quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Universidade de Coimbra no topo
da imagiologia molecular mundial

Distinguido estudo sobre neurotransmissor responsável
pelas manifestações cognitivas da neurofibromatose

2014-09-26
Miguel Castelo Branco
Miguel Castelo Branco
Um estudo que identificou, em humanos, o neurotransmissor responsável pelas manifestações cognitivas da neurofibromatose, doença genética comum associada a dificuldades de aprendizagem, desenvolvido por uma equipa multidisciplinar do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde – ICNAS, do Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem – IBILI e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), acaba de ser distinguido no Congresso Mundial de Imagem Molecular (World Molecular Imaging Congress), que decorreu em Seoul, na Coreia.
Dos mil estudos apresentados no mais importante congresso de imagem molecular, o trabalho desenvolvido pela equipa de Coimbra foi considerado um dos três melhores, a par com as universidades de Stanford (EUA) e Tuebingen (Alemanha).

O trabalho, que tem como primeira autora a investigadora Inês Violante, faz parte de um estudo mais vasto intitulado “Das moléculas ao homem: novas ferramentas de diagnóstico por imagem em distúrbios neurológicos e psiquiátricos”, coordenado pelo neurocientista Miguel Castelo Branco.

Inês Violante (imagem Facebook)
Inês Violante (imagem Facebook)
Ao anunciar a decisão, ou júri destacou a novidade e inovação da pesquisa que «combinou um complexo conjunto de técnicas e métodos existentes no ICNAS, desde o Ciclotrão até à imagem PET (tomografia por emissão de positrões) e Ressonância magnética, aplicados à investigação clínica numa doença neurológica humana, a neurofibromatose. Esta combinação representou um enorme desafio», explica Miguel Castelo-Branco.

Ao «entender como se comporta o neurotransmissor responsável por esta doença actualmente sem cura e muito associada ao atraso escolar, é agora possível desenvolver alvos terapêuticos para combater a patologia», sublinha o também docente da UC.

Com um orçamento global de um milhão de euros, financiado em grande parte pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a investigação iniciou-se em 2009 e reúne vários ramos do conhecimento (medicina, bioquímica, matemática, psicologia e engenharia).

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