quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cirurgias para o século XXI

Brandon Medical desenvolve sistemas digitais integrados
para sala de operações

2012-03-12

Por Luísa Marinho, em Leeds (texto e fotografias)




Graeme Hall na 'sala de operações' da Brandon Medical
Yorkshire, no norte de Inglaterra, tem-se destacado nos últimos anos por um acentuado desenvolvimento no sector da saúde. A convite do departamento governamental UK Trade & Investment, o «Ciência Hoje» viajou até ao histórico condado britânico onde visitou algumas das companhias mais inovadoras neste sector.

O roteiro do primeiro dia, por Leeds, foi organizado pela Medilink, empresa privada de parcerias que promove negócios ligados às tecnologias para a saúde. Com um trabalho desenvolvido principalmente na áreas da iluminação, a Brandon Medical foi a primeira a ser visitada.


Graeme Hall, um dos directores, explicou que a empresa conta já com mais de seis décadas de trabalho naquela cidade, tendo sido adquirida por ele e o seu pai em 1993. Nos últimos anos, tem-se dedicado à investigação e desenvolvimento de sistemas digitais integrados para sala de operações e de luzes para cirurgia mais eficazes.

Além da “mais eficientes a nível energético”, explica Graeme Hall, “os LED-HD reduzem o stress nos olhos dos cirurgiões”. Esta tecnologia não se traduz em mais potência de iluminação, mas antes numa melhor definição e diferenciação das cores.

“Quando um cirurgião está a operar um cancro, por exemplo, deve conseguir diferenciar perfeitamente o tumor do que está à volta”, explica. Podendo ser utilizadas para melhor “ressaltar as cores conforme as necessidades, estas luzes proporcionam um maior controlo”.

Na visita pelas instalações não se pode deixar de referir a 'sala de operações' que serve como demonstração da tecnologia ali desenvolvida, com sistemas audiovisuais integrados que permitem um maior controlo sobre as cirurgias.




Sistema audiovisual integrado
Ao proporcionarem imagens digitais da operação em tempo real, são também úteis “para o apoio exterior a cirurgias, quando o cirurgião é pouco experiente”, por exemplo.

A vertente pedagógica tem aqui também um papel importante. “Antes, os estudantes de medicina iam assistir às cirurgias dentro da sala de operações, a comer e a beber... o que não era muito higiénico”, brinca o gestor. Agora, devido à tecnologia “podem assistir às operações em tempo real numa sala de aulas”.

Além de cartão de visita da empresa, e a título de curiosidade, a sala foi já utilizada pelo canal de televisão BBC para filmagens de cenas de telenovelas ou filmes: “Já aqui houve um 'nascimento' e até uma 'operação a um baleado'”.

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