quarta-feira, 20 de julho de 2011

É possível "congelar o cancro" até ele desaparecer A crioablação percutânea está a ser usada em tumores ósseos em V.N. Gaia 2011-07-14

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho está a usar uma técnica pioneira, em Portugal, no tratamento de tumores ósseos. A Crioablação Percutânea é minimamente invasiva e consiste no congelamento da massa maligna com a introdução de uma agulha especializada guiada através de imagiologia (Tomografia Computorizada - TC).

Tiago Pereira, médico radiologista de intervenção daquela unidade hospitalar, concebe esta técnica como “uma mais-valia por ser possível observar e acompanhar a bola de gelo, com bastante precisão”.
Segundo explicou ainda ao «Ciência Hoje», o procedimento inicia com “a introdução de agulhas especiais” – acopladas a um sistema que transfere gases, “com diferentes tipos de pressão – no tumor, sob anestesia, que, ao libertar substâncias gasosas, darão origem a uma bola de gelo controlada”. O tumor é, então, envolvido na bola de gelo, sem causar danos em outras estruturas ou órgãos envolventes.

Este método dispensa a habitual extracção tumoral via cirúrgica, já que o tecido vai encolhendo até desaparecer. O tempo de atrofia pode levar entre algumas semanas a uns meses, sendo vigiado regularmente.

Tiago Pereira já está a aplicar a técnica, no Hospital de Gaia.
Tiago Pereira já está a aplicar a técnica, no Hospital de Gaia.
O radiologista salvaguardou que a técnica já tinha sido usada no nosso país, mas não era guiada por imagem. “Aqui, o procedimento e a monitorização são seguidos via TC e embora o tumor possa parecer igual, está morto”, sublinhou. Após a intervenção, o paciente pode ter alta no máximo em dois dias. Portanto, as vantagens são claras: o tempo de estadia é encurtado, existe menor agressão cirúrgica, uma redução das complicações pós-operatórias, menos tempo de recuperação e uma clara vantagem estética.

A primeira intervenção, cuja duração teve aproximadamente 90 minutos, foi há um mês e a paciente está a ser seguida. O protocolo requer que seja vigiada por ressonância e caso um pedaço do tecido maligno “ainda estar vivo”, a técnica pode ser repetida apenas sobre essa área. Outro campo de progressão da crioablação percutânea é o tumor renal – que no estrangeiro "já obteve bons resultados", concluiu.

O procedimento foi realizado pela Unidade de Radiologia de Intervenção do Serviço de Imagiologia do Centro Hospitalar Gaia/Espinho, em colaboração com os Serviços de Hemato-Oncologia e Anestesia.
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Tricomoníase é mais comum a partir dos 40 anos DST costumam ser mais recorrentes entre os jovens 2011-07-13

Embora se pense que as doenças sexualmente transmissíveis (DST) são mais recorrentes entre a camada mais jovem da população, um estudo da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Maryland (EUA) revelou que a tricomoníase – uma DST responsável por dez a 15 por cento dos corrimentos genitais infecciosos – pode ocorrer mais em mulheres acima dos 40 anos do que entre as mais novas.

Este estudo que foi apresentado no encontro anual da Sociedade Internacional para Investigação de DST, no Canadá, envolveu 7593 americanas de 28 estados, com idades compreendidas entre 18 e 89 anos.

Deste grupo, 8,7 por cento eram portadoras da doença, que predominou entre as mulheres mais velhas: 13 por cento entre as de 50 anos e 11 por cento entre as de 40.
"Geralmente imaginamos que as DST ocorrem mais entre as jovens, mas o nosso estudo mostra claramente que há mais mulheres de idade avançada que estão infectadas", referiu Charlotte Gaydos, uma das autoras da investigação.

A tricomoníase é causada pelo parasita Trichomonas vaginalis e o seu tratamento é feito com antibióticos. Contudo, se não for tratada, esta DST pode causar inflamações pélvicas e complicações durante a gravidez.

Os doentes podem não apresentar sintoma algum, mas os sintomas mais comuns são a ocorrência de corrimento na vagina ou no pénis, com irritação ao urinar e prurido nos órgãos genitais.


http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50015&op=all

Estudo relaciona satisfação com saúde cardíaca Risco de doença cardíaca poderá ser prevenido com estado mental positivo 2011-07-13

Um estudo publicado no “European Heart Journal” concluiu que as quatro áreas chave da felicidade e da protecção da saúde coronária encontram-se no trabalho, família, sexualidade e auto-satisfação.

Neste trabalho, que envolveu oito mil funcionários públicos britânicos com uma média etária de 49 anos, os participantes foram questionados sobre a sua satisfação em sete áreas da vida: relacionamentos amorosos, actividades de lazer, trabalho, sexo, família, padrões de vida e auto-satisfação.

Os voluntários foram acompanhados ao longo de seis anos e verificou-se que os maiores níveis de satisfação com a vida em geral estavam associados a uma redução estatisticamente significativa de 13 por cento no risco de doença arterial coronária. Além disso, a satisfação em quatro áreas principais - trabalho, família, sexualidade e consigo mesmo -, foi relacionada com uma redução de 13 por cento no risco de doença cardíaca.

Contudo, esta redução não foi associada aos relacionamentos amorosos, actividades de lazer e qualidade de vida, segundo os investigadores.

"Em geral, esta investigação indica que estar satisfeito com domínios específicos da vida, especialmente com o trabalho, a família, a vida sexual e consigo mesmo, está positivamente associado com uma menor incidência de doença cardíaca coronária, independentemente dos factores de risco tradicionais ", revelaram os cientistas.

Estes dados sugerem que as pessoas com alto risco de doença cardíaca poderiam beneficiar de programas para tornar o estado mental mais positivo, sugeriu ainda a primeira autora do estudo, Julia Boehm, da Harvard School of Public Health.


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Realizado primeiro transplante simultâneo de pernas Pedro Cavadas, o cirurgião espanhol conhecido por ter feito o primeiro transplante facial, é o director da intervenção 2011-07-12

O primeiro transplante simultâneo de duas pernas acabou ontem de ser realizado no Hospital La Fe, em Valência (Espanha). Pedro Cavadas, cirurgião conhecido por ter feito o primeiro transplante facial em Espanha, dirigiu a operação que teve a duração de 15 horas.

A grande complexidade operação e o facto de não existirem experiências anteriores fazem com que haja alguma reserva em divulgar a situação do paciente até que a sua evolução o permita, indicou Consejería de Sanidad de la Generalitat de Valência. O cirurgião realizou a operação com outros profissionais da sua clínica, com o apoio de funcionários do hospital público de Valência e de técnicos da Organização Nacional de Transplantes (ONT). O transplantado é um homem jovem com requisitos médicos “óptimos” que perdeu as pernas devido a um acidente de viação.

O homem teve de ser amputado acima dos joelhos, informou em Maio de 2010 o Ministério da Saúde espanhol quando publicou a autorização para esta intervenção. Apesar de ter sido dada há mais de um ano, só agora foi encontrado um dador adequado.

O facto de a amputação ter sido acima do joelho (o paciente ficou com 15 centímetros de cada perna), fez como que se tornasse impossível a utilização de próteses que permitissem mobilidade. Esta característica foi essencial para a autorização, assim como terem sido amputadas ambas as pernas.

A exigência técnica desta operação, dizem os especialistas, não é muito superior à dos transplantes de membros superiores, existindo já 60 experiências destas em todo o mundo. “A dificuldade encontra-se na quantidade do músculo a transplantar, que na perna é muito maior. Foi necessário analisar com detalhe a relação entre o risco a que se expõe o paciente e o benefício esperado com a operação”, explica em comunicado o director da ONT, Rafael Matesanz.

O paciente tem de enfrentar vários desafios durante a recuperação. Por um lado, terá de adaptar-se à agressiva medicação com imunossupressores para combater uma possível rejeição. Depois, terá uma prolongada reabilitação.

Como os nervos não se conectam com o órgão transplantado só passado um ano o novo órgão estará ligado a todos os músculos. O paciente terá ainda de esperar vários meses para saber se pode voltar a andar.

Substância produzida por abelhas eficaz contra cáries Investigadores mexicanos estudam propriedades do propólis 2011-07-12

Uma equipa de cientistas mexicanos, Universidade Nacional Autónoma do México, descobriu que o própolis, uma substância produzida pelas abelhas, é eficaz no combate à cárie dentária. Os investigadores tentam agora perceber se tem propriedades que auxiliam no combate à hipertensão.

O própolis é um composto de cera criado e usado pelas abelhas para tapar fissuras nas colmeias à base de compostos aromáticos, ceras, flavonóides, terpenóides, álcoois e pólen. A estrutura química dessa substância varia segundo a estação do ano, a floração e a região onde os insectos fazem suas colectas.
Um dos grandes objectivos deste trabalho é fomentar o uso e o aproveitamento de um "recurso desperdiçado" no México. Os investigadores estimam que, actualmente, sejam aproveitadas apenas seis toneladas anuais de própolis no país, apesar de este ser considerado o sexto produtor de mel no mundo.

A substância é usada com mais frequência na prevenção e no tratamento da tosse, embora sua acção terapêutica seja variada e sirva também para tratar cicatrizes, inflamações, alergias, viroses e dores.

Efeitos eficazes

Os cientistas comprovaram os efeitos dessa substância sobre os microorganismos que causam cáries – Porphyromonas gingivalis e Streptococcus mutans – e já conseguiram isolar alguns compostos que servem para combatê-las.

Estes actuam sobre as enzimas glicosiltransferasas do Streptococcus mutans, responsáveis pelo aumento na produção da placa bacteriana. A equipa desenvolveu, então, um projecto para determinar o efeito cardiovascular dos compostos de própolis.

Para isso, os especialistas vão ter que separar os compostos com procedimentos químicos e avaliar a reacção biológica. Depois, em colaboração com a Universidade Autónoma de Querétaro, farão testes com a aorta isolada de ratos. Posteriormente, algumas cobaias vão tomar a substância por via oral. Os dois projectos serão realizados com 15 tipos de própolis, concedidos por diferentes produtores.

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sábado, 9 de julho de 2011

Ecstasy leva a perda da eficácia do cérebro Estudo publicado na "Neuropsychopharmacology”

Um estudo foi publicado na revista “Neuropsychopharmacology” permitiu verificar que o consumo de ecstasy está associado a uma perda de eficácia do cérebro, o que significa que processar a informação ou executar uma tarefa envolve mais energia deste órgão.

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, realizaram exames de ressonância magnética funcional para comparar a resposta do cérebro ao estímulo visual, em pessoas saudáveis entre os 18 e os 35 anos que tinham consumido ecstasy até duas semanas antes do estudo e outras que nunca tinham utilizado esta droga.
A análise de dados permitiu verificar que os consumidores de ecstasy que foram mais expostos à droga durante a vida tinham uma maior activação em três áreas do cérebro associadas com o processamento visual. Tal sugere que a utilização deste estupefaciente está associado à perda da sinalização de serotonina, resultando numa activação aumentada ou hiper-excitabilidade do cérebro, o que indica uma perda de eficácia deste órgão.

Nos participantes que tinham usado ecstasy durante mais de um ano, a activação do cérebro não voltou ao normal após a estimulação visual utilizada no estudo. "Acreditamos que esta mudança na excitabilidade cortical pode ser crónica, duradoura ou mesmo permanente", referiu Ronald Cowan, professor de psiquiatria e um dos membros da equipa de investigação.

Nos Estados Unidos, estima-se que 14,2 milhões de pessoas, desde os 12 anos, tenham consumido ecstasy nalgum momento das suas vidas, sendo que um inquérito realizado a nível nacional em 2009 indicou que 760 mil pessoas tinham usado esta droga durante o mês antes de serem inquiridas.

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Arte e paixão despertam as mesmas áreas cerebrais Outros estudos preliminares também já demonstraram que as obras de arte podem reduzir o sofrimento de doentes internados

Resultados preliminares de um estudo realizado no Reino Unido indicam que contemplar obras de arte como "O Nascimento de Vénus", do pintor Botticelli (1445-1510) e estar apaixonado estimulam as mesmas zonas do cérebro.

Este estudo, que tem como autor principal Semir Zeki, neurobiólogo da University College de Londres, envolveu vários voluntários que tiveram a oportunidade de admirar 28 quadros de pintores de renome.

Com um scanner cerebral, Zeki conseguiu identificar um aumento de sangue nas áreas de produção do neurotransmissor dopamina e na região do córtex orbitofrontal, que estão associados à sensação de prazer e de afecto. Este é o mesmo processo que decorre quando se está apaixonado.
Outros estudos preliminares também já demonstraram que as obras de arte podem reduzir o sofrimento de doentes internados e ajudar na recuperação de algumas doenças.

Este trabalho de Semir Zeki ainda está a ser revisto, mas o autor prevê que seja divulgado numa publicação especializada ainda este ano.
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Auto-devoração de células para tratar doenças neurodegenerativa Investigação realizada na Universidade de Coimbra

Desencadear um mecanismo em que as células se auto-devorem, para promover a eliminação de indesejáveis, poderá ser uma via para no futuro tratar doenças neurodegenerativas, como aponta uma investigação realizada na Universidade de Coimbra (UC).

Luís Pereira de Almeida, que coordena uma equipa internacional no Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, diz ser essa uma via para promover a eliminação dessas proteínas indesejáveis, como é o caso da ataxina-3 mutada, a proteína tóxica envolvida na doença de Machado-Joseph.
Este processo de autofagia celular já foi confirmado pela sua equipa em modelos animais com a doença de Machado-Joseph, mas “também há evidências de que este mecanismo pode ter efeitos protectores nas outras doenças neurodegenerativas”, afirma o investigador, ligado à Faculdade de Farmácia da UC.

Nessas doenças há um bloqueio desse mecanismo de autofagia, uma falha dos mecanismos de degradação proteica que leva à acumulação no interior dos neurónios de proteínas com conformações alteradas, agregadas em diferentes graus, que se tornam tóxicas.

“É como se existissem ‘sacos de lixo’ que se começam a acumular quando a remoção do lixo numa cidade não é feita. Por outro lado, vimos também que uma das proteínas que era essencial a fazer este transporte, no fundo a remover este lixo - os ’camiões do lixo’ - estavam em níveis mais baixos que o normal”, explica o investigador.

Ou seja – prossegue – “em vez de haver um número normal de ‘camiões do lixo’ há um número menor, uma diminuição dos níveis da proteína beclina-1”, importante para este processo.

A partir desta descoberta, a equipa de investigação, que envolve ainda elementos de França, México e EUA, desenvolveu “uma estratégia de terapia génica em que aumentando a produção da proteína beclina-1 nos neurónios de modelos da doença de Machado-Joseph (culturas de neurónios e cérebros de ratos), promoveram a eliminação dessa proteína tóxica, a ataxina-3 mutante, e a redução da neuropatologia”.

Novo alvo terapêutico

“Não temos uma terapia que possa ser aplicada aos doentes já amanhã, mas o que isto nos trouxe foi um novo alvo terapêutico”, sublinha, acrescentando que já há medicamentos no mercado que activam a autofagia celular.

Luís Pereira de Almeida realça que até já há fármacos que activam esse mecanismo através da beclina-1, só que “infelizmente são fármacos citostáticos, utilizados na terapia do cancro, dos quais não há garantias de que eles não vão ter alguma toxicidade”. A sua equipa já está a testar em modelos animais outros fármacos que activam a autofagia celular pela via molecular, “com o intuito de trazer tão depressa quanto possível uma terapia aos doentes”.

A Machado-Joseph, que está a ser estudada por esta equipa de investigação, é uma doença neurodegenerativa que inicialmente foi identificada em descendentes de portugueses, principalmente açorianos. Provoca a perda de coordenação motora e acaba por confinar os doentes a uma cadeira de rodas, não dispondo actualmente de um tratamento que permita bloquear a sua progressão.
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Tabaco actua no cérebro da mesma forma que cocaína Aprendizagem e a memória são codificadas pelo cérebro através da plasticidade sináptica

Uma equipa de investigadores da Universidade de Chicago, nos EUA, descobriu que a nicotina e a cocaína actuam no cérebro da mesma forma, quando são consumidas pela primeira vez. O trabalho foi recentemente publicado no «Journal of Neuroscience».

Os neurocientistas explicam que a aprendizagem e a memória são codificadas pelo cérebro através do processo chamado plasticidade sináptica, que é o fortalecimento e o enfraquecimento das conexões entre os neurónios. Quando dois neurónios se activam com muita frequência, a ligação fortalece, e tornam-se mais capazes de interagir.
Em estudos anteriores, os cientistas já tinham descoberto que a nicotina desencadeia esse processo numa região do cérebro chamada área tegmental ventral (VTA), precisamente onde a dopamina – o neurotransmissor que actua sobre o sistema de recompensas do cérebro – é produzida. Esse mecanismo está relacionado com o prazer sentido através de diferentes acções como a alimentação e sexualidade, mas também desempenha um papel importante no vício.

Na tentativa de perceber melhor o funcionamento do processo de plasticidade provocado pelo tabaco, os investigadores estudaram pedaços de cérebros de ratos dissecados numa solução com concentração de nicotina equivalente à de um cigarro.

Nos resultados, descobriram que um receptor da dopamina chamado D5, que já era associado à forma como actua a cocaína, também é necessário para que a nicotina actue no cérebro e empregam mecanismos similares para induzir plasticidade sináptica nos neurónios da dopamina na VTA.

Embora existam grandes diferenças na forma como essas drogas afectam as pessoas, a nicotina trabalha com as mesmas conexões que a cocaína e vem explicar por que tantas pessoas têm dificuldades em largar o tabaco, e por que os que experimentam acabam por ficar viciados.

Filhos de pessoas com Alzheimer têm maior risco de adquirir a doença Estudo publicado na revista“Neurology”

Um estudo realizado por investigadores da Universidade do Kansas, nos EUA, e publicado na revista “Neurology” indica que pessoas cuja mãe teve Alzheimer têm mais probabilidade de herdar a doença.

De acordo com Robyn Honea, primeiro autor deste trabalho, “estima-se que pessoas com parentes de primeiro grau com Alzheimer são, de quatro a dez vezes, mais susceptíveis de desenvolver a doença, comparativamente a outras sem antecedentes familiares". No entanto, esta probabilidade aumenta, quando o familiar é a mãe.

Os investigadores acompanharam 53 pessoas sem a doença, com 60 anos ou mais, ao longo de dois anos. Onze dos participantes tinham a mãe com doença de Alzheimer, dez participantes tinham o pai na mesma situação e 32 não tinham história familiar da doença.

Todos os voluntários foram submetidos a exames cerebrais e testes cognitivos ao longo do estudo, tendo sido verificado que aqueles cuja mãe tinha Alzheimer apresentavam uma redução duas vezes maior da massa cinzenta, uma ocorrência nesta doença neurodegenerativa, do que o grupo sem história familiar. Além disso, a diminuição da área cerebral, por ano, era 1,5 vezes maior, em comparação com os que tinham o pai com a doença.

"Através de métodos de análise tridimensional, conseguimos examinar as diferentes regiões do cérebro afectadas em pessoas cujas mães ou pais sofressem da doença de Alzheimer. Nas pessoas com antecedentes familiares maternos da doença foram verificadas diferenças nos processos de decomposição em áreas específicas do cérebro que também são afectadas pela doença de Alzheimer, levando à sua redução”, explicou Robyn Honea, acrescentando que “o conhecimento de como a doença se pode herdar poderá conduzir a uma melhor prevenção e tratamento".


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Cérebro cansado pode adormecer por uma fracção de segundo Consequências podem ser perigosas

há dias em que não nos lembramos de onde deixamos as chaves ou os óculos, mas será distracção, esquecimento ou apenas um sinal de que estamos a precisar de dormir? Segundo a conclusão de um estudo, realizado na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), feito com ratos, o cérebro cansado pode adormecer por uma fracção de segundo, mesmo que esteja a funcionar activamente.

O estudo, publicado na revista britânica «Nature» refere que o sono afecta parte do nosso cérebro. As consequências podem ser perigosas dependendo da tarefa que determinado indivíduo estiver a desempenhar. Antes da fadiga se manifestar, o cérebro poderá dar sinais que indicam que “o mais aconselhável será interromper certas actividades que exijam um estado alerta", avançam os investigadores da equipa de estudo.
Segundo Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da universidade, grupos específicos de neurónios podem adormecer, com consequências negativas. A teoria convencional é baseada na observação de electroencefalogramas, que revelam os padrões de actividade eléctrica nos neurónios, mas com algumas limitações.

Os eléctrodos são posicionados no couro cabeludo, o que significa que captam melhor o sinal dos neurónios mais próximos do crânio e resumem a actividade de centenas de milhões deles, não conseguindo analisar células isoladamente.

Para contornar esta limitação, Cirelli e seus colaboradores inseriram sondas ultrafinas no cérebro de 11 camundongos adultos para monitorar a actividade eléctrica em subgrupos de neurónios no córtex responsável pela coordenação motora "semi-automática".

Os roedores foram mantidos acordados durante quatro horas além do horário em que normalmente vão dormir, com a ajuda de objectos novos, introduzidos na gaiola, para mantê-los interessados e activos.

A monitorização cerebral mostrou que, mesmo quando todas as aparências indicavam que os animais estavam acordados e activos, neurónios nestas áreas específicas não estavam a funcionar, ou seja, partes do cérebro permaneceram adormecidas enquanto outras continuavam despertas.

Experiencia em camundongos

Mesmo quando alguns neurónios pararam de funcionar, as medições cerebrais indicavam que as cobaias estavam acordadas e estes episódios de “sono localizado” afectaram o comportamento dos animais. Os ratos foram treinados durante duas horas para realizar uma tarefa complicada: segurar uma bola de açúcar com uma única pata, mas quanto mais cansados ficavam, mais difícil se tornava para os roedores conseguir desempenhar a actividade.

Acabavam por deixar cair as bolas, ou nem conseguiam pegar nelas. Era necessário que alguns poucos neurónios "saíssem do ar" por um terço de segundo para que as falhas ocorressem, destacaram os investigadores. Dos 20 neurónios em estudo, 18 permaneceram acordados. Nos outros dois, havia sinais de sono, com alternância entre períodos breves de actividade e períodos de silêncio.
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Dedicação musical traz benefícios em idade avançada Estudo mostra que actividade forma protecção natural contra perdas cognitivas

As muitas horas dedicadas à aprendizagem da música trazem benefícios a longo prazo, segundo mostrou um estudo publicado no jornal «Neuropsychology», da Associação Americana de Psicologia.

A investigação indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais durante anos a fio parecem formar uma protecção natural contra perdas cognitivas, que costumam ocorrer durante a terceira idade.
Mesmo que essas pessoas tivessem parado em determinado momento das suas vidas, a mente continua a mostrar-se afiada em idade avançada, quando comparada com os que nunca aprenderam música.

Um grupo, formado por 70 músicos com idade entre 60 e 83 anos, submeteu-se a variados testes de memória e habilidade e os resultados mostraram que quem tocou música durante pelo menos uma década apresentava melhor desempenho e benefícios cognitivos. Ou seja, quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.

O piano foi o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos os voluntários eram amadores e tinham em comum o facto de terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.

O estudo também considerou a preparação física e o nível educacional dos participantes. Os investigadores descobriram ainda que existia uma relação entre a capacidade cognitiva e os anos de actividade musical, para além de consideraram o facto de os voluntários continuarem ou não envolvidos com música.

A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e acções repetitivas.

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Novo estudo contribui para conhecer melhor esquizofrenia Doença modelada a partir de células estaminais induzidas

A esquizofrenia distorce a percepção da realidade e é um problema que atinge pelo menos um por cento da população mundial, em todos os países e culturas, acompanha desordens cognitivas e disfunções sociais. Um novo estudo publicado na «Nature» poderá contribuir para conhecer melhor esta patologia.

Em muitos aspectos, esta doença permanece ainda misteriosa e os tratamentos são insuficientes, mesmo já tendo passado um século de investigação. Agora, uma equipa de cientistas do Instituto Salk, na Califórnia (EUA), demonstrou que os neurónios cultivados a partir de células estaminais de pacientes que sofram de esquizofrenia ligam-se muito menos, entre si, e a loxapina (droga antipsicótica) restaura a actividade neural.
Segundo o autor principal, Fred Gage, “esta é a primeira vez que uma doença mental complexa foi modelada a partir de células humanas vivas”. O modelo permite não só examinar directamente os neurónios de pacientes com a doença, como os de pessoas saudáveis, mas que sejam seguidas de perto por médicos.

A análise dos perfis de expressão genética permitiu identificar perto de 600 genes cuja actividade está desregulada, relativamente aos neurónios e 25 por cento destes genes estão implicados na esquizofrenia.

A descoberta constitui um progresso relevante para melhor compreender a doença. Graças ao modelo celular, os investigadores podem agora testar novos fármacos e perceber quais os problemas de conexões entre neurónios que possam originar os sintomas do aparecimento da esquizofrenia.

Descoberto mecanismo celular implicado em doenças degenerativas Portuguesa contribui com estudo para avanços na investigação do Alzheimer

Uma equipa de investigadores em Itália, que inclui uma portuguesa, descobriu um mecanismo básico que ocorre nas células e como tornar as mitrocondrias mais eficientes, o que pode abrir portas na investigação de doenças como o Alzheimer, embora não tenha "uma aplicação directa na cura", explicou à agência Lusa Lígia Gomes, estudante da Universidade de Coimbra, que se encontra a fazer investigação na Universidade de Pádua, em Itália.

A equipa de investigadores daquela universidade concluiu que, ao induzir a autofagia nas mitocondrias - estruturas das células que produzem energia -, estas "mudam de forma e tornam-se mais eficientes, algo que, se não acontecer, põe em causa a sobrevivência das células", disse.

Lígia Gomes desenvolveu o trabalho de pesquisa na Universidade de Pádua juntamente com os investigadores italianos Giulietta Di Benedetto e Luca Scorrano, também professor na Universidade de Genebra.

Segundo a portuguesa, que é a primeira autora deste estudo, a descoberta de um novo papel das mitocondrias abre portas, pois a sua desregulação está envolvida em várias doenças. "Em algumas – como a doença de Huntington [um distúrbio neurológico] - sabemos que as mitocondrias estão fragmentadas. Se evitarmos isso, garantimos a sobrevivência das células", referiu.

Conhecer o comportamento das mitocondrias pode ainda ajudar na descoberta de "novas estratégias para controlar a sobrevivência das células, seja para evitar que morram excessivamente, como ocorre nas doenças neurodegenerativas (casos do Alzheimer e do Parkinson), ou para controlar a sobrevivência descontrolada que se observa nos tumores cancerígenos".

Apesar de não ter aplicação directa, esta descoberta, que foi publicada na revista científica britânica "Nature Cell Biology", garante Lígia Gomes, "abre perspectivas, já que desvendou um mecanismo fundamental das células".
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Primeiro estudo epidemiológico sobre Parkinson em Portugal Dia Mundial do Doente de Parkinson com várias iniciativas

Hoje, celebra-se o Dia Mundial do Doente de Parkinson. Neste sentido, a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) promove iniciativas de sensibilização para a doença em algumas cidades, mas com o apoio da Direcção-Geral da Saúde e da Medtronic, a associação iniciou hoje o primeiro estudo epidemiológico de avaliação da prevalência da doença. O trabalho de investigação, realizado em colaboração com a KeyPoint, vai abranger uma amostra de cinco mil pessoas, com idade igual ou superior a 50 anos.
“Até à data, não há evidência de quaisquer estudos epidemiológicos de base populacional realizados em território nacional para determinar a prevalência de Parkinson. Torna-se por isso essencial a implementação de um estudo epidemiológico para o desenvolvimento de estratégias de saúde adaptadas ao real número de doentes”, disse Joaquim Ferreira, neurologista do Hospital de Santa Maria e coordenador científico do estudo.

A APDPk promoveu, ontem, uma corrida de sensibilização para a doença, à mesma hora, em Lisboa, Faro, Coimbra, Leiria e Maia. Depois de na primeira edição terem sido percorridos mais de nove mil quilómetros e participado 12 cidades e cinco mil pessoas em todo o mundo, este ano o objectivo da «Corrida Contra o Parkinson» é ainda mais ambicioso: percorrer 40 mil quilómetros, que simbolicamente representam a volta ao mundo.

“Esta iniciativa é muito importante para que as pessoas conheçam esta doença e compreendam as dificuldades que os doentes e familiares têm de ultrapassar no dia-a-dia. Todos juntos podemos unir forças e contribuir para melhorar as condições de vida dos portadores desta doença”, refere Helena Machado, presidente da APDPk.

Estas acções inserem-se nas comemorações do Dia Mundial do Doente de Parkinson, que se celebram hoje. Este dia corresponde à data de nascimento de James Parkinson, o médico inglês que, em 1817, identificou e descreveu os sintomas da doença que viria a receber o seu nome.

A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central, para a qual ainda não existe cura. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atingindo mais de uma em cada mil pessoas na Europa. Em Portugal, cerca de 20 mil portugueses sofrem de doença de Parkinson.

António Damásio dá conferência sobre as origens da consciência Neurocientista é convidado da sessão de apresentação do prémio Janssen Neurociências

O neurocientista António Damásio vai estar em Lisboa, a 31 de Março, para uma palestra sobre «As Origens da Consciência», no âmbito da conferência de apresentação do Prémio Janssen Neurociências. Este galardão, que visa distinguir um projecto de excelência desenvolvido por cientistas portugueses, abre as candidaturas para a sua primeira edição dia 1 de Abril.

Com o valor de 50 mil euros, este é o primeiro prémio do género em Portugal que dá apoio à investigação na área das Neurociências. Conta com o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e da Sociedade Portuguesa de Neurociências.
António Damásio é um dos mais conceituados e premiados neurocientistas mundiais. A palestra a apresentar baseia-se nas investigações que tem realizado, sendo de destacar a sua mais recente obra «O Livro da Consciência», editada o ano passado.

De lembrar que o cientista, actualmente director Brain and Creativity Institute, da Universidade do Sul da Califórnia, foi recentemente galardoado com o Prémio Honda pela sua “pioneira contribuição para o mundo das neurociências”. A Fundação Honda reconheceu Damásio pela sua influente teoria somatic-marker hypothesis, que explica o papel crucial da emoção na tomada de decisões.

A conferência de apresentação do Prémio Janssen Neurociências realiza-se no dia 31 de Março, entre as 10h15 e as 13h00, no Centro de Congressos de Lisboa.

A Janssen dedica-se há mais de 60 anos à investigação na área das neurociências, sendo esta uma das suas áreas terapêuticas prioritárias. Considera por isso fundamental o incentivo à produção científica.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47953&op=all

Sociedades Científicas criam Conselho Português para o Cérebro Estrutura recém-criada terá a colaboração de associações de doentes e familiares de doentes cerebrais

Criar condições para apoiar doentes e cuidadores e desenvolver acções de esclarecimento dos cidadãos e dos órgãos de decisão sobre a importância do estudo do cérebro é o grande objectivo do Conselho Português para o Cérebro, que vai ser lançado depois de amanhã, na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra (UC), pelas 17h30. A iniciativa surge no âmbito da Semana Internacional do Cérebro, promovida pela Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN), em parceria com o Programa Ciência Viva.
Considerando que as “despesas directas globais com assistência na União Europeia ultrapassam os 900 mil milhões de euros por ano – dos quais apenas 15 por cento são direccionados para as doenças do sistema nervoso, ficando muito aquém das necessidades reais destas doenças, e que os encargos totais com as doenças da área da neurologia e de psiquiatria atingem mais de 380 biliões de euros/ano –, é imperioso que a sociedade, os profissionais de saúde e os decisores políticos assumam a responsabilidade de apoiar a investigação do cérebro e das patologias que o envolvem”, defendem dois dos mentores do conselho, o representante da Sociedade Portuguesa de Neurologia António Freire, e o presidente da SPN e docente da UC, João Malva.

A estrutura recém-criada terá a colaboração de associações de doentes e familiares de doentes cerebrais. Após o lançamento do Conselho, e também no âmbito da Semana Internacional do Cérebro, o Centro de Neurociências e Biologia Celular, a Faculdade de Medicina e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra promovem uma sessão de apresentação do restauro e digitalização da obra “De Humani Corporis Fabrica” de Andreas Vesalius (1543).

Uma edição rara e preciosa

A primeira edição, muito rara e preciosa, que marca o início da Medicina e da Ciência Moderna, pertence aos fundos da Biblioteca Geral da Universidade. O restauro e digitalização, na íntegra, foram possíveis graças à campanha «SOS Livro Antigo» que a universidade promove. A SPN vai ainda apoiar a intervenção sobre livros do médico português da mesma época João Rodrigues, de Castelo Branco, mais conhecido por Amato Lusitano, sobre cujo nascimento se comemoram, em 2011, quinhentos anos. O original do livro de Vesalius assim como algumas obras de Amato Lusitano serão mostrados na ocasião.

Sobre o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Neurociências ao programa SOS Livro Antigo, o Director da Biblioteca Geral, Carlos Fiolhais, comenta: “Estamos gratos com o gesto dos nossos neurocientistas, esperando que o seu exemplo frutifique para salvar mais obras da nossa Biblioteca”.

A semana Internacional do Cérebro, que engloba um vasto conjunto de actividades visa divulgar, junto do grande público, de uma forma apelativa, os avanços da investigação na área do cérebro e no tratamento das suas doenças. Por isso, durante uma semana, os Neurocientistas abrem as portas dos seus laboratórios para “revelar todos os mistérios do cérebro”.

Muita gordura, pouca memória! Colesterol elevado aumenta risco de problemas cognitivos

Pessoas de meia-idade que tenham o colesterol alto ou hipertensão, por exemplo, correm mais riscos de desenvolver problemas cognitivos precoces e de memória, para além de doenças cardiovasculares. Os resultados avançados são de um estudo do Instituto de Saúde e Investigação Médica e foram apresentados durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em Honolulu (EUA).

Na investigação, participaram 3486 homens e 1341 mulheres, com 55 anos (alguns com um pouco menos ou mais), que participaram em testes cognitivos – entre provas de lógica, memória, fluidez e de vocabulário –, em diferentes ocasiões, durante dez anos.
Os voluntários receberam o índice de risco Framingham, a "calculadora mais utilizada" para prever dez anos de risco sobre episódios cardiovasculares. Para a avaliação, foram tidos em conta os níveis de colesterol, a idade, o sexo, a pressão sanguínea, se padece de diabetes e hábitos (se é fumador ou não).

Os investigadores a cargo do estudo descobriram que as pessoas com maior risco de doenças cardiovasculares eram também propensas a baixo funcionamento cognitivo, ou seja, apresentavam uma taxa mais elevada de declive cognitivo global, comparativamente aos que tinham menor risco de desenvolver doenças cardíacas.

Um risco cardiovascular superior a dez por cento foi associado a pontuações cognitivas mais baixas em todas as áreas excepto no que diz respeito à capacidade de raciocínio nos homens e na fluidez nas mulheres. Mas, este perigo para desenvolver determinados problemas está ainda ligado ao declive cognitivo global dez anos mais rápido, em ambos os sexos.

A descoberta contribui de forma crescente para perceber o papel de factores de risco cardiovasculares, como o colesterol e a pressão sanguínea elevada, que conduzem a problemas cognitivos a partir da meia-idade.

O bilinguismo amplia a capacidade perceptiva e adia a demência

Foram apresentados vários estudos sobre o tema das jornadas «O que nos diz o bilinguismo sobre o nosso cérebro?», organizadas pela Associação Americana para o Avanço nas Ciências (American Association for the Advancement of Science), em Washington, que demonstram que saber duas línguas não gera confusão no cérebro. Pelo contrário, amplia a capacidade perceptiva.

Uma das investigações, realizadas por María Teresa Bajo e Pedro Macizo, da Universidade de Granada, consistiu em medir o tempo de resposta da actividade cerebral perante uma pergunta, dirigida a voluntários que dominavam o espanhol e o inglês de igual forma. Os investigadores verificaram que os bilingues são capazes de activar ambos os idiomas, ao mesmo tempo, mesmo em situações em que apenas necessitem uma língua.
Segundo um comunicado da instituição, o bilinguismo permite melhorar a atenção e a memória das pessoas, já que a treina como se de uma ginástica mental se tratasse. Segundo os avanços da investigadora Nùria Sebastián-Gallés, da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona, por exemplo, crianças bilingues, de quatro a oito meses conseguem distinguir entre dois idiomas que não conhecem.

Perante diferentes vídeos, onde se falava francês ou inglês, idiomas desconhecidos no lar onde crescem, os investigadores conseguiram perceber se as crianças distinguiam as línguas, através das expressões faciais dos intervenientes no vídeo. Os cientistas referem que o bilinguismo amplia a capacidade perceptiva do cérebro.

Judith Kroll, da Universidade da Pensilvânia (EUA), explica que todas estas vantagens não significam que sejam pessoas mais inteligentes, apenas que são multitarefas e de processar informação mais rapidamente, de forma a dispersar aquilo que é irrelevante assim que o cérebro percebe.

Outra investigação publicada na revista «Neurology», por Elen Byalistok, da Universidade de York, refere que usar duas línguas por dia, atrasa em média, quatro nãos, o aparecimento de Alzheimer. Segundo a cientista, mesmo que apenas se pratique a uma segunda língua durante o Verão, já beneficia contra a demência.

Mudar de um idioma para outro, é um estímulo para o cérebro e fá-lo fabricar uma espécie de ‘reserva cognitiva’. Agora, só falta perceber se também provoca alterações físicas na estrutura do cérebro.

Consumo de ecstasy não diminui a capacidade cognitiva Investigadores advertem que apesar desta conclusão a droga é prejudicial para a saúde

O consumo de ecstasy (metilenodioximetanfetamina - MDMA) não provoca diminuição da capacidade cognitiva, revela o estudo mais recente sobre a droga, publicado agora na «Addiction», contrariando o que afirmavam trabalhos anteriores. Financiada pelo Instituto norte-americano sobre o Abuso de Drogas (NIDA), a investigação evitou os “erros” de estudos anteriores.

Como afirma um dos autores, John H. Halpern, em comunicado da NIDA, “os investigadores sabiam há já muito tempo que os estudos anteriores sobre o consumo de ecstasy tinham problemas e que deviam ser corrigidos. Esta foi uma oportunidade de conceber uma experiência melhor e promover o conhecimento sobre a droga”.
Os investigadores tentaram resolver quarto problemas que tinham comprometido os estudos anteriores. Assim, os não consumidores escolhidos para esta experiência, frequentavam, como os consumidores, a subcultura das raves, pelo que estavam expostos também a privação do sono durante a noite.

Depois, estes participantes não consumiram álcool nem outras drogas antes da experiência. Foram também escolhidos consumidores de ecstasy que não consomem normalmente outras drogas, isto para não haver o risco de se confundirem os efeitos. Os investigadores tiveram também o cuidado de escolher pessoas que não sofressem de qualquer distúrbio mental.

Apesar de os resultados revelarem não haver diminuição da capacidade cognitiva, os cientistas advertem que o consumo da droga é prejudicial a outros níveis. As pílulas que se compram ilegalmente contêm normalmente contaminantes que podem ser muito danosos. “Não existem advertências, etiquetas nem supervisão médica”, dizem.

Efeitos como desidratação, náuseas, hipertermia, hiponatrémia ou hipertensão são comuns, e, embora raro, pode haver risco de morte por sobredosagem.

Artigo: Residual neurocognitive features of long-term ecstasy users with minimal exposure to other drugs

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Olhar para a dor reduz a sua sensação Estudo realizado por investigadores da University College Londo

Uma equipa de investigação do Institute of Cognitive Neuroscience da University College London desenvolveu novas técnicas que parecem alterar a percepção de dor dos pacientes. O estudo, publicado na última edição da revista médica «Psychological Science», indica que olhar para a fonte da dor pode reduzi-la.

Os médicos britânicos testaram o limite da resistência ao calor e descobriram como conseguir aumentar a tolerância de cada um.
Contrariamente à compulsão que as pessoas tendem a ter para desviar o olhar durante uma situação dolorosa, tal como quando lhes é administrado uma injecção, os cientistas explicam que se olharem para o seu corpo, a dor que sentem será mais reduzida.

Para o estudo, a equipa médica construiu uma estrutura com espelhos que permite ao paciente, quando este olha para a mão que sente o calor, veja um bloco de madeira. Neste caso, suportam menos a dor, mas em compensação, quando a mão é ampliada pela reflexão em um espelho côncavo, o limite da resistência ao calor subiu quatro graus centígrados.

Segundo o grupo de investigadores, este estudo poderá ajudar a compreender quais os melhores tratamentos para condições crónicas. Os especialistas salientaram que os níveis de dor são directamente proporcionais ao tamanho do corpo que se consegue ver, porque ajuda a compreender a base neurológica da dor.

A equipa salienta ainda que sabe bem quais são os caminhos que levam os sinais de dor do corpo até ao cérebro, mas agora querem perceber como é que o cérebro processa estes sinais. O interesse está centrado na relação entre a experiência dolorosa e a representação que o nosso cérebro faz dela.

Falta de memória associada a distúrbios do sono

Pessoas que conseguem ter uma boa noite de sono lembram melhor das informações observadas durante o dia do que aquelas que passam longos períodos sem dormir, diz um estudo feito pela University of Lubeck, na Alemanha. A investigação sugere que o cérebro consegue filtrar tudo aquilo que foi absorvido durante o dia, retendo apenas aquilo que é mais importante enquanto dormirmos.

O estudo envolveu, em duas experiências, diferentes testes de memória em 191 voluntários. Durante o primeiro ensaio, cada um tinha que aprender 40 pares de palavras e o segundo consistia em participar num jogo da memória. Em cada um dos grupos, metade dos voluntários era informada que faria testes de memória sobre suas actividades do dia dentro de dez horas, enquanto a outra metade fazia o teste de surpresa.
Alguns dos participantes puderam dormir durante o período que mediou as tarefas e o teste. Os autores do estudo descobriram que aqueles que descansaram tiveram melhores resultados nos testes de memória do que os que ficaram acordados.

Isso acontece porque durante o descanso ocorre a síntese de proteínas responsáveis pelo desenvolvimento das conexões neurais, aprimorando habilidades como memória e aprendizagem. Durante a noite, o cérebro faz percorre as informações acumuladas, guardando aquilo que considera importante e descartando o supérfluo e fixando, assim, lições que aprendemos ao longo do dia. Por esse motivo, quem dorme mal, geralmente, tem dificuldade em lembrar-se de situações simples, como episódios ocorridos no dia anterior ou nomes de pessoas próximas.

Os investigadores consideram que este estudo, para além de provar que o cérebro consegue diferenciar o que vai ser usado e o que pode ser esquecido, mostra que ficar longos períodos sem dormir para estudar ou memorizar algo não é a melhor forma de absorver informações.

Dez sugestões para dormir bem
1- Antes de ir para o quarto, é fundamental aplacar as ansiedades do dia-a-dia. Não vá para a cama assim que chegar do trabalho. Primeiro tome um banho morno e procure relaxar;

2- Desligar a televisão e o computador é um método bastante eficaz. A luz desses aparelhos atrasa a produção das substâncias responsáveis pelo aviso de que é hora de dormir;

3- Exercícios físicos devem ser feitos até quatro horas antes de ir dormir, ou o corpo ainda estará agitado;

4- Um chá também ajuda, porém, é preciso escolher as ervas certas. Por exemplo, o chá preto ou verde são ricos em cafeína, que é estimulante. Infusões de melissa e camomila induzem ao sono e ainda melhoram a sua qualidade;

5- Deve optar-se por uma refeição leve, usando, por exemplo, aspargos, palmito, arroz, batata, aveia e soja;

6- As proteínas activam o sistema nervoso simpático, responsável, entre outras funções, por deixar o corpo em estado de alerta, favorecendo, assim, maior descarga de adrenalina;

7- Um ritual interessante é depois do banho morninho, acender uma lâmpada azul e pingar algumas gotas de óleo de lavanda na cama. É uma técnica que relaxa o corpo e induz o sono;

8- Um copo de leite morno também ajuda, porque possui triptofano, que é um precursor de serotonina, outro neurotransmissor fortemente associado ao relaxamento profundo;

9- A ingestão de álcool engana, porque a substância pode afrouxar estruturas da região da faringe comprometendo a respiração e o resultado é passar a noite a ressonar – o que prejudica as fases do sono, levando a acordar a meio da noite;

10- O ideal é dormir, pelo menos, oito horas por noite.
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Alteração da massa cinzenta Cada participante passou 27 minutos por dia a meditar, praticando os exercícios recomendados. Respostas a um questionário assinalavam melhorias significativas, comparativamente às semanas anteriores. A análise das imagens por ressonância magnética mostrou uma evolução na massa cinzenta, localizada no hipocampo – zona cerebral implicada na aprendizagem, memória, estruturas associadas à autoconsciência, compaixão e introspecção. Verificaram ainda uma diminuição da massa cinzenta na amígdala cerebral, o conjunto de núcleos neuronais nos lobos temporais, relacionados com a diminuição do stresse. Contudo, nenhuma destas alterações foi observada no grupo de controlo dos restantes voluntários, ou seja, nos que não praticaram meditação. Segundo o grupo de investigação, os resultados mostram a plasticidade do cérebro e como, mediante a meditação, este se molda e altera, de forma a aumentar o nosso bem-estar e a nossa qualidade de vida. Os avanços abrem portas para novas terapias para pacientes que sofram graves problemas de stresse e stresse pós-traumático, por exemplo.

Ao longo de 30 mil anos o cérebro humano encolheu dez por cento, o equivalente à dimensão de uma bola de ténis. O seu volume médio passou de 1500 para 1359 centímetros cúbicos, sendo que o das mulheres, que é mais pequeno do que o dos homens, sofreu proporcionalmente a mesma redução.

Este é um fenómeno que intriga antropólogos, cuja maioria aposta mais na hipótese de se tratar de um efeito da evolução face a sociedades mais complexas, do que de um sinal de embrutecimento.

As medidas foram feitas a partir de cérebros encontrados na Europa, no Médio Oriente e na Ásia, explicou o antropólogo John Hawks, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. “Chamo a isto uma redução essencial e uma piscadela de olho à evolução”, declarou o especialista numa recente entrevista à revista "Discover".
Segundo alguns antropólogos, tal redução não é assim tão surpreendente, na medida em que quanto mais forte e musculado, mais tempo leva a inteligência a controlar essa massa.

O homem de Neandertal, um “parente” do homem moderno desaparecido há 30 mil anos por razões ainda não totalmente clarificadas, era mais forte e tinha um cérebro maior. O homem Cro-Magnon, que pintou as paredes da caverna de Lascaux há 17 mil anos, foi o Homo sapiens com maior cérebro. Era igualmente mais forte do que os seus descendentes.

“Tais recursos eram necessários para sobreviver num ambiente hostil”, sublinhou David Geary, professor de psicologia da Universidade de Missouri (Estados Unidos) e autor de trabalhos sobre o desenvolvimento do cérebro humano ao longo dos anos.

Partindo desta constatação, o investigador estudou a evolução da dimensão do crânio, no período compreendido entre 1,9 milhões e dez mil anos atrás, e como os nossos antepassados viviam em processos sociais mais complexos. Partiu do princípio de que uma maior concentração humana era importante, pois haveria maior intercâmbio entre grupos, maior divisão de trabalho e interacções mais ricas entre os vários indivíduos.

Inteligência mais sofisticada

O investigador constatou igualmente que o tamanho do cérebro diminuía quando a densidade populacional aumentava. “De facto, na emergência de sociedades mais complexas, o cérebro humano tornou-se mais pequeno porque os indivíduos não têm a necessidade de tanta inteligência para sobreviverem, são ajudados pelos outros”, explicou David Geary à agência France Presse.

Contudo, esta redução do cérebro não quer dizer que os homens modernos são mais idiotas do que os seus ancestrais, mas que desenvolveram outras formas de inteligência mais sofisticada,frisou Brian Hare, professor adjunto de antropologia na universidade de Duke (Carolina do Norte).

O especialista fez ainda um paralelo entre os animais domésticos e os selvagens. Assim, os lobos de Alsácia (pastor alemão) têm um cérebro mais pequeno do que o dos lobos, mas são mais inteligentes e sofisticados porque compreendem os gestos de comunicação entre os homens. “Isto mostra que não há relação entre o tamanho do cérebro e o quotidiano intelectual”, que se define sobretudo pela capacidade de induzir e criar, insistiu Brian Hare.

O mesmo se passa com os chimpanzés. Agressivos e dominadores, têm um cérebro maior do que os macacos bonobos, mais "civilizados" pois utilizam a simulação do acto sexual ou acasalamento para resolver os conflitos.
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Oito semanas de meditação provocam alterações cerebrais Investigação sugere que a transformação é benéfica em saúde física e mental

Uma equipa de psiquiatria do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) realizou o primeiro estudo sobre como a meditação afecta o cérebro. As conclusões, recentemente publicadas no «Psychiatry Research», referem que a prática regular – até oito semanas – pode levar a alterações consideráveis em determinadas regiões cerebrais, relacionadas com a memória, a autoconsciência, a empatia e o stresse.

A investigação sugere que a transformação é benéfica para a saúde física e mental. Apesar de ser uma prática relacionada com a tranquilidade e o relaxamento, os médicos já confirmaram que “proporciona benefícios cognitivos e psicológicos persistentes durante um dia inteiro”, segundo referem os cientistas norte-americanos.
O trabalho mostra que as alterações presentes na estrutura cerebral podem estar relacionadas com esse rendimento. A autora da investigação, Sara Lazar, já tinha realizado estudos onde tinha encontrado diferenças estruturais no cérebro dos profissionais da meditação, ou seja, em pessoas com experiência neste tipo de práticas, em relação a outras pessoas sem antecedentes. As diferenças mais significativas verificaram-se na espessura do córtex cerebral, especialmente em áreas associadas à atenção e integração emocional.

Na investigação corrente, a equipa utilizou imagens por ressonância magnética da estrutura cerebral de 16 voluntários, durante duas semanas antes e depois de realizarem um curso de meditação de oito semanas – programa definido pela Universidade de Massachusetts, para reduzir o stresse.

O curso previa reuniões semanais, que incluíam a prática de meditação consciente, centrada na consciência e sem prejuízo de sensações e sentimentos, os voluntários receberam gravações áudio para continuarem o exercício em casa.

Alteração da massa cinzenta

Cada participante passou 27 minutos por dia a meditar, praticando os exercícios recomendados. Respostas a um questionário assinalavam melhorias significativas, comparativamente às semanas anteriores. A análise das imagens por ressonância magnética mostrou uma evolução na massa cinzenta, localizada no hipocampo – zona cerebral implicada na aprendizagem, memória, estruturas associadas à autoconsciência, compaixão e introspecção.

Verificaram ainda uma diminuição da massa cinzenta na amígdala cerebral, o conjunto de núcleos neuronais nos lobos temporais, relacionados com a diminuição do stresse. Contudo, nenhuma destas alterações foi observada no grupo de controlo dos restantes voluntários, ou seja, nos que não praticaram meditação.

Segundo o grupo de investigação, os resultados mostram a plasticidade do cérebro e como, mediante a meditação, este se molda e altera, de forma a aumentar o nosso bem-estar e a nossa qualidade de vida. Os avanços abrem portas para novas terapias para pacientes que sofram graves problemas de stresse e stresse pós-traumático, por exemplo.

Dormir para reforçar a memória Estudo publicado na “Nature” pode ter implicações clínicas 2011-01-24

Reforçar uma lembrança enquanto se dorme pode ser mais eficaz do que quando se está acordado, revela um estudo realizado por universidades alemãs e suiças e publicado na revista “Nature”.

Uma equipa de investigadores, liderada por Björn Rasch, treinou a memória de vários voluntários que colaboraram neste estudo e aprenderam a relacionar um cheiro com a localização de um objecto, de forma a que quando sentissem determinado aroma se lembrassem imediatamente de onde este estava.

Após esta ligação ter sido estabelecida, o reforço da memória foi feito em alguns participantes enquanto dormiam e noutros nos momentos em que estavam acordados, através da libertação do cheiro que correspondia ao artigo que tinham de saber onde se localizava.
Com esta experiência, os investigadores verificaram que as pessoas cuja memória foi reforçada durante o sono lembravam-se com mais precisão da localização do objecto. Já a lembrança dos participantes submetidos a testes enquanto estavam despertos tinha perdido intensidade e era mais fraca do que a do grupo anterior.

Para se certificarem destes resultados, os cientistas realizaram ressonâncias magnéticas aos participantes do estudo e demonstraram que as partes do cérebro activadas enquanto recorriam à memória eram diferentes, dependendo do momento em que esta tinha sido estimulada.

Segundo os cientistas, este estudo pode ter implicações clínicas na área das neurociências para o tratamento de vários problemas, como o stress pós-traumático.

Nova técnica não-invasiva para medir o cérebro Monitor de Pressão Intracraniana já está a ser usado com sucesso 2011-01-19

Uma equipa de investigadores da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, desenvolveu uma nova técnica que permite medir a pressão do cérebro sem que seja necessário furar o crânio, além de ser menos dispendiosa que a convencional. O método é capaz de diminuir os riscos de morte e os custos de internação de pacientes que necessitem de monitorização constante da pressão intracraniana (PIC).

A técnica desenvolvida consiste em acoplar um pequeno sensor ao osso da caixa craniana, através de uma pequena incisão na pele, em vez de perfurar o crânio do paciente, como acontece actualmente. Recorde-se que a perfuração do osso craniano para medir a alteração da pressão cerebral com um sensor acarreta grandes riscos de infecção. Com a nova técnica, é feita uma incisão no couro cabeludo e o sensor é colado, sem perfurar o osso.
Segundo Gustavo Frigieri Vilela, investigador do projecto, refere na publicação da universidade, as técnicas actuais podem ainda causar danos no tecido, “uma vez que se abre um canal directo do sistema nervoso central”.

O farmacêutico-bioquímico acrescenta igualmente que o método de diagnóstico é minimamente invasivo, ou seja, traz menos riscos de traumas, e muito mais barato. Além do baixo valor, a técnica não requer neurocirurgiões, o que representa uma redução ainda maior dos custos deste procedimento para os hospitais, aumentando a popularização do uso deste equipamento.

As informações registadas pelo sensor são lidas no Monitor de Pressão Intracraniana, onde é analisado o volume do líquido cefalorraquidiano, substância que reveste e protege o sistema nervoso central contra choques, bem como a concentração de sangue e a massa cerebral.


"É muito difícil haver infecção [com este método] e, se houver, será na pele e de fácil tratamento", refere o farmacêutico-bioquímico Gustavo Frigieri, da USP. "O corte na cabeça pode ser feito em ambulatório e não necessita de centro cirúrgico", acrescenta. É de fácil utilização para o médico, enfermeiros e equipas de primeiros socorros. No futuro, espera-se que o aparelho também possa ser usado em casa.

A recente tecnologia pode salvar vidas em caso de suspeita de aumento da pressão do crânio, como derrames, tumores cerebrais, traumatismos e hidrocefalia. A técnica já foi testada em animais, e agora está a ser utilizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, onde auxilia a monitorização de oito pacientes, com sucesso.

O próximo passo é preparar a documentação para registá-lo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e no Ministério da Saúde para, em seguida, este equipamento poder ser produzido em grande escala.
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Descobertas proteínas envolvidas em 130 doenças neurológicas Investigadores verificam que sinapse dos roedores é semelhante à humana

Cientistas descobriram um conjunto de proteínas que está envolvido no desenvolvimento de mais de 130 doenças neurológicas, revela um artigo publicado na revista “Nature Neuroscience”.

O cérebro humano é um labirinto de milhões de células nervosas que estão conectadas por biliões de sinais electro-químicos, denominados de sinapses, entre as quais estão proteínas que se combinam, formando um processo chamado densidade pós-sináptica (PSD). Este pode interromper o funcionamento sináptico, provocando doenças e mudança de comportamento.

Seth Grant, do Instituto Wellcome Trust Sanger, na Grã-Bretanha, conduziu uma equipa que extraiu as PSD das sinapses de pacientes que se iam submeter a cirurgias cerebrais. "Descobrimos que 130 doenças neurológicas estão vinculadas com a PSD, muito mais que o esperado", disse, acrescentando que "a PSD humana está no estado central de um largo espectro de doenças que afectam milhões de pessoas", como epilepsia ou autismo.

As PSDs identificadas até agora resultam das combinações de 1461 proteínas, cada uma codificada por um gene separado. "Cada sétima proteína nesta relação está vinculada com uma doença clínica conhecida", referiu Jeffrey Neobels, do Baylor College de Medicina.

Estas descobertas podem abrir novos caminhos para o combate a doenças do foro neurológico e também para o aperfeiçoamento dos seus diagnósticos. De forma a acelerar este processo, os cientistas divulgaram todos os dados e criaram o primeiro "mapa do caminho molecular" para as sinapses humanas, demonstrando como as proteínas e as doenças se conectam. "Também podemos ver caminhos para desenvolver novos testes de diagnósticos genéticos e ajudar os médicos a classificar as doenças cerebrais", afirmou Grant.

O estudo também revelou, de forma inesperada, que as proteínas nas PSDs têm profundas raízes evolutivas e desempenham um papel indirecto em comportamentos cognitivos, como leitura, memória, emoção e humor. Em comparação com outras proteínas codificadas por genes, as PSD evoluem muito lentamente. "A preservação da estrutura destas proteínas sugere que os comportamentos comandados pela PSD e as doenças associadas a elas não mudaram muito ao longo de milhões de anos", destacou o líder deste estudo.

Nesta investigação também foi verificado que as sinapses em roedores são mais similares às dos humanos do que se pensava anteriormente, sugerindo que os ratos são bons modelos para examinar doenças cerebrais humanas.
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Os riscos de uma vida sem medo Lesão no cérebro conduz paciente a comportamento atípico

Uma equipa do Departamento de Neurologia da Universidade do Iowa (EUA) estuda, há já vários anos, o caso particular de uma mulher que sofre de uma lesão no cérebro e cuja estrutura implica a incapacidade de sentir emoções, como medo, por exemplo. Os investigadores, entre os quais se encontra o português António Damásio, já tentaram expô-la a todo o tipo de situações: cobras, aranhas, filmes de terror e até a um edifício alegadamente assombrado. Tudo em vão.

As amígdalas – pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizadas muito próximas do hipocampo – desta paciente (designada pelas iniciais SM) foram danificadas por uma doença e parece ser esta a origem do seu comportamento atípico. Geralmente, as amígdalas são capazes de desencadear a ‘cascata’ bioquímica que permite ao organismo reagir face ao medo.
Os neurocientistas Ralph Adolphs, Daniel Tranel ou António Damásio foram incapazes de ler qualquer receio no seu rosto, aquando de diversas observações. Mesmo que consiga demonstrar emoções como alegria, tristeza ou desgosto, nunca se assusta.

Apesar de não gostar de aranhas e serpentes e os vendedores a alertarem sobre a perigosidade dos animais, SM consegue mesmo tocar numa cobra perigosa ou numa tarântula sem manifestar qualquer reacção negativa, segundo escreveram os cientistas na Current Biology - onde se juntou o investigador Justin S. Feinstein.

A equipa de estudo referiu ainda que a paciente não usa qualquer tipo de estratégia para evitar o medo, e que pelo contrário, é uma “sorte” ela continuar viva por se expor a todo o tipo de situações. As observações permitiram salientar a importância do papel das amígdalas na percepção do medo, concluem, mas avançam que estudar um único indivíduo é muito pouco para tirar conclusões definitivas.

Imaginar comida pode ajudar a emagrecer Estudo na «Science» sugere que uma ideia repetitiva de um alimento já traz satisfação

Uma equipa de investigadores da Universidade de Carnegie Mellon (Estados Unidos) publicou, na revista «Science», um estudo revelador que poderá fazer muita gente feliz. Quem estiver a pensar em perder uns quilos poderá pensar em comida e enquanto estiver a imaginar-se a devorar um chocolate ou um pedaço de queijo hipercalórico, o apetite irá diminuindo.

A verdade é que o primeiro pedaço de um alimento e já esperado há algum tempo é o mais suculento e, à medida que nos vamos acostumando ao sabor, torna-se menos emocionante. Os investigadores chamam a este processo “hábito” e com isto provam que a mente é um alimento poderoso.
Segundo a equipa, imaginar um chocolate pode ser suficiente para criar o “hábito” deste determinado alimento, por exemplo. Para chegar a esta conclusão, os investigadores pediram a um grupo de voluntários que imaginassem diferentes situações, enquanto realizavam 33 acções repetitivas.

Um conjunto de pessoas tinha de imaginar que inseria 33 moedas na máquina de uma lavandaria – uma acção bastante similar a comer bolas de M&M’s –; outro grupo simulava mentalmente que inseria 30 moedas e que comia três bolas de chocolate e um terceiro devia pensar que apenas introduzia três moedas e ingeria 30 M&M’s. No final da prova, os participantes podiam comer os chocolates que quisessem de um recipiente à disposição.

Aqules que se imaginaram a ingerir as 30 bolas de M&M’s comeram menos do que os outros grupos. No entanto, para terem a certeza de que o resultado se devia à experiência anterior e não a autocontrolo, os cientistas repetiram o teste, mas inverteram as funções de cada grupo. O resultado foi na mesma direcção.

Nesse sentido, os investigadores sugerem que as imagens mentais repetitivas podem de facto servir para reduzir a ingestão de alimentos pouco saudáveis, assim como para combater a síndrome de abstinência do consumo de drogas e lutar contra o tabagismo e a obesidade.

A diferença entre imaginar e experimentar é portanto mais pequena do que se imaginava e pode determinar a quantidade do que se consome e que o “hábito” não se rege apenas pelo olfacto, tacto e paladar, mas pela experiência que representamos mentalmente.
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Cérebro das mulheres é mais activo do que dos homens Investigadora determina explicação neurológica e hormonal

Adrianna Mendrek, investigadora canadiana, realizou um estudo que pode criar alguma polémica. Segundo a académica do departamento de Psiquiatria da Universidade de Montreal e do Centro de Investigação Fernand-Seguin, a virtude que os homens têm de, muitas vezes, conseguirem não pensar em nada tem uma explicação neurológica.

A actividade neural do cérebro, chamada de rede por defeito, é maior em pessoas do sexo feminino do que masculino, ou seja, o cérebro dos homens entra em repouso com mais facilidade.

A investigadora, no entanto, precisa no estudo que a descoberta surgiu por acaso, já que se dedica ao estudo da esquizofrenia e foi nesse contexto que analisou diferentes sujeitos de ambos os sexos afectados por esta doença e comparou a sua actividade cerebral.
Para o estudo, 42 pessoas não esquizofrénicas, de idades compreendidas entre os 25 e 45 anos, foram submetidas a uma tarefa de rotação mental, a partir de uma figura a três dimensões, enquanto a sua actividade cerebral era medida por ressonância magnética. A medida de actividade neural foi registada quando os sujeitos, de ambos os sexos, repousavam.

A equipa de Mendrek constatou que as mulheres se encontravam em auto-avaliação sobre aquilo que tinha acabado de fazer e a pensar naquilo que iriam realizar a seguir, já os homens apenas se distendiam e descansavam.

Contudo, a investigadora assume que ainda não se encontra em posição de referir que parte da pressão social ou que hormonas biológicas distinguem os dois sexos. No entanto, assume que na própria sociedade actual, as mulheres gerem mais tarefas e têm mais preocupações.

A equipa encontra-se ainda a medir níveis de estrogénio e testosterona, mas resta a saber quais as medidas de actividade cerebral devem exactamente ser observadas para definir uma ligação entre os papéis das hormonas e da pressão social nas mulheres em relação aos homens.
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82 por cento das grávidas mudam comportamentos face a mitos Investigadora Maria Fátima Martins premiada com a melhor comunicação pela OEP 2011-07-01

Evitar fios ou cintos para a criança não nascer “esganada” com o cordão umbilical, não usar chaves nem beber por copos rachados, pois o bebé pode nascer com lábio cortado; não comer polvo, porque pode provocar aborto ou manchas; coser roupa vestida ou usar alfinetes pode trazer complicações à criança; evitar funerais pois o feto pode morrer, ficar amarelo, mudo, com espírito do falecido e acreditar que se a barriga estiver empinada é rapaz ou redonda é rapariga são alguns dos mitos que ao longo dos anos têm sido identificados pelas grávidas.

Maria Fátima Martins, da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (UMinho), foi distinguida recentemente pela Ordem dos Enfermeiros Portugueses (OEP) com o prémio da melhor comunicação livre, que foi apresentada num congresso internacional em Malta, pelo estudo «A Educação para a saúde e as tradições durante a gravidez». A investigação conclui que 82 por cento das mulheres entrevistadas modificaram os seus comportamentos durante a gravidez em função do estabelecido por determinados mitos e crenças.
O projecto teve como objectivo analisar os comportamentos expressos pelas grávidas dependentes de tradições e conhecer a importância que os enfermeiros atribuem às mesmas. “Os resultados podem induzir que os mitos e as crenças são percebidos como elementos de segurança, de protecção, de conservação, de fé e de tradição que é necessário manter”, referiu.

Segundo Maria Fátima Martins, “verificou-se que os enfermeiros, durante as consultas de vigilância pré-natal, raramente abordam a temática dos mitos, das crenças ou das tradições. Esta omissão leva a que as mulheres vivam a sua gravidez num clima permanente de ansiedade, de medo ou mesmo de insegurança”.

O trabalho deu origem ao livro «Mitos e Crenças na Gravidez – Sabedoria e Segredos Tradicionais das Mulheres de Seis Concelhos do Distrito de Braga», de 340 páginas, editado pela Colibri.

Alguns dos mitos ainda adoptados defendem que não se deve comer polvo e evitar fios, cintos ou funerais, que cara com sardas é menino, cara limpa é menina; subir a escada com pé direito é sexo masculino, pé esquerdo é feminino; ser proibido cheirar flores, senão o bebé pode nascer com uma flor no corpo, marcas ou manchas; se a grávida não comer o que deseja, a criança pode nascer com a boca aberta ou com o cabelo “espetado”; uma mulher grávida recusar ser madrinha, pois pode provocar a morte do bebé que está na barriga ou do que vai ser baptizado; se ao amamentar deitar restos de comida ao lixo e um animal fêmea prenha os comer, a mãe pode ficar sem leite; entre outros.
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Sobre a investigadora:
Maria Fátima Silva Vieira Martins, de 47 anos, é natural de Amares e professora na Escola Superior de Enfermagem (ESE) da UMinho. Licenciou-se em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian em Braga, tirou o mestrado em Sociologia da Saúde e é doutoranda em Sociologia, também pela UMinho. Participou e apresentou comunicações/posters em diversos congressos nacionais e internacionais, publicou vários artigos científicos e um livro. Esta distinção valeu-lhe a participação na comitiva da Ordem dos Enfermeiros que se deslocou a Malta para a conferência do Conselho Internacional de Enfermeiros – International Council of Nurses (ICN).

Universidade Católica testa bactéria anti-Listeria em enchidos Infecção de origem alimentar é pouco conhecida no país 2011-07-05

A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto encontra-se a testar uma bactéria com propriedades anti-listeria. Recorde-se que a listeriose é uma infecção de origem alimentar e que afecta principalmente indivíduos com o sistema imunitário debilitado, idosos e grávidas. Neste último caso, pode mesmo originar aborto ou parto prematuro.

Especialista no âmbito da Microbiologia, a ESB produziu dois grupos de alheiras: umas inoculadas com a bactéria e outras com listeria juntamente com a do ácido láctico (a anti-listeria). Nas primeiras, a listeria aumentou; nas segundas, foi destruída, segundo avançou o grupo de investigação, coordenado por Paula Teixeira. Os enchidos produzidos industrialmente, com adição e sem a adição da bactéria anti-listeria, foram comparados por um painel de provadores. Não foram detectadas diferenças significativas ao nível do sabor e aroma entre os dois produtos.
A bactéria isolada demonstra possuir atributos que permitem usá-la como cultura bio-protectora na produção de alheira, sendo uma alternativa para melhorar a segurança destes alimentos. Trata-se de uma bactéria que não possui qualquer factor de virulência, pelo que pode ser adicionada durante o processo de produção. A utilização desta na produção de outros enchidos tradicionais portugueses está actualmente a ser avaliada.

Apesar dos recentes surtos de listeriose e de outras infecções alimentares, a população portuguesa demonstra, ainda, uma falta de conhecimento geral sobre estas questões. Assim, e recorrendo à experiência na área da higiene e segurança alimentar e da educação para a saúde, a ESB aposta na dinamização de campanhas de sensibilização. Para tal, realizou um estudo de referência para avaliar o nível de conhecimento que grávidas e profissionais de saúde possuem sobre a bactéria.

Dados

Os dados obtidos demonstram uma evidente falta de conhecimentos sobre hábitos de segurança alimentar a ter durante a gravidez e sobre a infecção. Das 956 inquiridas, 88 por cento revelou nunca ter ouvido falar em listeriose e, das 12 por cento que afirmaram conhecer a infecção, quase todas (94 por cento) não sabe quais os problemas que a infecção pode causar.

Revela, também, que é premente informar os profissionais de saúde, uma vez que, de 749 inquiridos, 69 por cento considerou que a listeriose não foi bem abordada durante a sua formação académica. Dentro deste grupo, a esmagadora maioria (87,9 por cento) admitiu ser de grande utilidade a disseminação de mais conhecimentos sobre esta temática.

Com base nestas conclusões, foi estruturado o primeiro projecto de educação e informação sobre prevenção de listeriose, uma doença que não é ainda de declaração obrigatória. Neste âmbito, foi criado uma página online e foram produzidos 112 mil folhetos de divulgação, 2.400 posters, 20 mil marcadores de livros e seis mil dossiês de informação para profissionais de saúde.
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Morte de um gémeo na gravidez reflecte-se na saúde do irmão Estudo recaiu sobre gravidezes ocorridas através de técnicas de fertilidade 2011-07-06

A morte de um gémeo durante uma gravidez ocorrida através de técnicas de fertilidade aumenta o risco de malformações congénitas no outro irmão, segundo um estudo hoje apresentado em Estocolmo.

Os investigadores do Research Centre for the Early Origins of Health and Disease (Universidade de Adelaide) analisaram 7400 nascimentos na Austrália ocorridos entre 1986 e 2002 por técnicas de procriação medicamente assistida com o objectivo de determinar quais os efeitos da morte de um embrião sobre o estado de saúde do seu gémeo.

“O risco do gémeo sobrevivente ter alguma malformação congénita quase duplica e as possibilidades de sofrer múltiplas alterações são quase tês vezes mais”, explicou ao jornal espanhol «El Mundo» Michael Davies, o principal autor da investigação divulgada na conferência anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que decorre na Suécia.

Os cientistas compararam a frequência das malformações congénitas em gestações em que um dos embriões morreu nas primeiras semanas com gravidezes consideradas normais.

Entre os recém-nascidos que perderam o irmão na gestação, 14,6 por cento nasceu com malformações. Os bebés fruto de gravidezes gemelares normais não apresentaram mais alterações que as gestações com apenas um embrião.

Apesar de os factores para explicar este fenómeno não estarem claros, Michael Davies aponta para duas possíveis razões: “A morte de um dos fetos pode desencadear uma resposta imune da mãe que gera um ambiente pouco são para o sobrevivente. Mas o mais provável é que estes fenómenos sejam indicadores do estado de saúde geral dos embriões”.

Os investigadores australianos apontam para a possibilidade de os dois embriões implantados não serem de boa qualidade e o resultado é um deles não sobreviver e o outro não se desenvolver de forma adequada.

“É especulativo, mas penso que será a melhor explicação”, acrescentou Davies. Para os cientistas, estes resultados sublinham a importância de seleccionar os embriões “da melhor qualidade possível”.

Contudo, os autores julgam que estas conclusões podem vir a estender-se de alguma forma às gravidezes espontâneas, sem técnicas de fertilidade: “As gestações gemelares naturais também se podem associar a um aumento de malformações congénitas. Porque se seleccionam óvulos que normalmente não deviam fecundar-se ou porque existe falta de controlo no organismo materno sobre quais os embriões são válidos”.
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IBMC é pioneiro na implementação da microcirurgia a laser Max Planck recorreu a instituto português por ser o único com tal tecnologia 2011-07-08

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) é pioneiro na implementação da microcirurgia a laser na Europa, destacando-se com uma publicação na «Nature Cell Biology». A equipa líder do trabalho, do instituto alemão Max Planck, recorreu ao IBMC por ser o único, fora dos estados unidos a ter a tecnologia implementada. Esta permite fazer cortes a 0.5 microns, menos de um milionésimo de um metro (10-6). Em que um mícron está para um metro como um milímetro está para um quilómetro.

António Pereira, físico e investigador do grupo de Instabilidade e Dinâmica dos Cromossomas no IBMC, é o responsável pela implementação, em Portugal, desta tecnologia, que tem atraído atenções da comunidade científica. Recentemente, explica o investigador, “fomos contactados por um grupo do Max Planck, que precisava de recorrer à microcirurgia para perceber como uma determinada zona dos cromossomas assume o papel do centrómero”.
O centrómero é a zona dos cromossomas que define onde se irão ligar os filamentos (microtúbulos) que exercem tracção para que haja divisão dos cromossomas durante o processo de divisão celular.

Neste trabalho a equipa do Max Planck forçou a criação de potenciais centrómeros em zonas onde normalmente não são formados através da sobre-expressão de uma proteína estrutural do cinetocóro (CENP-A), estrutura que está assente sobre o cromossoma e que serve de interface entre este e os microtúbulos.

Hélder Maiato.
Hélder Maiato.
Contudo, era necessário perceber se os novos potenciais centrómeros desenvolviam cinetocóros funcionais capazes de se ligar aos microtúbulos e conduzir por si a uma divisão dos cromossomas. “Para isso isolamos estes fragmentos contendo um potencial novo centrómero através da microcirurgia laser. E constatamos que de facto esses fragmentos desenvolveram cinetocoros capazes de se mover autonomamente”, afirma António Pereira.

No seu conjunto, estas experiências demonstram a importância da proteína CENP-A na definição do centrómero. Este trabalho, em conjunto com investigadores do Max Planck, valeu a António Pereira e aos restantes autores um artigo na renomada revista Nature Cell Biology.

“É irónico que um grupo de um centro renomado como o Max Planck na Alemanha recorra a tecnologia de Ponta implementada em Portugal”, comenta Hélder Maiato, investigador e líder da equipa do IBMC.

Redes de segurança de saúde pode romper os ciclos de pobreza e doença: um modelo estocástico ecológica

Abstrato

A persistência da pobreza extrema está cada vez mais atribuída a interações dinâmicas entre processos biofísicos e da economia, embora ainda há uma carência de quadros teóricos integrados que podem informar a política. Aqui, apresentamos um modelo estocástico de armadilhas de doenças da pobreza no Nordeste. Considerando modelos determinísticos podem resultar em armadilhas de pobreza que só pode ser quebrado por substanciais mudanças externas às condições iniciais, no modelo estocástico há sempre alguma probabilidade de que uma população vai sair ou entrar uma armadilha da pobreza. Nós mostramos que a 'rede de segurança ", definida como um nível mínimo imposta externamente de saúde ou de condições econômicas, pode garantir a derradeira fuga de uma armadilha da pobreza, mesmo que a rede de segurança é definido dentro da bacia de atração da armadilha da pobreza, e até mesmo se a rede de segurança é apenas na forma de uma medida de saúde pública. Considerando que o modelo determinista implica que pequenas melhorias nas condições iniciais perto do equilíbrio armadilha da pobreza são fúteis, o modelo estocástico sugere que o impacto das mudanças na localização da rede de segurança sobre a taxa de desenvolvimento pode ser mais forte perto do equilíbrio armadilha da pobreza .


http://royalsociety.org/

Congresso Português de Ressuscitação 2011 Localização: Hotel Sheraton - Porto Data: 25 de Novembro a 27 de Novembro de 2011 O Conselho Português de Ressuscitação organiza, entre os dias 25 e 27 de Novembro de 2011, no Hotel Sheraton, no Porto, o Congresso Português de Ressuscitação 2011.

No evento serão abordados, entre outros temas:

Formação do Cidadão
Desfibrilhadores Automáticos Externos e Sociedade
Emergência Intra Hospitalar
Cuidados Pós Reanimação
Formação de Profissionais de Saúde
Registos de Paragem
Modelos de Organização Pré-Hospitalar
Gadgets em Reanimação

Nos dias 23 e 24 de Novembro decorrem os seguintes cursos Pré-Congresso:

SIV – P (Suporte Imediato de Vida – Pediátrico)
SIV – A (Suporte Imediato de Vida – Adulto)
CISBV (Curso de Instrutores em Suporte Básico de Vida)
CISAV ( Curso de Instrutores em Suporte Avançado de Vida)

Mais informações: Congresso Português de Ressuscitação 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Formas de audição Você pode ouvir a forma do gráfico?

Introdução

Como você pode dizer que alguém está jogando instrumento apenas por ouvir o seu som? Esta é uma variação simples de um problema inverso.

Muitas vezes queremos para determinar as propriedades de um objeto físico, mesmo se não podemos medi-los diretamente. O que podemos aprender sobre um sistema, olhando através dos vidros que a natureza fornece?

Esta mostra explora questões inversa que estão relacionadas com sons e os padrões de vibração que dão origem a eles. Os visitantes podem investigar o que se pode deduzir sobre um objeto, apenas ouvindo os sons que ela produz ou pela contagem do número de áreas de vibração.
Como isso funciona?

Esta exposição centra-se em gráficos de quantum, que pode ser pensado como uma rede de cordas de guitarra amarrados uns aos outros. Quando um sistema como este vibra ela produz uma série de sons com alturas diferentes. Esta mostra investiga o que acontece quando temos dois gráficos diferentes que soam exatamente o mesmo. Neste caso, não seria capaz de distinguir entre tais gráficos apenas escutando os sons que eles produzem. No entanto, é possível deduzir algumas das propriedades do gráfico - como o comprimento total do gráfico - apenas por ouvi-la. .

Pode-se também observar as cordas vibrantes do gráfico e observar que alguns pontos especiais das cordas não se mover. Estes pontos nodais são um fenômeno fascinante e descobrir seus padrões ainda é um desafio sem solução.

O filme a seguir demonstra como gráficos podem ser considerados como musical instrumentos. Você está convidado a criar seus próprios gráficos musicais e verificar as suas propriedades em uma grande superfície multi-toque nesta exposição. Estes documentos pdf também demonstram parte desta exposição.
http://www.youtube.com/watch?v=3cPqY1-DaZk&feature=player_embedded
royalsociety.org

Cirurgia do trauma A ciência do sangramento óbvio!

Introdução

Lesão traumática é um problema de saúde líder global. É a causa número um de morte em todo o mundo para aqueles com idades entre 5-44 e mata mais de 18.000 pessoas a cada ano no Reino Unido. A maioria das vítimas de trauma sucumbir a hemorragia descontrolada.

O Royal London Hospital é um centro de trauma de renome internacional que cuida de mais de 1.600 vítimas de lesões a cada ano. Novas técnicas cirúrgicas desenvolvidas no campo de batalha são refinados e introduzidos na prática civil nesta instituição. Avaliação estratégica de paradigmas modernos transfusão de sangue, assim como novas terapêuticas, tem contribuído consideravelmente para a redução da mortalidade trauma observado neste hospital.
Como isso funciona?

Em 2003, a unidade de pesquisa foi a primeira a identificar uma falha rápida do mecanismo de coagulação do sangue em 25% das vítimas de trauma. Ela está associada com maior perda de sangue, falência de órgãos e quatro vezes maior na morte após a lesão. Investigação deste problema, os cientistas de pesquisa identificou uma via anticoagulante prejudiciais, mediada por proteínas de coagulação do sangue que estão funcionando incorretamente. Os cientistas determinaram que esta via é ativada por lesão tecidual e sangramento, como pode ser visto em vítimas de trauma maior e estão actualmente a efectuar uma variedade de estudos clínicos e de laboratório para entender melhor essa condição e determinar a melhor forma de tratá-la.

Esta mostra vai explicar esta falha na função normal do corpo de coagulação com a ajuda de modelos interativos e de vídeo e demonstrar como melhores resultados podem ser alcançados com competências especializadas cirúrgica e práticas de reanimação.

Este pequeno vídeo apresenta alguns dos trabalhos apresentados por esta exposição. Contém cenas que podem ser perturbadoras para alguns espectadores (5 minutos)

http://www.youtube.com/watch?v=P5jzewF6sPs&feature=player_embedded#at=11

Percepção facial Enfrentar faces: a percepção dos cérebros de robôs

Enfrentá-lo, enfrenta a matéria. São janelas para nossas emoções e identidades. Nesta exposição pode explorar como os cientistas estão tentando entender como o cérebro entende rostos e você pode ajudar os cientistas a criar a próxima geração de software de mudança de vida e robôs.Como isso funciona?

Há partes do cérebro humano que os cientistas acreditam especificamente preocupados com faces de processamento. Se pudermos entender essa parte do cérebro, em particular, como se movendo rostos e expressões emocionais são processadas, então podemos começar a construir sistemas de computador que imitam essa habilidade útil.

Se os sistemas de computador como estes são construídos, então eles poderiam ser usados ​​em robôs que lhes permitam reconhecer rostos e robôs expressions.These facial poderia responder a estímulos sociais das pessoas, permitindo que as novas tecnologias e útil para ser construída.

Esta abordagem científica emocionante do uso da biologia para construir as chamadas melhor tecnologia para uma gama de diferentes tipos de especialistas como psicólogos e cientistas da computação de trabalhar juntos para explorar novas formas de criar amanhã gadgets, gizmos e aplicações.
Jogos e Vídeos

Este jogo de rastreamento de vista e vídeo abaixo demonstra alguns da ciência desta exposição.

Visão artificial Visão biônica interativa

Ele recentemente se tornou possível para melhorar ou restaurar a visão de algumas pessoas que são deficientes visuais ou cegos.

Uma técnica é para cirurgiões para implante de um chip minúsculo eléctrica dentro do olho para proporcionar um sinal mais forte para dentro das células da retina. Estamos a desenvolver uma outra técnica que utiliza visão computacional para simplificar a cena visual, de modo a melhorar a capacidade das pessoas com deficiência visual a reconhecer as coisas à sua volta.

Esta mostra tem simulações interactivas que permitem aos visitantes experimentar o que o mundo se parece com cada uma destas técnicas e explorar o hardware que compõem a nova geração de próteses visuais.
Como isso funciona?

Próteses de retina vêm em várias formas. Um tipo é um pequeno quadrado com milhares de microscópicos almofadas eléctricos que tocam as células na parte posterior do olho. A luz natural chega através da lente do olho, cai nesta praça e é transformado em impulsos eléctricos que estimulam as células saudáveis ​​da retina. Isto produz pequenos pontos de luz que pode ser visto por um paciente cego e ajudá-los a reconhecer objectos.

Outro tipo de próteses de retina que está em desenvolvimento é uma prótese de custo não-invasivo e de baixo que podem ser úteis para algumas pessoas com visão muito baixa. Este dispositivo é usado como um par de óculos e usa um pequeno computador sofisticado para entender o que está na frente do usuário. O computador se comporta como um pequeno robô, em busca de coisas de interesse e apresentá-las de uma forma simplificada.

Ambas as técnicas de prótese de trabalho porque o cérebro humano é incrivelmente bom em fazer sentido do mundo, com muito pouca informação.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Refeições ricas em gordura podem desencadear asma Investigação mostra redução da função pulmonar

Uma dieta rica em gordura aumenta os níveis de inflamação das vias aéreas e reduz a função pulmonar, segundo uma investigação australiana apresentada na Conferencia Internacional da Sociedade Torácica Americana, em Nova Orleães.

A equipa de investigadores avaliou indivíduos com asma, antes e depois de ingerirem uma refeição com altos níveis de gordura. Já se sabia que este tipo de alimentos era prejudicial para o coração mas concluiu-se que afectam ainda a função pulmonar.
“Trata-se do primeiro estudo a debruçar-se sobre os efeitos da gordura no processo de inflamação das vias aéreas”, afirmou Lisa Wood, líder do estudo, frisando que “os resultados preliminares demonstram que, quatro horas após o consumo daquele tipo de refeição, os níveis de inflamação eram mais elevados”.

Esta descoberta sugere que uma dieta pobre em gorduras pode ser útil na gestão dos doentes com asma. A prevalência desta doença tem aumentado de forma significativa nas últimas décadas, sendo que um dos motivos para este aumento poderá ser o consumo cada vez mais generalizado de alimentos riscos em gordura.

Morangos melhoram desempenho de glóbulos vermelhos Consumo do fruto reflecte-se na capacidade antioxidade do sangue

Os morangos aumentam a resposta dos glóbulos vermelhos do sangue perante o stress oxidativo, que ocorre em algumas situações patológicas - tais como doença cardiovascular, cancro ou diabetes - e fisiológicas – como nascimento, envelhecimento ou exercício físico -, revela um estudo publicado na revista "Food Chemistry".

Nesta investigação realizada por cientistas da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, e da Universidade de Granada, em Espanha, um grupo de voluntários comeu meio quilo de morangos da variedade Sveva todos os dias durante duas semanas para demonstrar que a ingestão desta fruta melhora a capacidade antioxidante do sangue.

Embora os cientistas já tivessem tentado confirmar a capacidade antioxidante dos morangos em experiências laboratoriais in vitro, agora conseguiram demonstrá-lo in vivo.

Ao longo do período em que 12 voluntários saudáveis ingeriram durante o dia 500 gramas de morangos, foram recolhidas amostras de sangue, sendo que o mesmo processo foi repetido um mês após esta temporada.

Os resultados revelam que o consumo regular desta fruta pode melhorar a capacidade antioxidante do plasma sanguíneo e a resistência dos glóbulos vermelhos à fragmentação oxidativa. "Verificámos que algumas variedades de morangos tornam os eritrócitos [glóbulos vermelhos] mais resistentes ao stress oxidativo. Este facto pode ser de grande importância, se considerarmos que esse fenómeno pode conduzir a doenças graves", explicou o líder do estudo, Maurizio Battino.

A equipa analisa, agora, as variações causadas pela ingestão de quantidades menores de morangos, pois o consumo médio tende a ser uma tigela de 150 ou 200 gramas por dia. "O importante é que façam parte de uma dieta saudável e equilibrada, dentro das cinco porções diárias de frutas e legumes", apontou o cientista.

Os cientistas continuam a analisar diferentes variedades de morangos, já que cada uma tem as suas próprias quantidades e proporções de antioxidantes. Os morangos apresentam grande quantidade de compostos fenólicos, como os flavonóides, que diminuem o stress oxidativo que, para além de ocorrer em situações patológias e fisiológicas, dá-se no confronto entre "tipos reactivos do oxigénio" - em particular, os radicais livres - e as defesas antioxidantes do organismo.
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4ª Conferência Europeia de Saúde Pública Localização: The Bella Centre - Copenhaga Data: 10 de Novembro a 12 de Novembro de 2011

A European Public Health Association (EUPHA), a Association of Schools of Public Health in the European Region (ASPHER) e a Danish Society of Public Health (DSOP) organizam, entre os dias 10 e 12 de Novembro de 2011, a 4ª Conferência Europeia de Saúde Pública, no The Bella Centre, em Copenhaga, subordinada ao tema “Saúde Pública e Bem-estar – Desenvolvimento do Bem-estar e a Saúde”.

Logótipo da conferência

Paralelamente ao evento, decorre a 19º reunião anual da EUHPA, a 33 ª reunião anual da ASPHER e a 5º Dia Anual de Saúde Pública de DSOP.

Consultar Programa [342 Kb]

Mais informações: European Public Health Association

XI Conferência Iberoamericana de Educação em Enfermagem Localização: Coimbra Data: 18 de Setembro a 24 de Setembro de 2011

Resultados da 64ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde
Jornadas de Oncologia do IPO do Porto
Congresso da Área de Pediatria Médica do Hospital Dona Estefânia
Congresso Português de Ressuscitação 2011
Centro de Direitos Humanos lança Curso de Verão em Operações de Paz e Acção Humanitária

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XI Conferência Iberoamericana de Educação em Enfermagem
Localização: Coimbra
Data: 18 de Setembro a 24 de Setembro de 2011

A Associação Latinoamericana de Escolas e Faculdades de Enfermagem (ALADEFE), a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde – Enfermagem, organizam, de 18 a 24 de Setembro de 2011, em Coimbra, a XI Conferência Iberoamericana de Educação em Enfermagem da ALADEFE. Paralelamente, decorre o III Encontro Latinoamerica-Europa.

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O evento tem o objectivo de analisar o ensino da enfermagem no mundo, com particular enfâse no ensino da Enfermagem Iberoamericana e Latinoamérica-Europa. É a primeira vez que esta reunião é organizada em Portugal e a segunda na Europa, pelo que será motivo de promoção de um reforço de intercâmbio nos processos de formação e investigação em enfermagem entre as Instituições do espaço atlântico.

A conferência destina-se a todos os profissionais do ensino de enfermagem, da prática da prestação de cuidados de enfermagem, investigadores em enfermagem e outros profissionais de disciplinas afins, que trabalhem na formação de recursos humanos da saúde e especialmente de enfermagem.

Consulte Programa Provisório online

Mais informações: XI Conferência Iberoamericana de Educação em Enfermagem

Centro de Direitos Humanos lança Curso de Verão em Operações de Paz e Acção Humanitária Localização: Aquartelamento de Sant'Ana - Coimbra Data: 11 de Julho a 15 de Julho de 2011

O Centro de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e a Brigada de Intervenção do Exército Português realizam, entre os dias 11 e 15 de Julho de 2011, no Aquartelamento de Sant’Ana, em Coimbra, o Curso de Verão em Operações de Paz e Acção Humanitária.

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As candidaturas decorrem até ao dia 14 de Junho de 2011 e podem ser efectuadas através do endereço electrónico iusgenti@fd.uc.pt

Consulte o Programa

Mais informações: Centro de Direitos Humanos

Jornadas de Oncologia do IPO do Porto

localização: Hotel Solverde - Espinho
Data: 07 de Julho a 08 de Julho de 2011

O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto) vai realizar, nos dias 7 e 8 de Julho 2011, no Hotel Solverde, em Espinho, as Jornadas de Oncologia.

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No evento serão abordados, entre outros temas:

Carcinoma da mama
Carcinoma da próstata
Carcinoma da laringe
Carcinoma do pâncreas
Carcinoma do colo do útero
Transplante de medula
Referenciação
Comunicações orais e posters

Consulte o Programa

Mais informações: Instituto Português de Oncologia do Porto