terça-feira, 7 de junho de 2011

Caril dá uma "ajuda" na quimioterapia Curcumina é a substância que torna tratamento menos tóxico

Uma das substâncias do caril, a curcumina, pode ajudar pessoas submetidas a quimioterapia para cancro da cabeça e pescoço, diminuindo as doses de cisplatina administradas, revela um estudo publicado na revista "Archives of Otolaryngology".

Investigadores da Escola Médica da Universidade do Michigan, nos EUA, adicionaram um composto à base de curcumina (FLLL32) às linhas de células de laboratório de cancros da cabeça e pescoço, reduzindo assim a dose de cisplatina utilizada na quimioterapia, sendo que a eficácia do tratamento manteve-se.

Thomas Carey, autor principal do estudo e co-director do programa de oncologia de cabeça e pescoço do Comprehensive Cancer Center, explicou que "quando as células se tornam resistentes à cisplatina é necessário aumentar as doses". Acrescentou que, "no entanto, essas drogas são tão tóxicas que os pacientes que sobrevivem ao tratamento acabam por sofrer efeitos secundários a longo prazo".

O médico acredita que o seu estudo pode possibilitar o uso de doses mais baixas e menos tóxicas de cisplatina, atingindo resultados iguais ou melhores na eliminação de tumores, sem tantos riscos para os pacientes.

A principal razão que faz com que os tratamentos de cancro da cabeça e pescoço falhem é o facto de as células cancerígenas se tornarem resistentes à quimioterapia, o que acaba por fazer com que a doença regresse ou se propague, sendo o tempo estimado de esperança de vida para estes pacientes de cinco anos.

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