sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Calcular a pegada de carbono associada à produção do azeite

A produção de azeite constitui um sector agro-industrial relevante na região mediterrânea da Europa. Motivado pelas suas características organolépticas e os seus benefícios para a saúde, o consumo deste produto aumentou mais de 50 por cento nos últimos 20 anos, alcançando um valoro estimado de 1,85 milhões de toneladas em 2009. O Centro para a Valorização de Resíduos (CVR) da Universidade do Minho organiza, amanhã, o seminário nacional de encerramento do projecto «OiLCA - Melhoria da competitividade e redução da pegada de carbono do sector do azeite, mediante a optimização da gestão de resíduos e implementação de uma ecoetiqueta». A sessão inicia às 11h na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, em Mirandela. A iniciativa consiste numa jornada de capacitação da OilcaTool, uma ferramenta que permite calcular a pegada de carbono associada à produção do azeite e que os participantes podem testar. O seminário inclui ainda três comunicações: «Produção de bio-óleos e bio-carvões a partir de subprodutos da indústria do azeite», pela professora Margarida Gonçalves; «Avaliação Ambiental através da Pegada de Carbono: casos de estudo em Portugal (o vinho verde)», pela professora Belmira Neto; e os resultados alcançados nos 27 meses de execução do projecto OiLCA, pela investigadora Bruna Fonseca, do CVR. O azeite do sudoeste da Europa representa 47 por cento da produção mundial. A iniciativa OiLCA envolve o CVR, Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) e quatro centros tecnológicos de França e Espanha, sendo co-financiada pelo FEDER ao abrigo do Programa INTERREG IV B SUDOE. Decorreu de 2011 a 2013 e pretendeu também criar uma ecoetiqueta que garanta o respeito pelas normas ambientais e a indicação da pegada de carbono no processo produtivo. A produção de azeite constitui uma complexa estrutura agro-industrial que compreende actividades muito diversas: cultivo, extracção, refinação e embalagem. Estas actividades apresentam uma grande interacção com o meio ambiente e uma importante pegada de carbono, o que supõe um problema técnico, económico e de imagem, mas que cria oportunidades que poderão constituir uma via de excelência ambiental e empresarial.

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