Doença dos pezinhos exige
novas estratégias diagnósticas
2014-10-05
Trata-se de uma doença devastadora que levava à morte em cerca de dez anos após o início dos primeiros sintomas. Nos anos 90, de forma a erradicar a proteína mutante do sangue dos doentes, o transplante hepático foi introduzido no tratamento da doença.
A história da doença modificou-se radicalmente e os doentes ganharam não só qualidade de vida como tiveram também um aumento expressivo da sua esperança de vida. Surgiram, no entanto, algumas complicações como a amiloidose ocular e cardíaca.
Num recente trabalho realizado no Hospital de Santo António no Porto em colaboração com o IPATIMUP, Luís Maia e os restantes autores do mesmo, publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, identificaram pela primeira vez em doentes transplantados por PAF sintomas e sinais que traduzem envolvimento do sistema nervoso central nesta doença.
Os dados clínicos, radiológicos e neuropatológicos que reuniram sugerem que este novo fenótipo clínico se deve, provavelmente, à deposição de TTR nos vasos sanguíneos cerebrais (Angiopatia Amilóide Cerebral), até aqui tida como assintomática nestes doentes.
Os autores consideram que o transplante hepático não previne a progressão da amiloidose cerebral pela TTR porque não interfere com a produção da TTR mutada pelos plexos coroideus (a fonte de TTR para o cérebro). O envolvimento cerebral desta doença apesar do transplante hepático torna imperioso o desenvolvimento de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas para estes doentes.
A história da doença modificou-se radicalmente e os doentes ganharam não só qualidade de vida como tiveram também um aumento expressivo da sua esperança de vida. Surgiram, no entanto, algumas complicações como a amiloidose ocular e cardíaca.
Num recente trabalho realizado no Hospital de Santo António no Porto em colaboração com o IPATIMUP, Luís Maia e os restantes autores do mesmo, publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, identificaram pela primeira vez em doentes transplantados por PAF sintomas e sinais que traduzem envolvimento do sistema nervoso central nesta doença.
Os autores consideram que o transplante hepático não previne a progressão da amiloidose cerebral pela TTR porque não interfere com a produção da TTR mutada pelos plexos coroideus (a fonte de TTR para o cérebro). O envolvimento cerebral desta doença apesar do transplante hepático torna imperioso o desenvolvimento de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas para estes doentes.
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