quarta-feira, 15 de outubro de 2014

IMM avança no estudo de miopatia centronuclear

Instituto cria plataforma in vitro para testar eficácia de fármacos

2014-09-30
Edgar Gomes
Edgar Gomes
Uma equipa internacional liderada por um investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa descobriu o funcionamento de um gene responsável pelo aparecimento da miopatia centronuclear (CNM), uma doença genética que afeta os músculos esqueléticos (fraqueza muscular), uma condição que atribuída maioritariamente a neonatais e com um mau prognóstico.
A equipa liderada por Edgar Gomes do IMM, descobriu o funcionamento de um (BIN1) dos quatro genes que apresentam mutações nesta patologia, uma descoberta possível através do desenvolvimento de um sistema celular simples no qual se conseguiu replicar a doença em cultura celular (in vitro) e através do qual se reverteram os sintomas celulares da doença.

Sobre a miopatia centronuclear
A miopatia centronuclear (CNM) é uma doença rara, com cerca de 50 famílias afectadas de acordo com dados descritos na literatura científica. Trata-se de uma doença neuromuscular hereditária e a sua incidência está estimada em 0,06/1000 neonatais com um prognóstico de morte entre três semanas a seis meses após o nascimento.
Para o investigador do IMM este resultado é um passo gigantesco na compreensão da CNM já que o estudo irá permitir que se encontre de forma mais rápida fármacos que sejam eficazes no tratamento desta condição clínica.

Os resultados deste trabalho de investigação descrevem um novo sistema in vitro para o estudo das perturbações musculares. Foi encontrada numa nova proteína regulada pelo gene BIN1 (N-WASP), importante para o posicionamento nuclear e organização tríade.

Foi ainda descoberta que a distribuição do N-WASP se encontra interrompida nas fibras músculo-esqueléticas de doentes com CNM e distrofia miotónica. Além disso, foi demonstrado que a ativação de N-WASP pode reverter as caraterísticas patológicas da CNM in vitro.

“O nosso estudo sugere que a activação de N-WASP pelo BIN1 pode ser uma nova abordagem terapêutica para o tratamento de CNM e outras condições musculares. Além disso, o sistema in vitro que descrevemos neste trabalho permite providenciar uma plataforma para a triagem de potenciais fármacos para melhorar ou tratar alterações musculares”, sublinha Edgar Gomes

Doença dos pezinhos exige
novas estratégias diagnósticas

2014-10-05
Luís Maia
Luís Maia
A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), também conhecida como a “Doença dos pezinhos” foi descoberta nos anos 40 por Corino de Andrade. Esta doença genética resulta de uma mutação no gene de uma proteína, a transterritina (TTR), que é produzida maioritariamente pelo fígado. A TTR mutada tem predisposição para se depositar em vários tecidos do organismo, condicionando especialmente sintomas e sinais de uma polineuropatia sensitiva, autonómica e posteriormente motora progressiva e altamente incapacitante
Trata-se de uma doença devastadora que levava à morte em cerca de dez anos após o início dos primeiros sintomas. Nos anos 90, de forma a erradicar a proteína mutante do sangue dos doentes, o transplante hepático foi introduzido no tratamento da doença.

A história da doença modificou-se radicalmente e os doentes ganharam não só qualidade de vida como tiveram também um aumento expressivo da sua esperança de vida. Surgiram, no entanto, algumas complicações como a amiloidose ocular e cardíaca.

Num recente trabalho realizado no Hospital de Santo António no Porto em colaboração com o IPATIMUP, Luís Maia e os restantes autores do mesmo, publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, identificaram pela primeira vez em doentes transplantados por PAF sintomas e sinais que traduzem envolvimento do sistema nervoso central nesta doença.

Esta doença genética resulta de uma mutação no gene de uma proteína
Esta doença genética resulta de uma mutação no gene de uma proteína
Os dados clínicos, radiológicos e neuropatológicos que reuniram sugerem que este novo fenótipo clínico se deve, provavelmente, à deposição de TTR nos vasos sanguíneos cerebrais (Angiopatia Amilóide Cerebral), até aqui tida como assintomática nestes doentes.

Os autores consideram que o transplante hepático não previne a progressão da amiloidose cerebral pela TTR porque não interfere com a produção da TTR mutada pelos plexos coroideus (a fonte de TTR para o cérebro). O envolvimento cerebral desta doença apesar do transplante hepático torna imperioso o desenvolvimento de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas para estes doentes.

Consumo crónico de melatonina
combate a obesidade e a diabetes

Facto é demonstrado por experiências com ratos Zucker

2014-10-05
Ahmad Agil, do departamento de Farmacologia da UGR, e a sua equipa de investigação
Ahmad Agil, do departamento de Farmacologia da UGR, e a sua equipa de investigação
Cientistas da Universidade de Granada, em colaboração com o Hospital Universitário La Paz, em Madrid e a Universidade do Texas (San Antonio, EUA), demonstraram com várias experiências com ratos Zucker obesos diabéticos que o consumo crónico de melatonina ajuda a combater obesidade e diabetes mellitus tipo 2.
A investigação revelou que a administração crónica de melatonina em jovens ratos obesos com diabetes mellitus tipo 2, semelhante à humana melhora a disfunção mitocondrial (ou seja, as funções homeostáticas mitocondriais) de forma muito eficiente, uma vez que é capaz de melhorar o gás oxigénio, reduz os níveis de tensão de radicais livres e evita a destruição da membrana mitocondrial.

Estes resultados, publicados na última edição do Journal of Pineal Research, confirmam estudos semelhantes destes pesquisadores nos últimos três anos.

 Ratos obesos diabéticos Zucker
Ratos obesos diabéticos Zucker
Este trabalho foi realizado por uma equipa multidisciplinar com base no Departamento de Farmacologia e Instituto de Neurociências da Universidade de Granada, liderada por Ahmad Agil, em colaboração com Gumersindo Fernandez do Serviço de Endocrinologia e Nutrição do Hospital Universitário La Paz, em Madrid, e Rusell Reiter, do Departamento de Biologia Estrutural da Universidade do Texas em San Antonio (Estados Unidos).

Como explicou Ahmad Agil, são cada vez mais freqüentes problemas de peso e diabetes tipo II em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, como resultado de uma má adaptação do genoma humano ao ambiente actual, do sedentarismo, do aumento de alimentos de alto teor calórico e exposição excessiva à luz artificial, o que reduz os níveis endógenos de melatonina.

Na obesidade, as mitocôndrias (cenrais energéticas celulares) não funcionam correctamente (desequilíbrio homeostático) e a sua destruição programada está acelerada (apoptose). Isso induz a resistência à insulina e subsequente desenvolvimento de diabetes mellitus.

Muitas pessoas têm o hábito de dormir com a televisão ligada
Muitas pessoas têm o hábito de dormir com a televisão ligada
Há que dormir às escuras

A melatonina "é uma substância natural presente na própria natureza, desde plantas aos animais, incluindo seres humanos, e funciona como um sinal hormonal libertado durante a noite para entronizar ritmos circadianos", destaca Ahmad Agil.

Actualmente este é processo interrompido muitas vezes por causa da exposição excessiva à luz artificial durante a noite, o que reduz os níveis de melatonina endógena, uma vez que são muitas as pessoas com o hábito de dormir com a televisão ou o computador ligados, as persianas abertas ou lâmpadas acesas. "Portanto, para evitar interferência na produção de melatonina é importante tentar dormir no escuro completamente", diz Agil.

Café e chá são ricos em melatonina
Café e chá são ricos em melatonina
A melatonina é um potente antioxidante e anti-inflamatórias propriedades que estão na base do seu efeito protector metabólico. "A melatonina é especialmente abundante em alimentos de origem vegetal, tais como especiarias, ervas, chá, café, nozes e sementes, frutas e legumes ou hortaliças. Esta especial riqueza en melatonina contribui para os efeitos salutares desses grupos de alimentos ", diz o professor da UGR. 

Jogos interactivos auxiliam vítimas de AVC

2014-10-08
 
Arrastar uma bola de luz, apanhar maçãs, ou bolas de sabão. Estas são algumas das opções do ExerGames, um projecto desenvolvido pela Fraunhofer Portugal que recorre a multisensores e jogos interactivos para auxiliar a reabilitação física de doentes. O projecto é dirigido a doentes com necessidade de regeneração da função motora como, por exemplo, vítimas de acidentes vasculares cerebrais ou algum tipo de paralisia dos membros superiores.
Através de actividades lúdicas, o ExerGames utiliza exercícios de reabilitação física para recuperar a mobilidade e flexibilidade dos membros superiores, incluindo as mãos. Este projecto tem vindo a ser desenvolvido em colaboração com os fisioterapeutas do CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia e testado nos utentes do centro.

O desenvolvimento destes jogos interactivos incentiva os utilizadores a realizar, de uma forma lúdica e agradável, movimentos que normalmente são encarados como repetitivos e desmotivantes. Através da utilização de sensores comercialmente disponíveis, incluindo smartphones, todos os movimentos podem ser monitorizados e registados para posterior análise e processamento.

Quedas são uma ocorrência frequente na população envelhecida
Quedas são uma ocorrência frequente na população envelhecida
O projecto prevê, num futuro próximo, passar a incluir funcionalidades mais direccionadas à população sénior em risco de sofrer uma queda. Estas novas funcionalidades passarão por exercícios interactivos que estimulem a mobilidade dos membros inferiores, aumento da força muscular, treino da manutenção e recuperação do equilíbrio, melhoria do tempo de reacção.

Ciente de que as quedas são uma ocorrência frequente na população envelhecida e causa de ferimentos, insegurança e declínio da qualidade de vida, a Fraunhofer Portugal tem vindo a especializar-se nesta área, nomeadamente através da criação de um centro de competências, o “Fall Competence Center”. Este será assim mais um complemento às soluções de detecção de quedas e avaliação do risco de queda. 

Cientista Português identifica mecanismo que evita
o suicídio celular e um potencial alvo contra o cancro

Estudo foi publicado hoje na revista Developmental Cell



Um grupo de cientistas a trabalhar no Reino Unido e colaboradores na Alemanha identificaram uma proteína, chamada Schnurri, que evita a apoptose, ou suicídio programado, de células epiteliais. Esta proteína existe também em humanos, pelo que a investigação tem implicações para muitas doenças causadas pela falha na eliminação de células defeituosas do organismo, como é também o caso do cancro.

Jorge Beira, principal autor do estudo, terminou recentemente o doutoramento na University College London e no Instituto Nacional de Investigação Médica do Reino Unido (National Institute for Medical Research (NIMR), Medical Research Council (MRC)), no laboratório de Jean-Paul Vincent.

Os autores do artigo científico explicam que “muitos órgãos são formados por tecidos epiteliais, constituídos por camadas de células que são aderentes às que as rodeiam. Este tipo de células delimita o exterior de muitos órgãos ou cavidades do nosso organismo, como a pele ou várias glândulas. Normalmente estas células protegem o organismo do exterior, mas muitos tumores têm origem na desregulacao da função deste tipo de células. Quando algumas destas células se libertam da camada onde funcionam, é activado um sinal de stress celular, chamado JNK, que leva a que estas células soltas sejam eliminadas por apoptose, uma forma controlada de suicídio celular”.

E assinalam: “Este mesmo sinal de stress celular é necessário para que a migração de algumas células decorra normalmente, como por exemplo durante o movimento que aproxima duas camadas epiteliais durante o desenvolvimento embrionário. Numa situação normal, quando os tecidos tomam a sua forma característica, o sinal “JNK” não leva ao suicídio celular. Esta observação sugeriu que deveria existir um mecanismo de protecção, para evitar a morte destas células que normalmente precisam de migrar”.

Neste estudo, os investigadores mostraram que, no embrião da mosca da fruta, este mecanismo protector da morte celular depende da função de uma proteína chamada Schnurri, que também existe em humanos.

Os investigadores do NIMR, em Londres, colaboraram também com outras equipas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) e da Universidade de Freiburg, na Alemanha. Foi utilizada uma combinação de técnicas genéticas e moleculares para decifrar a regulação de um gene chamado reaper, que é importante na regulação do suicídio celular.

A caracterização de embriões mutantes de moscas da fruta, que não tinham a proteína Schnurri, permitiu compreender que tanto JNK como Schnurri são directamente responsáveis pela regulação do gene reaper que leva à morte das células.

Proteína Schnurri
De acordo com um novo estudo, uma proteína chamada Schnurri, que evita que células epiteliais sejam eliminadas por apoptose (ou morte celular programada), pode ser um potencial alvo para tratar doenças que são causadas por falhas na eliminação de células defeituosas.

A proteína foi identificada num estudo realizado em Drosophila melanogaster (ou mosca da fruta), que tem sido estudada por biólogos do desenvolvimento e geneticistas ha mais de um século. No entanto, esta proteína existe também em humanos, o que indica que estas descobertas podem ser um ponto de partida para estudar a sua função em doenças humanas.
Utilizando técnicas inovadoras de imagiologia 3D, descobriram também que, na ausência da protecção de Schnurri, as células que activam o sinal de stress são excessivamente eliminadas por apoptose.

Beira e Vincent afirmam: “Como Schnurri está também presente em células humanas, o nosso trabalho pode também ser relevante para muitas doenças que são causadas por falhas na eliminação controlada de células defeituosas, incluindo o cancro”. Por exemplo, é possível que a excessiva actividade protectora de Schnurri possa permitir a sobrevivência de células defeituosas que seriam normalmente eliminadas.

“Como primeiro passo para testar esta possibilidade, será importante determinar se Schnurri também tem uma função protectora em ratinhos. O nosso estudo mostra como organismos simples e com manipulação genética mais facilitada, como a mosca da fruta, podem ser utilizados para decifrar interacções genéticas bastante complexas. Desta forma é possível compreender mecanismos que abrem portas à investigação mais direccionada em organismos de maior complexidade", assinalam.

O artigo, intitulado “The Dpp/TGFb-Dependent Corepressor Schnurri Protects Epithelial Cells from JNK-Induced Apoptosis in Drosophila Embryos”, foi publicado online na revista científica Developmental Cell. O sumário pode ser lido aqui

Jorge V. Beira
Jorge V. Beira, principal autor do estudo, é natural de Évora e estudou Engenharia Biomédica no Instituto Superior Técnico e Faculdade de Medicina de Lisboa. Terminou recentemente o doutoramento em Biologia do Desenvolvimento e Células Estaminais na University College London e no National Institute for Medical Research, Reino Unido, tendo sido seleccionado para um programa de doutoramento Wellcome Trust. O projecto actual de investigação procura integrar a biologia do desenvolvimento com epigenética.
    

Pistas para a neutralização do HIV

O cientista português Fernando Garcês Ferreira é o primeiro autor de um artigo publicado ontem na revista Cell em que se levanta a questão da evolução dos anticorpos uma vez dada uma vacina contra o HIV. O estudo foi efectuado por investigadores do Scripps Research Institute, da Florida.
O estudo revela haver uma evolução muito mais diversificada (em termos do que é que os anticorpos vão reconhecer no virus) do que se esperava. Tal significa,que esta evolução vai ter de ser observada e controlada para se ter a certeza de que os anticorpos são capazes de neutralizar o vírus.

Salienta o cientista português: «O HIV-1 é o vírus mais sofisticado e mais complexo que existe. Tem tantas formas de escapar à acçāo do sistema imunitário que os princípios em que se baseiam outras vacinas para outros vírus não se aplicam neste caso. O HIV tem uma taxa de mutação super alta o que dificulta o desenvolvimento de anticorpos que possam adaptar-se a variação do vírus em tempo real».

Em que consiste este estudo agora publicado? «Neste artigo nós explicamos essa caça entre o gato e o rato (sistema imunitário versus vírus) e como esta família de anticorpos consegue desenvolver diferentes estratégias para cobrir todas as estratégias do vírus para fugir ao sistema imunitário»,explica Fernando Garcês Ferreira.

Salienta: «Tudo isto se traduz no mapeamento dos componentes mais importantes do epitope (um antigénio que é reconhecido pelo sistema imunitário) a cada etapa de desenvolvimento dos anticorpos».

O pesquisador português salienta ainda: « E isto é extremamente importante. E' verdade os anticorpos evoluem por afinidade. Correcto. Mas neste caso é frequente que isso leve os anticorpos a um beco sem saída, pois o vírus já mutou e já é diferente e também já e demasiado tarde para o sistema imunitário produzir mais anticorpos porque a infecção deste vírus é extremamente rápida»

Perante este quadro os cientistas sugerem: « Assim, nós propomos que a vacinação seja um processo teleguiado, com pequenas variações do imunogénio de forma a guiar a evolução dos anticorpos de uma forma rápida e eficaz para que possam neutralizar o vírus».

Fundação Champalimaud e governo do Rajastão
investem em clínica para o cancro

Ficará implantada num terreno com 35.000 m2

2014-10-12
 
 
A Fundação Champalimaud estabeleceu uma parceria com o Governo do Rajastão, na Índia, para a criação de um Centro inovador dedicado ao tratamento e investigação do cancro. Este Centro será financiado pelo Governo do Rajastão e contará com todo o apoio técnico e científico da Fundação Champalimaud.
Implantado num terreno com 35.000 m2, será dotado dos mais avançados equipamentos para tratamento de doenças oncológicas, a custo acessível.

Rajastão é o maior Estado da Índia em área
Rajastão é o maior Estado da Índia em área
Entre esses equipamentos estão incluídas as mais recentes soluções de radioterapia, nas quais o Centro Clínico Champalimaud é pioneiro.

O acordo entre a Fundação e o governo do Rajastão foi assinado na capital do Estado, Jaipur, na presença da chefe do Governo, Vasundhara Raje, e da presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza.



A Fundação Champalimaud irá participar na criação do Centro através de uma colaboração técnica de alto nível e contribuirá com pesquisa no campo do tratamento oncológico.





A ministra-chefe Vasundhara Raje assinou o acordo por parte do Rajastão
A ministra-chefe Vasundhara Raje assinou o acordo por parte do Rajastão
Nesse sentido, a Fundação irá fornecer formação de médicos, enfermeiros e técnicos especializados, apoiar a criação de uma rede de centros no Estado do Rajastão, garantir a implementação de procedimentos clínicos avançados alinhados com os mais recentes progressos e contribuir na investigação clínica.

O cancro é actualmente a segunda maior causa de morte no mundo inteiro, logo a seguir às doenças cardiovasculares. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), foram reportados 12 milhões de novos casos em 2007 e este número deverá subir para 27 milhões até 2030.

Segundo a IARC (agência da OMS especializada em cancro), a doença é agora o “assassino número um” na Índia e as projecções apontam para um aumento de 1,5 vezes até 2030.



Leonor Beleza diz que o acordo é um enorme motivo de orgulho para a Fundação
Leonor Beleza diz que o acordo é um enorme motivo de orgulho para a Fundação
Os pacientes abaixo da linha da pobreza serão tratados de forma gratuita. Este Centro de Cancro, distribuído por cerca de 35.000 m2 de terreno no campus da Rajasthan University of Health Sciences, será único na Índia.

“Esta Instituição aspira a ser um centro de excelência para o tratamento do cancro, promovendo a prevenção, cura, reabilitação e cuidados paliativos”, referiu a chefe do Governo do Rajastão, Vasundhara Raje.

Para Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, “este acordo é um enorme motivo de orgulho para a Fundação porque é um reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido em Lisboa”.