Estudo da UMinho avalia efeito de corticosteroides
no desenvolvimento dos bebés prematuros
O objectivo é avaliar o desenvolvimento das estruturas cerebrais mais vulneráveis
2014-07-30
A investigação, realizada por Alexandra Miranda, foi recentemente premiada com a bolsa de doutoramento José de Mello Saúde, de 20 mil euros. A aluna da Escola de Ciências da Saúde da UMinho vai assim dedicar a tese doutoral em Medicina ao tema “Efeito da Corticoterapia Antenatal no Neurodesenvolvimento Fetal
O objectivo é avaliar, através de neurossonografia fetal com ecografia 3D, o desenvolvimento das estruturas cerebrais mais vulneráveis a níveis elevados de glucocorticoides e depois compará-lo com fetos sem exposição a estes fármacos. “Pretendemos encontrar factores de prognóstico para os fetos que irão desenvolver distúrbios cognitivos, afectivos e comportamentais na fase pós-natal e ainda clarificar qual é o perfil de segurança pré-natal”, explica Alexandra Miranda, que realiza o trabalho no ICVS - Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da UMinho e no Hospital de Braga.
“Os bebés prematuros frequentemente apresentam dificuldade respiratória porque os pulmões ainda não se desenvolveram completamente, pelo que os corticoides ajudam a prevenir esta complicação”, diz. O nascimento prematuro (até às 37 semanas de gravidez) é a maior causa de morte neonatal. Administrar a corticoterapia a grávidas em risco de parto pré-termo trouxe grandes melhorias ao reduzir dificuldades respiratórias, hemorragias cerebrais e problemas gastrointestinais.
“Há, contudo, alguma polémica na comunidade científica sobre os efeitos tardios dos corticoides no sistema nervoso central, desde alterações no comportamento a dificuldades na aprendizagem, sem ter ainda havido inequivocamente um substrato anatómico cerebral que justifique estas afirmações”, realça a cientista, que espera ter conclusões preliminares a médio prazo.
Alexandra Miranda tem 28 anos e é natural do Porto. Fez o mestrado integrado em Medicina na UMinho, onde é atualmente doutoranda em Medicina, investigadora do ICVS e professora convidada da Escola de Ciências da Saúde. Está também a realizar o internato médico (3º ano) na especialidade de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Braga.
“Há, contudo, alguma polémica na comunidade científica sobre os efeitos tardios dos corticoides no sistema nervoso central, desde alterações no comportamento a dificuldades na aprendizagem, sem ter ainda havido inequivocamente um substrato anatómico cerebral que justifique estas afirmações”, realça a cientista, que espera ter conclusões preliminares a médio prazo.
Alexandra Miranda tem 28 anos e é natural do Porto. Fez o mestrado integrado em Medicina na UMinho, onde é atualmente doutoranda em Medicina, investigadora do ICVS e professora convidada da Escola de Ciências da Saúde. Está também a realizar o internato médico (3º ano) na especialidade de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Braga.
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