quarta-feira, 15 de outubro de 2014

IDIS e INL investigam em conjunto para melhorar
diagnóstico oncológico e neurológico

Projecto foi apresentado hoje em Braga

2014-06-27
Durante a apresentação do InveNNta hoje em Braga
Durante a apresentação do InveNNta hoje em Braga
O Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago de Compostela (IDIS) e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) estão a desenvolver cinco linhas de investigação centradas no diagnóstico oncológico, neurológico e em novas terapias contra o cancro. Um orçamento de quase 3 milhões de euros financia o projecto conjunto: InveNNta – Inovação em nanomedicina para o desenvolvimento sócio-económico da euro-região Galiza-Norte de Portugal.
O projecto InveNNta – Inovação em nanomedicina para o desenvolvimento sócio-económico da euro-região Galiza-Norte de Portugal. Trata-se de um ambicioso programa, que está a ser levado a cabo pelo Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago (IDIS) e pelo Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, e que pretende dar resposta a necessidades médicas por resolver nas áreas da neurologia, cancro e dos novos modelos assistenciais.

Para além de uma significativa redução dos custos com os cuidados de saúde, o objectivo é gerar novos produtos e tecnologias, capazes de promover o emprego qualificado e a criação de Empresas de Base Tecnológica (EBTs), no espaço transfronteiriço Galiza-Norte de Portugal. O projeto visa transformar a região numa referência para a investigação em nanomedicina, capaz de liderar iniciativas empreendedoras, e de competir na linha da frente, a nível internacional.

O projecto é suportado por um orçamento global de 2.811.911€ e é co-financiado pelo Fundo Estrutural de Desenvolvimento Regional (FEDER) da União Europeia, ao abrigo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP). Mais de 30 investigadores, 12 deles contratados no âmbito do projecto, tornam possível o desenvolvimento deste projecto.

Paulo Freitas, director-geral adjunto do INL
Paulo Freitas, director-geral adjunto do INL
O InveNNta arrancou em Setembro do ano passado e prolonga-se até Junho de 2015, momento em que está prevista a apresentação de resultados.

Objectivos e linhas de investigação


InveNNta compreende o arranque de cinco projectos de investigação em três áreas concretas: diagnóstico oncológico, técnicas de diagnóstico para neurologia e novas terapias contra o cancro. Os trabalhos estão a ser desenvolvidos de acordo com os objectivos estratégicos definidos, e estão direccionados para o lançamento das bases para criação de uma rede de inovação em nanomedicina.

O desenvolvimento de sistemas de diagnóstico até à fase de protótipo, com aplicações na luta contra o cancro e doenças neurológicas, com o propósito de atenuar os custos os cuidados de saúde e de dependência, é outro dos objectivos que o InveNNta persegue. Entre os objectivos do projecto destaca-se também o desenvolvimento de sistemas de seguimento in vivo de células chave para o diagnóstico e tratamento de doenças complexas, com o fim de obter novos agentes de controlo por imagem de ressonância magnética (IRM).

A transferência de tecnologia e a atracção do investimento da indústria também fazem parte dos desafios imediatos dos parceiros impulsionadores do projecto InveNNta, de forma a apresentar candidaturas conjuntas nos concursos, a lançar no âmbito do Horizonte 2020 – programa-quadro de investigação e inovação da União Europeia.

José Castillo Sánchez, director científico do IDIS, e José Rivas, director-geral do INL
José Castillo Sánchez, director científico do IDIS, e José Rivas, director-geral do INL
Novas oportunidades nas ciências da saúde


A nantecnologia aplicada à medicina oferece soluções onde os fármacos convencionais atingiram o seus limites, e permite vislumbrar a possibilidade de cura a partir do próprio corpo e ao nível celular ou molecular. A nanomedicina é uma das vertentes mais promissoras dentro dos novos avanços tecnológicos registados na medicina, e lança-a para uma nova era científica e assistencial. O desenvolvimento da nanomedicina visa melhorar a qualidade do serviço prestado ao paciente e permite caminhar para uma tecnologia de saúde mais personalizada, com de custos sustentáveis, oferecendo produtos competitivos e de elevado valor acrescentado.

A monitorização em alta definição, a reparação de tecidos, o controlo exaustivo da evolução das doenças, a defesa e melhoria dos sistemas biológicos humanos; o diagnóstico precoce, e a prevenção ou tratamento individualizados são alguns dos avanços científicos que o vasto campo da nanomedicina torna possíveis.

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