Braga quer construir travessas de caminho-de-ferro
com resíduos de plásticos mistos
Projecto é coordenado por Conceição Paiva
2014-09-09
Os plásticos mistos são muito promissores para este tipo de aplicações. “Temos protótipos de barras que, do ponto de vista térmico e mecânico, já se adequam a esta utilização. Mas ainda há um conjunto de questões que têm de ser resolvidas até poderem ser aplicadas aos caminhos-de-ferro”, explica Conceição Paiva, investigadora coordenadora do projecto “Travetec”.
O trabalho está a ser desenvolvido no PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da UMinho, em Guimarães, com o financiamento da Sociedade Ponto Verde. Conta com a colaboração do Centro para a Valorização de Resíduos da academia minhota e da empresa Extruplás.
As traves utilizadas nos caminhos-de-ferro são normalmente constituídas de madeira ou betão, sendo que as primeiras devem ser submetidas a tratamentos químicos exigentes e problemáticos em termos ambientais e as segundas são demasiado pesadas, o que limita a sua utilização em determinados locais, como pontes e viadutos. Países como os EUA e a Índia estão já a trabalhar na área. “Não se pretende a substituição total dos produtos utilizados actualmente. No entanto, as traves de madeira serão gradualmente substituídas, sendo necessário encontrar materiais alternativos”, sublinha a professora do Departamento de Engenharia de Polímeros da UMinho.
As traves utilizadas nos caminhos-de-ferro são normalmente constituídas de madeira ou betão, sendo que as primeiras devem ser submetidas a tratamentos químicos exigentes e problemáticos em termos ambientais e as segundas são demasiado pesadas, o que limita a sua utilização em determinados locais, como pontes e viadutos. Países como os EUA e a Índia estão já a trabalhar na área. “Não se pretende a substituição total dos produtos utilizados actualmente. No entanto, as traves de madeira serão gradualmente substituídas, sendo necessário encontrar materiais alternativos”, sublinha a professora do Departamento de Engenharia de Polímeros da UMinho.
Conceição Paiva
Conceição de Jesus Rego Paiva nasceu em 1960, em Ota – Alenquer, Portugal. É licenciada em Química pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (1984) e doutorada em Ciência e Engenharia de Polímeros pela UMinho (1998). É, desde então, professora auxiliar da Escola de Engenharia da UMinho. De 2000 a 2003, foi visiting assistant professor na Universidade Clemson (EUA), onde trabalhou no Centre for Advanced Engineering Fibers and Films. Tem vindo a trabalhar activamente na modificação química e física de superfícies de carbono na forma de fibras ou de nanopartículas, na síntese de materiais baseados em grafeno e grafite exfoliada para aplicações em superfícies e no desenvolvimento de soluções para reciclagem de resíduos de plásticos provenientes dos resíduos sólidos urbanos e da separação selectiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário