sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estudo relaciona Parkinson e melanoma Trabalhos anteriores não eram conclusivos face a esta ligação 2011-06-13

Um estudo publicado na revista “Neurology”, resultante da análise de vários trabalhos, revelou que as pessoas com doença de Parkinson têm um risco significativamente maior de desenvolver melanoma, o tipo mais perigoso e letal de cancro da pele.

Segundo Honglei Chen, cientista do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental dos EUA e líder desta investigação, os estudos anteriormente realizados para relacionar ambas as doenças “não foram conclusivos”. Dadas estas incertezas, o grupo de cientistas quis explorar um grupo maior de estudos para verificar se a relação entre as patologias seria consistente.
A investigação baseou-se em 12 estudos, realizados entre 1965 e 2010, que analisavam a possível associação entre a doença de Parkinson e o melanoma. Na maioria das conclusões, o número de pacientes que sofria de Parkinson e de melanoma, ao mesmo tempo, não ultrapassava os dez casos, mas a análise global põe claramente em evidência a existência de uma relação entre as duas doenças.

O novo estudo verificou que os homens com a doença de Parkinson tinham o dobro da probabilidade de apresentar melanoma, em comparação com o restante da população, enquanto as mulheres na mesma situação foram 1,5 vezes mais propensas. Não foi encontrada, porém, uma relação clara entre Parkinson e cancro da pele do tipo não-melanoma.

"Os pacientes que sofrem de Parkinson têm em geral menos riscos de contrair um cancro, em particular os relacionados com o tabagismo, mas podem ter um risco maior de melanoma", resumiu Honglei Chen, acrescentando que "uma das explicações possíveis para esta relação entre Parkinson e melanoma é que as duas doenças podem ter em comum factores de risco genéticos ou ambientais”. O investigador sublinhou também que, “no entanto, o conhecimento desta ligação é muito preliminar”.

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