segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Terapia inovadora evita rejeição de órgãos transplantados Trabalho de Daniela Couto distinguido com prémio da ANJE

aniela Couto, investigadora que está a desenvolver terapias que solucionem os problemas de rejeição de órgãos transplantados, foi recentemente distinguida com o prémio Mulher Empresária na categoria Start, atribuído pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

A licenciada em Engenharia Biomédica, pela Universidade do Minho, é co-fundadora da empresa Cell2B, que recorre a terapias celulares que podem melhorar, ou até salvar, a vida de 175 mil pessoas transplantadas na Europa e nos EUA.

O prémio, que visa reconhecer a inovação das empresas constituídas há menos de um ano, valeu cinco mil euros à engenheira. A Cell2B pretende tratar doentes que apresentam sinais de rejeição após o transplante de medula óssea, mas o objectivo é expandir para diversas áreas.

“Queremos dar resposta a doenças órfãs que afectam um número reduzido da população e para as quais não existem ainda terapias definidas, bem como evitar a rejeição de órgãos como o coração, o fígado ou o rim, que tendem a atingir mais pessoas”, explicou a investigadora que está a terminar o doutoramento em Bioengenharia, no Instituto Superior Técnico (IST), no âmbito do Programa MIT-Portugal.

A tecnologia que está a ser desenvolvida é “a única no mercado” mundial. “Os métodos de tratamento actuais da rejeição após um transplante tentam intervir apenas perante os sintomas, contudo ainda não há uma terapêutica que revele eficácia na cura”, sublinhou Daniela Couto.

A grande dificuldade é respeitar um conjunto de procedimentos de regulação exigentes para, após a sua validação e autorização pelas entidades reguladoras, possibilitar a entrada no mercado europeu.

A terapia inovadora foi desenvolvida no âmbito de um projecto em colaboração entre o Instituto Português de Oncologia de Lisboa e o Laboratório de Bioengenharia em Células Estaminais do IST. Neste projecto participaram dois dos fundadores da Cell2B.

A terapia já foi administrada em sete doentes do IPO de Lisboa, registando resultados muito positivos. O objectivo a médio prazo é conquistar o mercado europeu.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50265&op=all

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