segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sobrevivência das vítimas de cancro oral é inferior a 50% Investigação analisou situação na Região Norte

A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) apresenta os mais recentes dados relativos à sobrevivência no cancro oral na região norte de Portugal.É um trabalho que não reflecte apenas os dados de um só hospital, mas de toda a região. “Estudo de sobrevivência de cancro oral da população do norte de Portugal” é o nome desta investigação da CESPU, em parceria com o RORENO do IPO-Porto e o King’s College, em Londres, que apresenta a sobrevivência tendo em conta os estádios da doença, comparando os tipos de cancro da boca mais relacionados com tabaco ou com infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV).
O estudo levado a cabo pela CESPU revela que a solução para alterar estes números é o diagnóstico das vítimas ainda num estádio inicial da doença e que as campanhas de sensibilização e prevenção, assim como rastreios ou programas de detecção precoce de cancro oral, têm um papel fundamental.

Luís Monteiro, docente da CESPU responsável por este novo estudo, participou já numa investigação anterior que decorreu entre 1998 e 2007, apresentada em 2013, e que concluiu que Portugal é um dos países na Europa com mais casos de cancro do lábio e cavidade oral no sexo masculino.
Desenvolvida também pela CESPU em parceria com o RORENO do IPO-Porto e o King’s College, em Londres, essa investigação concluiu ainda que foram detectados nesse período em Portugal 9623 casos de cancro oral, 7565 em homens e 2058 em mulheres, tendo a patologia aumentado a um ritmo de 4% ao ano nas mulheres. Este crescimento revelou-se sobretudo em zonas da boca relacionadas com o vírus do papiloma humano (HPV), consequência de hábitos sexuais.

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