terça-feira, 4 de setembro de 2012

Nova gripe que ataca focas pode ser ameaça para o ser humano

Nova gripe que ataca focas pode ser ameaça para o ser humano Os investigadores acreditam que os pássaros selvagens estão na origem da transmissão 2012-08-01 Pelo menos, 162 focas morreram na costa da Nova Inglaterra (Imagem: Wikipédia) Uma equipa de investigadores da Universidade da Columbia e do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) detectou uma nova estirpe do vírus da gripe – o H3N8 – em focas, na sua maioria bebés. A morte destas crias começou a ser percebida em Setembro passado e até então já, pelo menos, 162 focas morreram na costa da Nova Inglaterra (EUA). Os investigadores detectaram uma variação do vírus Influenza, que tem uma enorme capacidade de mutação e adaptação e defendem que a infecção deve ter acontecido após o contacto com aves contaminadas. Segundo revelam os autores do estudo, publicado na revista «mBio», ainda não está claro o grau de ameaça do novo vírus, mas sabe-se que também afecta outros animais, como morcegos, pássaros, porcos, cães e até mesmo baleias. Outra preocupação é que este tipo de vírus consegue adaptar-se e infectar populações humanas. Os investigadores acreditam que os pássaros selvagens estão na origem da transmissão. Ou seja, são uma fonte primária de todos os vírus influenza A, embora estes possam passar de uma espécie para outra ou até recombinar-se. E, em geral, os resultados são mortais. Recorde-se a gripe suína, provocada pelo H1N1, e que causou o pânico em 2009. A pandemia resultou da combinação de vírus que infectavam suínos, pássaros e humanos. Embora os pássaros possam contaminar os mamíferos, em geral os vírus não são transmitidos entre eles. O novo vírus das focas, porém, conseguiu romper essa barreira e se disseminar também de uma foca para outra. Tal como os vírus mortais, há vários anos, também fizeram. No ano passado, dois grupos de cientistas conseguiram, através de investigações independentes, alterar o vírus da gripe com mutações, facilitando a sua disseminação entre mamíferos. O governo dos EUA decidiu intervir e pediu que as revistas científicas «Science» e «Nature» não publicassem os resultados, alegando que poderiam cair nas mãos de terroristas, que poderiam usar a informação para a produção de armas biológicas.

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