segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Frutose pode estar associada ao aumento de peso

O estudo norte-americano alerta para as consequências nefastas para a saúde do consumo regular de alimentos com frutose que pode levar “a um aumento do risco de doenças cardiovasculares e deposição de lípidos da obesidade”, explica Pedro Graça. O professor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade de Porto comenta o estudo a pedido de Ciência Hoje. A frutose é um açúcar obtido de frutas, mel, de alguns cereais e vegetais e do xarope de milho adicionado a alimentos processados. A sua utilização começou a ser feita nos anos 70 no século passado sobretudo em alimentos para diabéticos “porque a frutose é muito bem absorvida pelo fígado e aparentemente estimula muito menos a produção de insulina em relação a outros açúcares”, adianta o também nutricionista. O estudo dirigido por Carroll Kathleen da Universidade de Yale (Estado Unidos da América), e publicado no The Journal of The American Association (JAMA), alerta agora para a possibilidade da frutose aumentar o apetite porque o seu consumo reduz os níveis de sangue na região do cérebro (hipotálamo) que regula a sensação de saciedade. Pedro Graça comenta que “o efeito da frutose no apetite é controverso. Há alguns estudos que têm dito que a ingestão da frutose por si só reduz a ingestão dos alimentos. Contudo, a frutose misturada com uma refeição mais complexa provém menos saciedade e a pessoa continua a comer mais do que seria necessário”. A comunidade científica começa assim a considerar que a frutose pode induzir ao aparecimento de problemas cardíacos, dislipidemias e problemas de obesidade. O professor sublinha contudo que “não há evidências concretas e que o consumo isolado da frutose poderá não causar problemas”. A frutose está presente em sumos de fruta, refrigerantes, algumas pastas, bolos com coberturas cremosas, entre outros produtos.

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