projectos de investigação sobre Saúde, Ambiente e Ciências Sociais, entre outras, segundo um protocolo hoje assinado em Paris.“Trata-se de um protocolo que visa o reforço da cooperação entre investigadores portugueses e franceses, passando a permitir o financiamento de projectos de equipas mistas dos dois países”, afirmou à Lusa o presidente da instituição portuguesa, João Sentieiro, após a assinatura do acordo na sede da Agência Nacional de Investigação (ANR), em Paris.

O protocolo, assinado entre João Sentieiro e a directora da ANR, Jacqueline Lecourtier, entra de imediato em vigor mas terá efeito prático a partir de Setembro, quando for lançado o primeiro prazo de candidaturas a projectos de equipas de investigação dos dois países.

Inicialmente, cada agência afecta 1 milhão de euros à concretização deste protocolo, “mas esses dois milhões de euros iniciais podem ser aumentados posteriormente” caso seja necessário, declarou João Sentieiro.

O protocolo hoje assinado entre a FCT e a ANR incide sobre as áreas onde a cooperação científica entre Portugal e França está já desenvolvida, nomeadamente a Biologia, Saúde, Ecossistemas e Ambiente, Ciências Sociais e Humanidades.

“É a primeira vez que projectos de equipas mistas podem concorrer a financiamentos da FCT”, sublinhou João Sentieiro, que recordou como única excepção existente até agora o protocolo de cooperação com Espanha na área de nanotecnologias.

Os projectos seleccionados ao abrigo deste protocolo serão financiados em conjunto, com a FCT a garantir a parte dos investigadores portugueses e a ANR a financiar os investigadores franceses.

O modelo poderá ser seguido em breve com países como o Brasil, com o qual a FCT tem em estudo um acordo nos mesmos moldes do que foi assinado hoje com a ANR.

Destruir ou não as últimas amostras de varíola, eis a problemática questão

É a única doença humana erradicada da face da Terra, há mais de 30 anos; por que é que continuamos então a discutir, e em termos bem exaltados, na assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), se se devem destruir as últimas amostras (oficiais) do vírus da varíola?
É nos laboratórios com nível de segurança biológica 4 dos Centros de Controlo e Prevenção das Doenças, em Atlanta (EUA) e num Centro de Investigação de Virologia e Biotecnologia de Koltsovo, perto de Novosibirsk, na Rússia, que estão guardadas as últimas amostras do vírus que se especializou em infectar seres humanos. Desde 1984, os stocks existentes em 74 laboratórios foram destruídos ou transferidos para estas duas instituições, que se tornaram os dois únicos repositórios autorizados pela OMS, após a doença ter sido dada como extinta, em 1980, explica a revista Nature.

A questão da destruição das últimas amostras do vírus é retomada regularmente desde 1986 — mas Washington e Moscovo têm conseguido sempre adiá-la, impondo a sua opinião à de numerosos outros países, normalmente os mais pobres e que até mais tarde foram vítimas de uma das mais devastadoras doenças que afectaram a humanidade.

As discussões desta segunda-feira entre os 193 Estados-membros da OMS foram exaltadas, e passaram ainda para terça-feira, relata a AFP. Rússia e Estados Unidos dizem querer manter as últimas amostras do vírus por motivos científicos — para desenvolver vacinas com menos efeitos secundários e mais eficazes.

Mas para quê, se a doença foi erradicada? Para estar prevenido, se o vírus algum dia for usado como arma biológica. É que há sempre a possibilidade de existir algum país com reservas secretas, e a mortalidade face a este vírus ronda os 30 por cento.

A questão tem-se arrastado durante todos estes anos na OMS; até porque os EUA e a Rússia também não estão dispostos a partilhar os resultados da sua investigação. Para tentar chegar finalmente a uma solução, a OMS criou um grupo de trabalho que continuava ontem à noite a tentar encontrar um acordo.

InícioAgenda Diminuir TamanhoTamanho NormalAumentar Tamanho Sem Comentários Partilhar esta notícia Envie a um amigo Subscrever esta notícia Permalink Imprimir Outras Notícias 11º Workshop de Diabetologia da Região Centro Simpósio “Do Estilo de Vida à Reabilitação Cardiovascular – Realidade Actual e Perspectivas Futuras” Prémio Europeu de Saúde 2011 Associação Portuguesa da Psoríase na Plataforma Saúde em Diálogo HIFA-Portuguese na 1ª Conferência HIFA2015 Comente esta notícia 19th International Conference on Health Promoting Hospitals and Health Services

Localização: Turku (Conference Center Caribia) - Finlândia
Data: 01 de Junho a 03 de Junho de 2011

A International Network of Health Promoting Hospitals and Health Services (HPH), em colaboração com o WHO Colaborating Centre for Health Promotion in Hospitals and Health Care e o Ludwig Boltzmann Institute Health Promotion Research, organizam, entre os dias 1 e 3 de Junho de 2011, no Conference Center Caribia, em Turku, na Finlândia, a 19th International Conference on Health Promoting Hospitals and Health Services, subordinado ao tema “Improving health gain orientation in all services: Better cooperation for continuity in care”.

Lgótipo HPH

No evento serão abordados, entre outros temas:

Improving health gain and salutogenesis: Introduction to the conference theme
How can better health gain orientation within hospitals / health services be improved?
How can better health gain be improved by strengthening continuitiy of care in healthcare systems?
How can cooperation between health services and other settings contribute to better health gain? and what can be the contribution to ecological sustainability and environmental friendliness?

A Conferência destina-se a profissionais de saúde, gestores hospitalares, representantes de organizações de pacientes e outras organizações não governamentais, representantes das políticas de saúde, especialistas em saúde pública, cientistas e profissionais na área da promoção de saúde.

A submissão de resumos deve ser efectuada até ao dia 31 de Janeiro de 2011.

Consultar Programa online.

Mais informações: 19th International Conference on Health Promoting Hospitals and Health Services

Simpósio “Do Estilo de Vida à Reabilitação Cardiovascular – Realidade Actual e Perspectivas Futuras”

Localização: Hotel Real Palácio - Lisboa
Data: 27 de Maio de 2011

A Fundação Portuguesa de Cardiologia realiza, no dia 27 de Maio de 2011, no Hotel Real Palácio, em Lisboa, o Simpósio “Do Estilo de Vida à Reabilitação Cardiovascular – Realidade Actual e Perspectivas Futuras”.
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Serão abordados, entre outros temas:

Gordura não é Formosura – Implicações da Obesidade
Bom Coração e Bom Pulmão
A realidade da Reabilitação Cardiovascular em Portugal
O que mudou nas Recomendações?
Síndroma Metabólica: Mito ou realidade?
Cardioprotecção
Velho Problema com Novas Perspectivas

Consulte o Programa

Mais informações: Fundação Portuguesa de Cardiologia

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Localização: Hotel D. Luís - Coimbra
Data: 27 de Maio a 28 de Maio de 2011

O Hospital de Dia de Diabetes e Doenças Metabólicas do Centro Hospitalar de Coimbra E.P.E., organiza nos dias 27 e 28 de Maio de 2011, no Hotel D. Luís, em Coimbra, o 11º Workshop de Diabetologia da Região Centro, subordinado ao lema “Caminhando para o Futuro”.

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No dia 28 de Maio decorrem 2 cursos práticos (limitados a 25 inscrições cada), onde serão abordados os temas “Nutrição Clínica em Diabetes” e “Terapêutica Injectável na Diabetes Mellitus Tipo 2″. No período da tarde decorre ainda a Tarde Desportiva, com avaliação nutricional e prescrição individualizada de exercício físico.

No Workshop serão abordados, entre outros temas:

O Complexo Cardiometabólico
Os Novos Sistemas Endócrinos
Inovações Terapêuticas
Apresentações casos clínicos

Os trabalhos para apresentação sobre a forma de Comunicação Oral ou Posters poderão ser enviados, até ao dia 22 de Maio, para o endereço electrónico workshopdiabetescentro@gmail.com.

Mais informações: Centro Hospitalar de Coimbra E.P.E

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cancro da mama Detectar precocemente o cancro da mama aumenta as hipóteses de cura. Saiba como.

O que é o cancro da mama?

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. É muito mais frequente nas mulheres, mas pode atingir também os homens.

O cancro da mama apresenta-se, muitas vezes, como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama pela sua consistência.

Que cuidados se devem ter para detectar o cancro da mama?

O diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, pois aumenta as hipóteses de cura. Evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.

Para que seja diagnosticado precocemente, é importante que:

Faça um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual;
Vá ao médico especialista em patologia mamária uma vez por ano;
Participe em programas de rastreio.

O exame clínico da mama pode confirmar ou esclarecer o seu auto-exame.

Quais são os sintomas mais comuns no cancro da mama?

Aparecimento de nódulo/endurecimento da mama ou debaixo do braço (na axila);
Mudança no tamanho ou no formato da mama;
Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola;
Corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue;
Retracção da pele da mama ou do mamilo.

Ao sentir qualquer alteração nas mamas deve consultar o seu médico.

Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama?

Para fazer o diagnóstico, o médico submeterá a mulher a um cuidadoso exame clínico e fará algumas perguntas sobre a história familiar. Fará também a palpação das mamas com as mãos, pois só assim poderá sentir a presença de um nódulo. O médico poderá solicitar alguns exames, tais como:

Mamografia: o principal exame das mamas, realizado através de raios X específicos para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação.
Faça uma mamografia de rotina sempre que solicitada pelo seu médico.
Ultrassonografia (ecografia): deve complementar sempre a mamografia e informa se o nódulo é sólido ou contém líquido (quisto).
Citologia aspirativa: com uma agulha fina e uma seringa, o médico aspira certa quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico. Esta técnica esclarece se é um quisto (preenchido por líquido), que não é cancro, ou de um nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um cancro.
Biópsia: procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do nódulo suspeito. O tecido retirado é examinado ao microscópio pelo patologista. Este procedimento permite confirmar se estamos perante um cancro da mama.
Receptores hormonais (estrógenio e progesterona): caso a biópsia permita o diagnóstico de um cancro, estes testes de laboratório revelam se as hormonas podem ou não estimular o seu crescimento. Com esta informação, o médico pode decidir se é ou não aconselhável incluir no plano de terapêutico um tratamento à base de antagonistas daquelas hormonas, isto é, medicamentos que contrariam o seu efeito. A amostra do tecido do tumor é colhida durante a biópsia.

Caso a biópsia detecte um tumor maligno, outros testes laboratoriais serão feitos no tecido para que se obtenham mais dados a respeito das características do tumor.

Também poderão ser solicitados exames - raios X, exames de sangue, ecografia, cintilograma (exame no qual uma pequena quantidade de um produto radioactivo é utilizado para obter imagens) ósseo, provas de função hepática etc. - para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo.

Todos os testes e exames solicitados e a definir pelo médico têm como objectivo avaliar a extensão e o estádio da doença no organismo.

O sistema de estadiamento do cancro da mama leva em conta o tamanho do tumor, o envolvimento de gânglios linfáticos da axila próxima à mama e a presença ou não de metástases à distância.

Há vários tipos de cancro da mama?

Sim. O tratamento e o prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor.

Quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.

Carcinoma ductal “in situ” (CDIS): é o tumor da mama não invasivo mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser curadas. A mamografia é o melhor método para diagnosticar o cancro da mama nesta fase precoce.
Carcinoma lobular “in situ” (CLIS): embora não seja um verdadeiro cancro, o CLIS é, por vezes, classificado como um cancro da mama não invasivo. Muitos especialistas pensam que o CLIS não se transforma num carcinoma invasor, mas as mulheres com esta neoplasia têm um maior risco de desenvolver cancro da mama invasor.
Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode disseminar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de 80 por cento dos cancros da mama invasores (ou invasivos) são carcinomas ductais.
Carcinoma lobular invasor (CLI): tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À semelhança do CDI, pode disseminar-se para outras partes do corpo. Cerca de dez por cento dos cancros da mama invasores são carcinomas lobulares.
Carcinoma inflamatório da mama: este é um cancro agressivo, mas raro.

Há ainda outros tipos de cancro da mama mais raros, como o Carcinoma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tumor Filóide Maligno, entre outros.

Como se trata o cancro da mama?

A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente. O especialista em patologia mamária é o profissional médico mais indicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada caso.

Dependendo das necessidades de cada doente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.

Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tamanho da mama.
Radioterapia: utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Tal como a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser externa ou interna.
Quimioterapia: é a utilização de drogas que agem na destruição das células malignas. Podem ser aplicadas através de injecções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.
Hormonoterapia: tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas. Da mesma maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.
Reabilitação: vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia, etc.).

O tratamento cirúrgico é para tirar a mama?

Não necessariamente. Há diferentes tipos de cirurgia usados no tratamento de cancro da mama:

Tumorectomia: é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.
Quadrantectomia: é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um tratamento que conserva a mama.
A radioterapia é aplicada após a cirurgia.
Mastectomia simples ou total: é a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.
Mastectomia radical modificada: é a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o tecido que reveste os músculos peitorais.
Mastectomia radical: é a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramente utilizada.

Saiba o que é a dor e como combatê-la.

A dor é a segunda causa de internamento e o segundo sintoma mais frequente em doentes com Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

Todos os tipos de dor induzem sofrimento frequentemente intolerável, mas evitável, que se reflecte negativamente na qualidade de vida dos doentes. É possível, nos dias de hoje, aliviar o sofrimento dos doentes com dor crónica.

Desde 2001, ano em que foi concebido o Plano Nacional de Luta Contra a Dor, que existem ou estão a ser criadas Unidades de Dor em hospitais de todo o país. Informe-se junto do seu médico.

O controlo eficaz da dor é um direito dos doentes que dela padecem, um dever dos profissionais de saúde e um passo fundamental na efectiva humanização das unidades de saúde.
O que é a dor?

A dor é um fenómeno complexo e com variantes multidimensionais (biofisiológicas, bioquímicas, psicossociais, comportamentais e morais). São inúmeras as causas que podem influenciar a existência e a intensidade da dor no decurso do tempo, a primeira das quais é a que se identifica como presumível resultado duma agressão ou lesão.

A dor é um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem cuidados de saúde.

Independentemente da síndroma clínica que incorpora, a dor pode e deve ser tratada, com perspectivas de êxito proporcionais ao entendimento que dela temos e fazemos, à adequação e preparação científica dos serviços e profissionais de saúde envolvidos e ao manejo judicioso de todos os recursos, técnicos e humanos, disponíveis.

Dor aguda - É a dor de início recente e de duração provavelmente limitada. Normalmente há uma definição temporal e/ou causal para a dor aguda.

A dor peri-operatória – dor presente num doente cirúrgico, de qualquer idade, em regime de internamento ou ambulatório, causada por doença preexistente, devida à intervenção cirúrgica ou à conjugação de ambas – insere-se no conceito de dor aguda.

Dor crónica - É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que causa sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos.

A actuação precoce na dor crónica pode evitar múltiplas intervenções e iatrogenias, promovendo mais facilmente o bem-estar do doente e o seu regresso a uma actividade produtiva normal.

A dor crónica exige uma abordagem multidisciplinar e a falência do tratamento tem, entre outras, consequências fisiológicas adversas.
Como se classifica a dor?

A dor pode ser classificada de diversas formas.

Classificação topográfica da dor

Focal
Radicular
Referida
Central

Classificação fisiopatológica da dor

Dor nociceptiva – devida a uma lesão tecidular contínua, estando o Sistema Nervoso central íntegro
Dor sem lesão tecidular activa – devida a compromisso neurológico (dor neuropática) ou de origem psicossocial (dor psicogénica)

Classificação temporal da dor

Aguda
Crónica
Recidivante

Como diagnosticar a dor?

O diagnóstico da dor é feito pelo médico, mas requer a ajuda do doente.

Além das metodologias de avaliação da intensidade da dor, existem meios complementares de diagnóstico que permitem identificar possíveis causas da dor, como, por exemplo, exames radiológicos, electrofisiológicos e laboratoriais.

Nem sempre a evidência clínica de uma lesão significa que esta cause dor. A não evidência de uma lesão não significa que a dor seja psicogénica.

O médico avaliará a dor em função de diversos factores, como por exemplo:

Queixa dolorosa ou reacção a eventuais intervenções;
Estado de ansiedade, depressão, alterações comportamentais e manifestações causadas ou modificadas pela medicação analgésica;
Estado de incapacidade;
Idade: as crianças e pessoas idosas têm maior dificuldade em verbalizar o que sentem, como sentem e onde sentem;
Doenças/patologias que o doente tem (nomeadamente reumáticas, oncológicas, respiratórias, etc.).

É possível medir a intensidade da dor?

Sim. Para a mensuração da intensidade da dor existem escalas validadas a nível internacional, designadamente a Escala Visual Analógica (convertida em escala numérica para efeitos de registo), a Escala Numérica, a Escala Qualitativa ou a Escala de Faces. A avaliação da intensidade da dor pode efectuar-se com recurso a qualquer destas escalas.

A intensidade da dor é sempre referida pelo doente, que tem de estar consciente e colaborar com o médico que está a fazer a avaliação. Se o doente não preencher aquelas condições, há outros métodos de avaliação específicos.

A escala que for utilizada na primeira vez que é feita a avaliação deverá ser utilizada nas vezes seguintes.
A dor provoca incapacidade?

Sim, a dor crónica pode provocar incapacidade, embora seja difícil avaliá-la, uma vez que, frequentemente, não é objectivável através de exames complementares.
Como é que se caracteriza um doente com dor crónica? O que causa a dor crónica?

O doente com dor crónica é multifacetado, com frequente morbilidade física e psíquica, podendo sofrer das mais variadas patologias, desde doenças reumáticas, neurológicas ou psiquiátricas, a doenças oncológicas.

Apesar de frequentemente pouco valorizada, excepto tratando-se de doença oncológica, a dor crónica também afecta as crianças.

Estima-se também que uma percentagem não negligenciável de pessoas idosas sofra de dor crónica. Isto porque a maioria dos idosos tende a encarar a dor como sendo normal na sua idade.

A maioria dos doentes com doença oncológica avançada sofre de dor crónica, a qual pode ser aliviada na quase totalidade dos casos (cuidados paliativos).

A dor é também a segunda maior causa de internamento e o segundo sintoma mais frequente em doentes com SIDA.
Como se trata a dor?

A dor aguda e a dor crónica, pelas suas características, são tratadas de forma diferente. Contudo, é possível aliviar o sofrimento dos doentes com dor crónica, a quem é reconhecido o direito de serem tratados em Unidades de Dor.

A terapêutica da dor divide-se em dois grandes grupos: a farmacologia (medicamentos) e a não farmacológica.

Técnicas farmacológicas

As técnicas farmacológicas mais conservadoras envolvem, fundamentalmente, a utilização de fármacos analgésicos e adjuvantes.

Os analgésicos podem ser opióides (morfina, por exemplo, e codeína) e não opióides (os anti-inflamatórios não esteróides e os antipiréticos, como o paracetamol e o metamizol).

Os fármacos adjuvantes, de enorme importância no controlo da dor crónica, são medicamentos que, não sendo verdadeiros analgésicos, contribuem para o alívio da dor, potenciando os analgésicos nos vários factores que podem agravar o quadro álgico. São exemplo, entre outros, os antidepressivos, os ansiolíticos, os anticonvulsivantes, os corticosteróides, os relaxantes musculares e os anti-histamínicos.

Existem também métodos farmacológicos invasivos, que envolvem a utilização de anestésicos locais e agentes neurolíticos para a execução de bloqueios nervosos, com a intenção de provocar interrupção da transmissão dolorosa.

São também considerados invasivos os métodos de administração de opióides, anestésicos locais e corticóides, por via espinhal.

Finalmente, existem também técnicas neurocirúgicas, sendo as mais conhecidas as neurectomias, as rizotomias, as drezotomias, as simpaticectomias, as cordotomias, as mielotomias e algumas técnicas de neuroestimulação (algumas das quais realizadas por via percutânea).

Técnicas não farmacológicas

Compreendem, entre outras, a reeducação do doente, a estimulação eléctrica transcutânea, as técnicas de relaxamento e biofeedback, a abordagem cognitivo-comportamental, as psicoterapias psicodinâmicas, as estratégias de coping e de redução do stress, os tratamentos pela medicina física (fisioterapia) e o exercício físico activo e passivo. Podem também ser usadas técnicas de terapia ocupacional e técnicas de reorientação ocupacional e vocacional.
É possível a autoajuda no controlo da dor?

Sim, é possível. A actuação e a intervenção dos profissionais de saúde que integram as equipas multidisciplinares são fundamentais nesta matéria, pois podem ensinar o doente a colaborar de forma esclarecida e adequada no controlo da dor.

O ensino dos doentes abrange as áreas seguintes:

Auto-avaliação da dor

O doente deve estar capacitado para ter em conta:

A localização da dor e da área ou áreas afectadas pela dor;
A identificação das limitações funcionais ou necessidades vitais afectadas, como o sono, repouso, exercício, alimentação, actividade sexual, actividades sociais ou outras;
A caracterização da dor quanto ao seu tipo, carácter e intensidade, através de escalas de avaliação;
A medicação que toma ou outras terapêuticas para a redução da dor e os resultados obtidos com as mesmas.

Formas de autocontrolo dos estímulos desencadeantes da dor e dos sintomas

Controlo de possíveis estímulos desencadeantes, como a mobilização, a compressão e a comunicação oral;
Controlo dos sintomas que podem diminuir a tolerância à dor relacionados com a própria doença e/ou com a medicação antálgica, como astenia, anorexia, náuseas e vómitos, obstipação, labilidade emocional e depressão.

Medicação antiálgica

Persuadir o doente a colaborar na implementação terapêutica e a cumpri-la;
Envolver os familiares no cumprimento das regras de administração dos medicamentos;
Desmistificar a utilização de opióides, particularmente da morfina;
Incutir no espírito do doente e dos familiares confiança na medicação, prevenindo expectativas irrealistas.

Auto-controlo da dor

Seja para diminuir a intensidade da dor ou o aumento da tolerância, as acções nesta área prendem-se, sobretudo, com o ensino de técnicas não farmacológicas de apoio, passíveis de serem realizadas pelo próprio doente. As técnicas de autocontrolo da dor podem ser de tipo comportamental e de tipo cognitivo.

Técnicas comportamentais
O relaxamento, pelos seus efeitos directos na tensão da musculatura – ao diminuir a hiperactividade muscular -, decresce, também, o agravamento e manutenção da dor;
Programação de actividades - ao diminuir progressivamente as actividades, aumenta a fixação nas sensações físicas e na exacerbação da dor, o que leva a sentimentos de desespero e perda da autonomia. O planeamento de actividades e o seu envolvimento promovem o sentimento de que é capaz e de que pode controlar a sua vida;
O registo da dor e de actividades – consiste no registo das tarefas que realiza e dos sentimentos e pensamentos associados à realização dessas tarefas, de acordo com uma tabela predefinida, a qual deverá incluir também o registo da intensidade da dor. Os dados registados serão analisados com o psicólogo e trabalhadas as cognições e os sentimentos inadequados.
Técnicas cognitivas
Distracção ou atenção dirigida – focar a atenção em algo que não seja a sua dor, como por exemplo ouvir música, ver televisão, ler. Este método pode reduzir a intensidade dolorosa ou aumentar a resistência à dor, tornando-a menos incómoda;
Estratégias de conforto - destinam-se a alterar as circunstâncias negativas relacionadas com a dor, reduzindo os seus efeitos nocivos. As mais utilizadas são a auto-instrução (auto-afirmações positivas perante pensamentos negativos); a testagem da realidade (procura de evidências empíricas para os seus pensamentos); a pesquisa de alternativas (procura de todas as alternativas possíveis e não apenas as negativas); e a descatastrofização;
Reestruturação cognitiva – vai além do debate lógico e do empírico. Consiste, também, no treino, ensaio e repetição de formas alternativas de discurso interno, de forma a conseguir substituir as cognições irracionais ou distorcidas associadas à dor por pensamentos mais relativistas, adaptados, funcionais e realistas.

Como se trata a dor aguda, nomeadamente peri-operatória ou pós-traumática?

Os avanços da fisiopatologia, da farmacologia dos analgésicos e das ciências da saúde em geral permitem que seja possível aliviar, na grande maioria dos casos, a dor no período peri-operatório ou resultante de traumatismos.

Normalmente, é definido, pelo médico anestesista, um plano integrado que abrange o tipo de cirurgia, a gravidade esperada de dor pós-operatória, as condições médicas subjacentes (como, por exemplo, a existência de doença respiratória ou cardíaca e alergias), a relação riscos/benefícios das técnicas disponíveis e as preferências e/ou experiências anteriores do doente relativamente à Dor.

No caso da dor peri-operatória, a técnica de controlo mais eficaz é a analgesia, seja administrada por métodos convencionais ou não convencionais (como a PCA – analgesia controlada pelo doente -, ou a epidural - analgesia espinhal), conjugada com a utilização de fármacos como os opióides e os anti-inflamatórios.
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Data de publicação 01.11.2005

O que é o cancro? Como preveni-lo?

O que é o cancro? Como preveni-lo?
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Saiba o que é o cancro, como pode ser detectado precocemente e quais os factores de risco.

O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se e, pela sua saúde, consulte o médico quando suspeitar dessa situação. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.

O que é o cancro?

A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos.

Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.

Todos os tumores são cancros?

Não.

Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos. Neoplasia é também uma designação frequente para tumor.

Os tumores malignos, ao contrário dos tumores benignos, possuem duas características potenciais, que podem ou não estar expressas na altura em que a doença é diagnosticada:

Podem-se espalhar por metástases, isto é, aparecer tecido tumoral noutros órgãos diferentes daquele de onde se origina (por exemplo: fígado, pulmão, osso, etc);
Podem infiltrar outros tecidos circunvizinhos, incluindo órgãos que estão próximos.

Os tumores malignos são aqueles a que normalmente chamamos cancro. As doenças cancerosas são também designadas por oncológicas.

Como surge o cancro?

O cancro surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos.

A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em célula cancerosa, passa por diferentes fases. As substâncias responsáveis por esta transformação designam-se agentes carcinogéneos. São exemplos de carcinogéneos as radiações ultravioletas do sol, os agentes químicos do tabaco, etc.

Para que se desenvolva um cancro é necessário que, de forma cumulativa e continuada, se produzam alterações celulares durante um largo período de tempo, geralmente durante anos.

Como resultado, cresce o número de células que apresentam alterações de forma, tamanho e função e que possuem a capacidade de invadir outras partes do organismo.

Como é que se diagnostica um cancro?

Um cancro pode ser suspeitado a partir de várias pistas: as queixas que o doente refere, a observação médica, diversos exames médicos (análises, TAC - tomografias axiais computorizadas e muitos outros – a definir consoante a circunstância) ou as achadas numa cirurgia.

Mas para confirmar o diagnóstico de um cancro é geralmente necessário uma amostra do tumor (biópsia). A análise dessa amostra permite determinar se a lesão é um cancro ou não. Este estudo dos tecidos (análise histológica) permite classificar e saber, na maioria dos casos, quais são os tecidos e as células das quais provém o tumor e quais são as características das mesmas. Por vezes é possível diagnosticar ou suspeitar de um cancro através da análise de células colhidas em locais de acesso superficial (citologia exfoliativa de, por exemplo, o colo do útero) ou por punção com aspiração das células (citologia aspirativa) Estes factores são fundamentais para determinar o tratamento mais adequado em cada caso.

Quais são os tipos de cancro?

Os cancros classificam-se de acordo com o tipo de células avaliado pela anatomia patológica, em:

Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente 80 por cento dos tumores malignos são carcinomas.
Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas por substância intercelular e não são epitélios, são tecidos conjuntivos.
Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há normalmente um tumor propriamente dito.
Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.

É possível detectar o cancro precocemente?

Alguns tipos de cancro podem ser detectados precocemente.

A detecção precoce e o tratamento adequado imediato levam ao prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.

Quais são os métodos de detecção precoce?

Consoante o tipo de tumor existem exames que podem permitir uma detecção precoce de alguns cancros. Para alguns tumores justifica-se a realização de exames de rotina a toda a população em risco para a detecção precoce de neoplasia. O tipo de exame varia consoante o tumor que se procura. Por exemplo, mamografia (radiografia das mamas) para o cancro da mama feminina ou citologia (exame das células) do colo do útero ou, ainda, pesquisa de sangue nas fezes para o cancro do intestino grosso (cólon). Nem todos os tumores justificam exames de rotina para a sua detecção em população sem sintomas ou sinais de suspeição. O seu médico saberá quais os exames indicados e os momentos adequados para os fazer.

Quais são os sintomas a que se deve estar atento?

Os sintomas que acompanham com maior frequência os diferentes tipos de cancro e para os quais deve estar atento são:

Nódulo (caroço) ou dureza anormal no corpo. A maioria dos nódulos ou úlceras pode dever-se a manifestações benignas, mas não deve descurar a hipótese de se tratar de uma lesão maligna.
Dor persistente no tempo (que não desaparece com analgésicos) e da qual deve informar o seu médico.
Sinal ou verruga que se modifica.
Perda anormal de sangue ou outros líquidos. Uma hemorragia vaginal, urinária, pelas fezes, na expectoração, etc., pode ser um sintoma de uma doença benigna, mas também pode ser sintoma de um tumor maligno que se origina no útero, vagina, cólon ou pulmão.
Tosse ou rouquidão persistente. Tosse ou rouquidão que persiste mais de duas semanas e que não desaparece com tratamento sintomático deve ser analisada por um otorrinolaringologista. Deve ter especial atenção se é fumador.
Alteração nos hábitos digestivos, urinários ou intestinais. Na maioria das ocasiões pode tratar-se de uma lesão benigna. A modificação dos hábitos intestinais, a alternância dos mesmos e a alteração da cor das fezes podem indicar a necessidade de um estudo para descartar a existência de um cancro colorectal.
Perda de peso não justificada. A perda de peso sem fazer dieta, mantendo os mesmos hábitos alimentares e sem aumentar a actividade física deve ser valorizada.

Que testes de rastreio devem ser feitos?

De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio:

Rastreio do cancro do colo do útero: realização do Teste de Papanicolau - a iniciar entre os 20 e os 30 anos;
Rastreio do cancro da mama: realização de mamografia nas mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos;
Rastreio do cancro colorectal: pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.

A ocorrência de determinadas doenças prévias no indivíduo e, especialmente, a ocorrência de determinadas doenças oncológicas em familiares próximos podem justificar um plano de rastreio diferente, a definir pelo médico

Factores de risco e formas de prevenção

De acordo com o código europeu contra o cancro (CECC).

Fumar. Não fume. Se é fumador, deixe de o ser o mais rapidamente possível. Não fume na presença de não fumadores.
Obesidade. Evite a obesidade.
Pratique, diariamente, exercício físico.
Aumente a ingestão diária de vegetais e frutos e limite a ingestão de alimentos contendo gorduras animais.
Modere o consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinho e bebidas espirituosas.
Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol. É importante proteger as crianças, os adolescentes e os adultos com tendência para queimaduras solares.
Cumpra as instruções de segurança relativas a substâncias ou ambientes que possam causar cancro.
As mulheres devem participar no rastreio do cancro do colo do útero (Papanicolau).
As mulheres devem participar no rastreio do cancro da mama.
As mulheres e os homens devem participar no rastreio do cancro do cólon e do recto.
Participe em programas de vacinação contra a Hepatite B de acordo com as normas da Direcção-Geral da Saúde.

Consulte

Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia - (PDF - 802 Kb)
Site da Liga Portuguesa contra o Cancro

Descoberto documento que regista chegada de Einstein ao Reino Unido

Albert Einstein entrou no Reino Unido já como cidadão suíço. Em 1933, o Nobel da Física já tinha fugido da Alemanha, onde nasceu e, sem grandes alardes, aportou em Dover. O documento que regista a sua chegada foi agora descoberto, passados quase 80 anos, e está desde terça-feira em exposição no Museu Marítimo de Merseyside, em Liverpool.
“Não sabíamos da existência deste documento até visitarmos a alfândega do Reino Unido em Heathrow [um dos aeroportos de Londres]”, disse Lucy Gardner, assistente de curadoria da exposição do museu onde o documento está integrado.

Einstein nasceu em 1879 e desenvolveu algumas das teorias mais importantes em física como a Teoria da Relatividade, foi a Pessoa do Século para a revista Time e junto com outros cientistas pressionou o Governo norte-americano a desenvolver a bomba atómica durante a Segunda Guerra Mundial, antes que a Alemanha nazi alcançasse a tecnologia.

A 26 de Maio de 1933, o físico entrou no Reino Unido vindo da Bélgica, numa fuga à Alemanha Nazi. Nesse ano, Adolf Hitler alcançou o poder e começou imediatamente a sua perseguição aos judeus que iria culminar com milhões de pessoas mortas nos campos de concentração. Uma das primeiras acções foi a queima de livros produzidos por judeus para fazer desaparecer o intelectualismo judaico.

O trabalho do Nobel também foi queimado. Einstein criticou o Governo, rejeitou a nacionalidade alemã e fugiu do país já com um mandato de perseguição lançado pelo Terceiro Reich. “O que é notável é que o documento tem a sua assinatura e lista a sua nacionalidade como suíça”, diz a responsável. “Isto mostra como Einstein renunciou a sua cidadania alemã semanas antes como uma reacção de fúria às políticas nazis.”

No documento, a profissão do físico é professor e Oxford está escrito como “morada proposta” no Reino Unido. Durante o tempo que esteve em Inglaterra, o físico teve direito a protecção armada. Uns meses depois, Einstein viajou para os Estados Unidos, onde ganhou cidadania em 1940 e ficou a viver até à data da sua morte, em 1955.

“Este pequeno pedaço de papel põe a descoberto a fuga de Einstein dos nazis para a Inglaterra. Este país tornou-se um refúgio até ele ir para os Estados Unidos”, disse Gardner. “Sem dúvida que este é um dos mais importantes objectos obtidos pela galeria nos últimos anos.”