quinta-feira, 12 de abril de 2012

Área da saúde é o motor da cidade de York

Science Park acolhe Tissue Regenix, companhia que desenvolve implantes clínicos

2012-03-22

Por Luísa Marinho (texto e fotos) em Inglaterra


Gillian McNally, da Tissue Regenix

York é um pequeno município no coração do condado de Yorkshire, norte de Inglaterra. Considerada uma das cidades mais bonitas do país pela sua catedral gótica, à volta da qual se erguem ruas medievais, muralhas romanas e pontes da revolução industrial, foi já a urbe mais importante de Inglaterra, tendo lá funcionado a sede dos caminhos de ferro britânicos, durante o século XIX.

Hoje é uma das cidades com melhor qualidade de vida, que aposta no desenvolvimento do conhecimento, sendo a Universidade e a os serviços ligados à área da saúde os motores da região. A convite da UK Trade & Investment e da câmara municipal, o «Ciência Hoje» foi visitar o Science Park, situado no campus da Universidade de York.


Composto por várias empresas, o York Science Park é um complexo moderno e dinâmico que promove I&D em diversas áreas da ciência e tecnologia. Alberga mais de 50 companhias, entre centros de desenvolvimento de tecnologia e de apoio à inovação.

No Tissue Regenix, Antony Odell e Gillian McNally fizeram as honras da casa. Odell esclareceu que a companhia não faz propriamente investigação, mas sim desenvolvimento. “Queremos transformar os resultados das pesquisas em produtos de mercado”, sublinha. Assumindo a sua vertente de mercado, afirma que não “vale a pena gastar milhões para fazer algo que só vai servir quatro pessoas, pois não tem sentido económico”.

A empresa desenvolve “componentes clínicos”, implantes diversos (ortopédicos, para o sistema cardiovascular, entre outros) que têm de ser uma “solução a longo prazo” para quem os vai receber. “A regeneração é feita in vivo e com as células do próprio paciente”, sublinha.

Assim, quando um implante entra do corpo “é preenchido com as células do próprio paciente e 'cresce' com ele, ficando completamente integrado no seu corpo”, ao contrário do que acontece com outros implantes sintéticos ou que têm tratamentos químicos.

As parcerias para investigação incluem actualmente o Institute of Medical and Biological Engineering (IMBE), da Universidade de Leeds e laboratórios ligados à Universidade de Curitiba, no Brasil. Recentemente, o IMBE foi premiado com o «Royal Seal of Approval», o maior galardão que pode ser atribuído a uma instituição académica inglesa.

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