quarta-feira, 1 de junho de 2011

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde começa a funcionar em 2014

Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto, e Carlos Lage, presidente da CCDR-N
Com a assinatura de um protocolo de co-financiamento deu-se hoje “um passo decisivo” para a concretização do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde - I3S. Envolvendo os institutos IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto), INEB (Instituto de Engenharia Biomédica) e IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular), bem como a Universidade do Porto e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), o consórcio beneficia de fundos comunitários para a construção do seu futuro edifício.

Carlos Lage, presidente da CCDR-N e o reitor da Universidade do Porto (UP) José Marques dos Santos foram os protagonistas da assinatura.


O reitor da UP acredita que em 2014, o edifício do I3S será inaugurado já com todas as suas valências e pronto a funcionar. Com esta assinatura ficam garantidos 17,2 milhões de euros de apoio à construção e instalação do edifício.

Nele vão trabalhar 280 doutorados (60 por cento dos quais se dedicarão exclusivamente à investigação), 250 bolseiros, 100 técnicos e diverso pessoal administrativo.

Carlos Lage acredita que, agora, “o I3S é mais do que um projecto, é uma realização em marcha”, que só foi possível devido ao empenho, em 2007, dos directores dos institutos envolvidos: Mário Barbosa (INEB), Alexandre Quintanilha (IBMC) e Sobrinho Simões (IPATIMUP).

O projecto, que vai assumir-se como uma nova unidade orgânica da Universidade do Porto, foi “acarinhado a nível central, mas foi realizado a nível regional, o que prova que podem ser tomadas resoluções a este nível”. Lage defende que o I3S vai aumentar a visibilidade da região norte, tanto em Portugal como no estrangeiro.

A instituição será vanguardista a nível tecnológico, utilizando tecnologia emergente nos domínios da genética, imunologia, bio-imagem, bio-materiais, oncobiologia, entre outras. As doenças neurodegenerativas, oncológicas, infecciosas estão na mira das investigações.




Cláudio Sunkel, actual director do IBMC
Cláudio Sunkel, actual director do IBMC, manifestou a sua satisfação pelos “três anos de união de facto” que se transformaram hoje em “casamento”. Este trabalho de “aproximação entre os institutos foi feito numa altura em que outras estruturas se separam”, referiu. Esta aproximação é importante “devido ao carácter multidisciplinar das ciências através do qual é possível encontrar soluções para o futuro”.

Defendeu também que “o I3S será um instituto inclusivo, um pólo de desenvolvimento onde as três instituições que a compõem não ficarão fechadas em si próprias. Quer ser um sítio de acolhimento, um pólo de mobilidade para os investigadores da Universidade do Porto”.

Por fim, José Marques dos Santos referiu-se à crise (económica), defendendo que este é o “momento ideal para investir, para ajudar o país”. Foi necessária “muita resistência e resiliência, mas quando se acredita a sério num projecto ele acaba por se concretizar”. O reitor acredita que o I3S vai contribuir para o aumento da produção científica do nosso país: “a UP publica 20 por cento dos artigos nacionais em revistas científicas, mas a produção per capita ainda está longe de ser satisfatória”. O I3S é, para Marques dos Santos, mais um passo para se realizar um dos seus objectivos: que a UP se situe entre as melhores universidades do mundo até 2020.

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